Páginas

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Games Collection Show agitou bairro do Jaquabara em SP

No último dia 03/02, aconteceu no bairro do Jabaquara, na cidade de São Paulo o Games Collection Show. Com foco nos games antigos, o evento realizado no Centro Comercial Jabaquara (ao lado do terminal rodoviário), reuniu fãs e colecionadores dessas máquinas, que nos proporcionaram, muitas emoções e boas lembranças de uma época mágica.

Promovido por Ricardo Wilmers, o evento chegou em sua quarta edição, sempre, com boa presença de público. Circulando pelos stands, foi possível ver de tudo, desde o emblemático Atari, os super populares – quase “celebridades BR” - Master System e Mega Drive além de consoles raros por nossas bandas, como o Amiga CD 32 e PC Engine. Este que vos fala mesmo, nunca tinha visto estes últimos de perto, só nas páginas de revistas da época.

Com tanta variedade, aqueles que tinham interesse em voltar para casa com alguma dessas preciosidades, não deve ter encontrado muita dificuldade em achar pois, de fato, as opções eram fartas.

Se ficou interessado, saiba que o CG Show é realizado mensalmente e tem entrada gratuita. Aos que tiverem a oportunidade de estar na capital paulista, vale a pena dar uma conferida... a nostalgia vai bater forte.

Serviço:

4ª Edição do Games Collection Show

Centro Comercial Jabaquara, situado à Rua dos Buritis, 90, Jabaquara – SP

Entrada Franca

Mais informações – Instagram @wilmerseventos

Próximas datas:


Galeria de Fotos:










terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Robocop Vs Predator (Indie - PC Game)

Atenção galera, para uma notícia de última hora! Bom, ao menos, começou à pipocar na internet essa semana (escrevo em 16 de janeiro de 2024). Acaba de sair mais um game do RoboCop e, o melhor... DE GRAÇA!

No auge da popularidade do policial ciborgue de Detroit, saiu para os principais consoles, o crossover RoboCop Vs Terminator baseado em HQ homônima publicada pela Dark Horse Comics. Para não me repetir demais, encare esse texto como um “update” do que escrevi em julho de 2022, no caso, sobre alguns dos títulos que mais gosto da personagem (link para o texto em questão: http://qgmaster.blogspot.com/2022/07/os-jogos-do-robocop-o-policial-do-futuro.html ).

Voltando para esta nova produção, ela se inspira no visual dos games para o Game Boy, tudo monocromático e pixels “explodindo” na tela. Os sons vão pelo mesmo caminho, com tons característicos dos chiptunes da época... tudo muito bem feito e de extremo bom gosto. A dificuldade não chega à ser um inferno de balas mas, vai exigir, alguma dedicação.

O encontro com o Predador é só um detalhe pois, verá uma gama de participações especiais que, de tão inusitadas, me arrancou risadas. Entretanto, se pensarmos direitinho, faz todo o sentido estarem presentes nessa homenagem aos anos 80 (preparem-se para uma “virada de roteiro” no boss final, que foi bastante criativa).    

Esse trabalho sensacional foi desenvolvido por Oscar Celestini, exclusivamente, para rodar nos PCs. Jogando, ficava pensando, se não era possível um port para o

portátil da Nintendo. Levando em conta o que chegaram à fazer em meados dos anos 90 (tirando “leite daquela pedra”), não seria um absurdo completo pensar nesta possibilidade. Se considerarmos que, o cenário de fan games para sistemas antigos está aquecido, não seria nenhuma surpresa, nos depararmos com uma versão futura em cartuchos, não apenas para o GB mas Super Nintendo ou Mega Drive também.

Mas, chega de enrolação. Baixem já essa pérola no site do criador (o https://oscarcelestini.itch.io/robocop-vs-predator), que vale muito a pena!

Até mais e...

OBRIGADO POR SUA COOPERAÇÃO!


   P.S.: À seguir, um extra...


domingo, 31 de dezembro de 2023

Meme Retrogamer - O quê você jogou em 2023?

Mais um ano se passou e, àqueles que estiveram conosco por mais esta temporada, os nossos mais sinceros agradecimentos. Sabemos que a produção anda um tanto morosa mas, uma coisa podem ter certeza, o QG Master continuará em atividade por muitas gerações. Seja com reviews, resenhas ou compartilhando lembranças de nossos tempos áureos com os nossos amados videogames, a missão seguirá por 2024 e além!

E, como é tradição, citaremos os jogos que mais nos divertiram neste período. Tem para todos os tipos e gostos. Sendo assim, vamos começar com o amigo...


RODRIGO MENEZES

Saudações a todos, pessoal! Como vocês estão?

2023 foi um ano contraditório para mim. Ao mesmo tempo que tive pouco tempo, joguei, talvez, mais do que nos últimos anos. Nisso, não posso reclamar. 

E o que jogamos? Bom, adquiri um stickgame no início desse ano, até com a intenção, de furar a barreira de nacionalidade de jogos disponíveis e me aventurar no SEGA CD e 32X. Mas, foram outras bandas que me interessaram... Vamos lá!

Marvel Super Heroes (Arcade / Capcom) - Esse foi o primeiro jogo que cativou quando vi disponível. Como é regra, sempre um Fighting Game na lista. Jogar um Arcade Capcom em casa é outro nível, matando a saudade da época que jogava no PlayStation 1. 

Usando uma mecânica melhorada de X-Men, neste game escolhe-se 6 heróis do Universo Marvel, entre os Vingadores e X-Men, além de 4 vilões para se enfrentarem, baseados na Saga das Jóias do Infinito. Além da luta, cada jóia beneficia pelo menos dois lutadores de maneira especial. 

Recomendo!  

Sagaia (Master System) - Como sempre, um jogo do Master é lembrado e, o preferido do ano, é este clássico da Taito. Os pilotos Tiat e Proco recebem um pedido de ajuda num Sistema Solar distante, o nosso, e enfrentam um corredor de inimigos com formas de vida marinhas. Além do gameplay, o gráfico é maravilhoso.  

SNK VS Capcom (Arcade / Neo Geo) - Esse era o desejo de muitos gamers e, talvez, não saiu como muitos queriam. Mas eu, pude enfim, experimentar esta pérola e gostei. 

Uma espécie de spin-off em que as realidades dos personagens Capcom e SNK se encontram, inclusive, uns caras do Samurai Shodown. Para variar, arrepiei com o Ryo e, neste jogo, fico mais à vontade com os personagens SNK, como Kyo e Terry. Da Capcom, no máximo, uso a Chun-Li que, para mim, está na sua versão mais linda. 

A jogabilidade é um meio termo de Street Zero e KOF com 4 botões. Os diálogos são super engraçados (revelando o imaginário de muitos fãs num crossover sonhado até aqui), como Ryo pedindo desculpa à Dan por ter exagerado ao vencê-lo e Terry confundi-lo com Robert Garcia. Os bosses se alternam entre Akuma possuído e Mr. Karatê que, inclusive, é engraçado como a Mai aborda cada um deles.

Recomendo!

Menções honrosas:  Frostbite e Snoopy and The Red Baron - Sim, miramos no Sega CD e acertamos no Atari. E não é que, o Atari ainda é divertido para mim? 

Primeiro, além do meu amado Sea Quest, era fascinado pelo Frostbite, em que o "Pedreiro Polar" pulava nos icebergs para montar seu iglu, além de evitar aves, caranguejos e o terrível urso.

Agora, o do Snoopy foi uma surpresa de nostalgia. Com gráficos muito bem desenhados e coloridos para o Atari e baseados nos desenhos animados, o cão Snoopy usava sua imaginação e pilotava sua casinha de cachorro como um avião para enfrentar o terrível Barão Vermelho. Além de ser bonito e divertido, requeria até uma estratégia para vencer.

Bom gente, poderia falar de vários outros jogos mas, estes aqui, fizeram meu 2023.


ADINAN BATISTA

Saudações!

Faz um bom tempo que não escrevo no blog, cada vez menos tempo para dedicar à jogatina. Mas, ainda assim, é possível aproveitar alguns jogos no tempo livre. E este ano, acredito, que o PC foi a plataforma onde mais joguei pela facilidade e preço mais acessível.

Vamos aos jogos!

Persona 5 Royal (PC) - Eu sempre tive um preconceito com Shin Megami Tensei e Persona, eu achava esses jogos superestimados e com temática bem pesada. Mas com o quinto capítulo do spin-off Persona disponível no Gamepass, não tinha como não experimentar.

E foi uma grata surpresa! O jogo é praticamente uma visual novel na maior parte do tempo, onde decidimos como passar o tempo e quais tarefas nos dedicaremos para melhorar nossos relacionamentos com os personagens. E tem a parte de RPG onde invadimos dungeons infestadas de demônios. Embora seja um RPG de turno que, hoje em dia, temos cada vez menos tempo para jogar, aqui o sistema de batalha é tão dinâmico e bem feito que não parece que estamos fazendo grinding.

Recomendo demais este game!

The Great Ace Attorney Chronicles (PC) - Sempre fui muito fã da série Phoenix Wright. Joguei todos os games do DS e só me resta o último lançado no 3DS. No PC pude jogar este game que é uma prequel dos jogos anteriores onde, seguimos a trajetória do ancestral de Phoenix Wright, Ryunosuke Naruhodo, enquanto se torna um advogado de defesa.

Alguns recursos foram adicionados, como a possibilidade de verificar quando uma testemunha está agindo de forma estranha, enquanto, outra está falando. Mas, no geral, o game continua seguindo a mesma fórmula da franquia e continua rendendo ótimas produções!

É um jogo mais parado, como todo adventure/visual novel mas, diverte bastante, com seu humor e mistérios.

Ringlorn Saga (PC) – Recentemente, decidi me aventurar num dos considerados “piores jogos de todos os tempos”, o Hydlide, de Nintendinho. Mas vou admitir uma coisa, adorei este joguinho! Claro, não me leve a mal, o game envelheceu pior do que leite mas, para a época, foi um dos pilares do gênero Action RPG. Ele precisou correr para que Zelda pudesse andar.

Mas, imagina, se houvesse uma versão de Hydlide sem os seus problemas e com recursos de qualidade de vida atuais? Foi assim que surgiu este indie, Ringlorn Saga. Com gráficos que lembram o MSX, trilha sonora 8-bits caprichada e aquele ar de mistério e exploração que me atraiam naquele título de NES, este é um RPG de ação que vale muito a pena conhecer!

Crash Bandicoot 4: It's About Time (PC) - A trilogia do Crash no PS1 foi o que me atraiu ao console da Sony na época. Uma pena que, depois do jogo de kart, só veio bomba atrás de bomba nos seguintes jogos. Isso, felizmente, acabou com o Crash 4 que teve uma campanha de marketing maravilhosa aqui no Brasil com o Crash integrando a Carreta Furacão!

O jogo não deixa a desejar em nada com os clássicos do PS1, com desafio alto e um level design caprichado. Todo o charme e a atmosfera cartoon está presente... e dublado em português, ficou ainda melhor! 


DOUGLAS DEIRÓ

Saudações, amigos!

Tudo bem com vocês?

O ano de 2023 já passou mas, o que não passa, é a vontade de jogar vídeo games. Lógico, o tempo não tem permitido jogatinas constantes mas, sempre que possível, mato a vontade.

O legal é que, até que deu para aproveitar bastante. Dentre eles, há aqueles que nunca havia experimentado, os que revisitei por gostar bastante e os que considero “dívidas do passado” (que deveria ter dado mais atenção, ou, não consegui concluir em suas épocas).

Além destes que citarei à seguir, podem incluir todos os que viraram texto aqui no blog nestes 365 dias. Geralmente, não escrevo sem jogá-los antes, salvo, se os conheço de “cabo à rabo”.  

Sem mais enrolação, comecemos por... 

Jackie Chan – Stunt Master (Playstation) - O primeiro Playstation é um console que não tive. Aliás, pulei a geração 32, indo direto do Mega Drive para o Dreamcast (com “escala rápida”, pelo Nintendo 64). Sendo assim, pouquíssimos games desse sistema, passaram pelas minhas mãos. Ainda assim, houve um período, que fiquei com o console de um primo emprestado e, entre os títulos que ele tinha, estava Jackie Chan – Stunt Master... que game divertido, viu?

Este ano, recorri à reproms de alguns que lembrava serem legais para, enfim, conhecê-los melhor. E, foi assim, que me vi controlando o Jackie sem parar, fazendo seus golpes, acrobacias e, claro, usando objetos comuns e os transformando em armas contra a bandidagem.

Não sei dizer se, este, influenciou a forma de ser fazer beat’n ups em 3D. Mas, o que se tem aqui, é um exemplo perfeito de como tudo podia funcionar de forma decente. Naquela época, esse debate ainda existia.

É um game longo que, pode causar, certo cansaço. Mas, como há possibilidade de salvar o progresso, dá para particionar a jogatina para os momentos de folga (como é meu caso).

World Racing 2 (Playstation 2) – Nem ia citá-lo pois, é um game bem genérico mas, que faz o básico bem feito. Temos muitos carros famosos, dos clássicos aos mais modernos. Há bastante pistas e modos de jogo que lhe prenderá por horas. Tem bons gráficos, sons e jogabilidade... enfim, o conjunto completo de um game que não figura entre os grandes como Gran Turismo ou Need for Speed.

O que me fez falar sobre ele, foi uma coisa pra lá de inusitada. Certo dia, o controle parou de funcionar após o rumble ser acionado... nenhuma função dele, respondia mais. Por se tratar de um controle já em uso há bastante tempo, achei que tinha “aberto o bico” e o descartei, tendo que comprar um novo depois. Em outra oportunidade, a mesmíssima coisa aconteceu após o “trimilique”. Sim, este game FDP queimou dois controles meus! Detalhe, não uso essa função nos jogos... acho incômodo, esse troço tremendo na minha mão.

Como deduzi que, de alguma forma, o jogo faz os motores do rumble entrarem em curto, os extrai de lá e nunca mais tive problemas. Acreditam nisto?

Power Rangers / Legacy Wars (Mobile) - Há seis anos, quando foi lançado, o joguei muito. Curioso, quis saber, se os vídeos de gameplay correspondiam à realidade. O que via era algo consistente e, não acreditava, que “esfregar o dedo na tela” fosse suficiente para aquela mobilidade toda...  eis que, era tudo verdade.

Infelizmente, depois de algumas atualizações, meu celular não foi mais capaz de rodá-lo. Entretanto, esse ano, o baixei novamente e, em minhas horas vagas, tenho brincado com ele. Esse título dos Rangers é um prato cheio pois, vários heróis e vilões de diversas temporadas podem ser escolhidos para formar seu time e, assim, sair na porrada em disputas online. Tem até uns Street Fighters “perdidos” ali no meio.

Para quem não conhece, recomendo... para fãs ou não da franquia. 

Final Fight 2 (Super Nintendo) – Esse game insonso da Capcom, por motivos alheios à minha compreensão, acabou me agradando justo agora, passados 30 anos de seu lançamento. Em minha opinião, com exceção de FF3, ela não mandou bem no Super NES e, na época, o segundo da franquia me decepcionou. É tudo tão genérico que não me empolgou e nunca mais toquei nele.

Como, há algum tempo, tenho revisitado games que ignorei no passado, resolvi dar outra chance e vi que fui intolerante com o pobre coitado (Rss!!!). Nos “Brigas de Rua”, seguindo a cartilha, não tem como errar e, a empresa que é uma das pioneiras do estilo, não poderia fracassar. Aqui, temos um gameplay robusto que mantém a tradição.

O ponto fraco é a dificuldade. No modo normal, o número grande de vidas desde o início, aliado, aos poucos inimigos simultâneos em tela (motivo de piadas dos haters do Nintendo) torna a missão bem mais amena. Entretanto, a Capcom devia estar ciente disto... quer ver o final real? Jogue no Hard! Ai sim, as coisas ficam mais interessantes. 

Chopper Command (Atari 2600) – Lá no início do texto, mencionei minhas “dívidas do passado” e, a maior delas, é com este aclamado título do saudoso Atari 2600. Era muito novo e, simplesmente, não conseguia jogar determinados games. Seja por não entender o quê fazer (cartuchos piratas sem manuais) ou, por terem dinâmicas mais complexas, acabavam me desestimulando e logo abandonava.

Lembro de ficar indo de um lado para o outro, atirando feito doido e morrendo rapidamente. Dominar os controles do helicóptero, não foi muito fácil para um moleque de 8 anos de idade, sem falar na curva de dificuldade que, aumenta bastante de uma missão para outra.

Com a internet, hoje é sabido, que a Actvision presenteava os jogadores que atingissem determinadas pontuações, bastando, tirar fotos da tela e as enviassem para a produtora. A marca estipulada para CC era de 10 mil pontos. Bom, tenho feito cerca de 30 mil... será que, ainda dá tempo, de ganhar minha insígnia?  

Super Street Fighter 2 / The New Challengers (Mega Drive) - Esse, joguei tanto… mas tanto… que o “virava do avesso” nos tempos de Mega Drive. Foram, praticamente, 8 anos ininterruptos, até, me desfazer do console no ano 2000. Por meio de emulação ou, já em 2006, quando comprei outro Mega e o cartucho, o jogava sempre que pintava a oportunidade.

De uns tempos para cá - graças ao meu amigo Aldo que me fez jogar em seus controles arcade, a ponto, de me empolgar e comprar uns também - “Super Street” voltou com força em minha vida gamer.

Mesmo com SF6 levando os fãs à loucura com aqueles gráficos absurdos (#CammyFeelings), o bom e velho New Challengers mantém seu charme e ainda segura uma rinha como poucos.

Game que figura entre meus preferidos de todos os tempos.   

Masters of Combat (Master System) – Esse, se conecta, com o tópico anterior. Ao comprar controles arcades para meu Playstation 2, quis testá-lo em tudo, incluindo os mais antigos (aqui, via emulação). Pensei “Como será que fica com o Masters of Combat?” e constatei que, o que era bom, ficou estupidamente melhor!

MoC foi projetado, levando em conta, o direcional quadrado do Master System, daí, seus comandos fora dos padrões canonizados por Street Fighter. Como meus arcades tem restritores de movimentos quadrados também, casou perfeitamente. Me fez lembrar dos controles da Quick Shot que, a Tec Toy comercializou aqui no Brasil: “Que droga! Como gostaria de voltar no tempo, viu?”.

Games assim, ganham vida nova com controles como esse. Quem tiver a oportunidade de fazer a mesma experiência, recomendo fortemente. 

Ghoul’s and Ghosts (Master System) – Acredito que, todo desavisado que o encarou, deve ter passado raiva por ter que voltar tudo novamente para, enfim, vencê-lo. Comigo, não foi diferente.

Acontece que. meu dessabor vai além. Não consegui mandar o Capeta de volta pro Inferno porque, não deu tempo... tive que devolver o jogo (só não me lembro de onde veio, se foi emprestado ou alugado). Os anos foram passando e, só me vi tentado à me redimir com esse jogaço agora em 2023.

Embora não tenha sido a intenção inicial, esse retorno foi como um “tira-teima”. Na época, tive a impressão de que era muito difícil e, de fato, é. Todavia, o maior desafio não está nos obstáculos e inimigos à serem batidos, mas sim, nas escolhas que fazemos ao equipar nosso herói.

Essa versão possui um diferencial, os baús que surgem no cenário abrem portas para “lojinhas” com itens para a armadura e recuperação de Life/Magia... e é aí, que a coisa pode enroscar. Dependendo do baú que encontrar, a ordem dos itens muda, então, caso não escolha as botas (para dar mais agilidade, por exemplo), pular certos buracos, vira uma tarefa quase impossível de ser realizada. Por outro lado, sabendo a melhor ordem, o desafio fica ridículo pois, entre os poderes de cada armadura, há recuperação de vida e invencibilidade momentânea (ao custo de certa quantidade de Magia).

É um port interessante deste clássico da Capcom... experimentem, vocês também. 

Então, é isso!

Desejo um ano de 2024 repleto de coisas boas.

Até mais!

 


sábado, 3 de junho de 2023

O Batman Michael Keaton nos games

 

Saudações, amigos do QG Master!

Tudo bem com vocês?

Quem acompanha o blog, já deve ter notado, que gosto de pegar carona no hype do momento. Enquanto escrevo essas linhas (5 de maio de 2023), está “pipocando” trailers, teasers e spots do novo filme do The Flash, com estreia marcada para 15 de junho deste ano. Entretanto, fãs do velocista que me desculpem mas, quem rouba toda a cena, é o Batman interpretado pelo veterano Michael Keaton. Trinta anos depois, o ator volta à seu papel mais icônico numa produção que promete ser muito bacana.

Trazendo este tema para nossa realidade gamística retrô, farei um apanhado de alguns títulos da época destes sucessos do cinema. 

Batman – O Filme (1989) 

As produções baseadas no primeiro filme, dirigido por Tim Burton, apareceram em tudo quanto foi máquina capaz de rodar um vídeo game. Tivemos títulos para as principais máquinas do mercado, ou ainda, em outras menos conhecidas como os computadores e portáteis da Tiger Eletronics (no Brasil, chamados de “Mini Games Série Master”). Tirando essas últimas (convenhamos, quem teve acesso à elas aqui no país?), vou logo falando dos consoles da Sega e da Nintendo pois, é o que o povão jogou pra valer.

A versão do Nintendo 8 Bits, um competentíssimo trabalho da Sunsoft, me fez ter inveja dos donos deste sistema. Tinha um Master System e... cadê? A sorte é que, a molecada dava um jeito e, comigo, não foi diferente. No empréstimo de um Top-Game VG-9000 da CCE, saciei minha vontade. Um game difícil, gráficos que exploram os limites do hardware (aliado, à “marotagens artísticas” com o clima dark dos ambientes) e uma trilha sonora impressionante... músicas, que nunca saíram de minha cabeça.

A softhouse ainda produziu para o Game Boy e Mega Drive. No portátil, se mostrou um resultado bastante curioso. O herói é minúsculo e empunha uma arma, parecendo, uma aventura do Mega Man. A estranheza inicial, dá lugar, à um gameplay rápido, preciso e desafiador. Destaque para a fase onde se pilota a Batwing que, virou tradição nos jogos do Morcego.

No Mega Drive, tivemos (provavelmente) a versão mais fiel ao filme. O visual buscou os tons usados na película, os sprites são grandes, bem animados e possui imagens digitalizadas das personagens entre as fases. Os estágios, reproduzem com exatidão, o que é visto na película tendo a fábrica (onde Jack Napier cai no tanque químico, virando o Coringa), o Museu ou a Catedral de Gothan (durante a batalha final). As fases de pilotagem/shooter marcam presença e podemos controlar o Bat-Móvel e a Bat-Asa, tudo, acompanhado de uma trilha sonora sensacional (costume da empresa).

Batman – O Retorno (1992)

Com o sucesso do primeiro filme, claro, que uma sequência não tardou à sair. No embalo, os games também chegaram... e começarei pelo Master System, que tem review aqui no QG (por esta razão, não me estenderei muito).

Aqui, o que se vê em tela, pode enganar os mais incautos por conta dos sprites pequenos. É um desafio difícil e, vai exigir, que encarne o espírito do defensor de Gothan. O Game Gear também recebeu seu “Returns”, num jogo praticamente igual, a não ser, por ter acesso à um menu para seleção de armas e detalhes estéticos. No fim, vale a pena conferir essas duas versões desenvolvidas pela Sega.

A criadora do Sonic, ainda realizou outros dois, para o Mega Drive e Sega CD. Como de praxe, a versão em disco acrescentava maior qualidade de áudio e imagem. Ambas possuem sprites grandes, boas animações, parte sonora competente e dificuldade acima da média (vai penar bastante, até o derrotar o Pinguim).

Já para as plataformas da Nintendo, a Konami, se encarregou da tarefa em dois beat’n ups bem legais. No 8 bits, temos quase um “demake” do que foi feito no Super NES. Percorremos as ruas de Gothan City, descendo a porrada na horda de inimigos, num desenvolvimento, que acompanha com fidelidade o que é visto no filme (raridade naqueles tempos). No quesito gráfico, está longe de ser um dos melhores da empresa, porém, cumpre seu papel. As músicas são muito boas e exploram o chip sonoro do Nintendinho de forma decente e, a dificuldade, rende alguma dor-de-cabeça.

Agora, Batman Returns em 16 bits, pode-se dizer, que é uma obra de arte. Lembro como se fosse hoje... em uma feira de games em Santos/SP, quando o expositor ligou o console, a molecada ficou ensandecida. O Batman era enorme na tela, super definido e, dava até, para notar os detalhes da armadura. Ele golpeava os inimigos com “vontade”, o áudio dava o tom da intensidade da pancada. Com gráficos lindos, trilha sonora fantástica e gameplay preciso, esta versão destruiu o moral dos fãs do Mega Drive (como este, que vos escreve): “Cadê o Mega?! Cadê o Mega?!”, a galera gritava. Estávamos no auge da guerra Sega X Nintendo, evidente, que tal provocação surgiria (bons tempos, aqueles). 

Sequência forçada?

Com a “Bat-Mania” tomando conta de tudo, a Sunsoft não quis esperar o hype esfriar (talvez, para aproveitar o fim de contrato). Malandramente, fez uma sequência do primeiro jogo, antes mesmo, da Warner Bros. filmar Batman Returns.

Em Batman – Return of the Joker, o “Palhaço do Crime” sobreviveu à queda da Catedral de Gothan e voltou com um exército... literalmente! Como a artilharia do vilão é pesada, o herói não fez por menos e partiu para a luta com uma super arma em seu braço. Sim, Batman dá disparados de forma similar à versão de Game Boy, a baseada no primeiro filme.

Este game está entre os melhores títulos do Nintendo pois apresenta sprites grandes, detalhados e visual bastante colorido (algo difícil, dada à limitada paleta de cores do sistema). A parte sonora é mais um “desbunde” da Sunsoft, mantendo a tradição, de ótimos trabalhos. A dificuldade é acentuada mas, vale a pena, vencer os desafios dessa jóia em forma de game.

 Adendos:

1)    O Mega Drive, ganhou uma versão deste jogo mas, como a empresa perdeu os direitos do filme para a Sega e Konami, recorreu aos quadrinhos. Assim, vemos o herói com seu traje tradicional, azul e cinza com o símbolo amarelo no peito. Por conta disto, o título passou de “Return” para “Revenge” (continuando, sem fazer sentido).

2)    O Game Boy recebeu uma produção que, em tese, deveria ser a “contra-parte” do Nintendo 8 bits. Todavia, assim como no Mega, o Batman que aparece nos encartes e no final do jogo, tem visual que remete às HQs. Desta forma, não dá para dizer, que é uma sequência do filme de 1989.

3)    O Super NES, também receberia um lançamento oficial mas, a rom, já roda pela internet há anos, caso queira conferir. Entretanto, a coisa é tão feia, que prefiro nem comentar.

Então, é isso... vou ficando por aqui.

Até a próxima!

sábado, 1 de abril de 2023

Clássicos da Sega no Sega Ages 2500 – Playstation 2

Saudações, amigos do QG Master!

Tudo bem com vocês?

Neste texto de hoje, farei uma “mistureda” que terá um pouco de review, uma pitada de recomendado e um tempero de história nostálgica. Quem acompanha as experiências que compartilho, sabe, que não sigo de perto a evolução dos games e, muitos destes, conheço tardiamente. Mesmo que possa jogar, esporadicamente, os consoles atuais, os mais novos aqui são o Playstation 2 e o X-Box 360.

No caso do produto da Sony, há alguns anos, soube da existência de uma linha chamada Sega Ages 2500, que consiste em remakes ou relançamentos de clássicos da Sega. Em buscas pelo You Tube, vi que a qualidade deles, num modo geral, variava muito... uns ficaram bem legais, outros, nem tanto. Levando em conta que o propósito, era produções de baixo orçamento (consequentemente, preços menores ao consumidor), parte do que é visto, é bastante justificado.

Vendo tudo aquilo, surgiu uma questão, “como vou jogar isto se, nem o videogame, tenho?”. Ainda, havia o fato, de ser um lançamento voltado ao mercado japonês, com um nicho de público ainda mais restrito. Então, tornaria o acesso, bastante complicado. E, o tempo, foi passando.

Há cerca de três anos, comprei um “Play 2” e, entre os discos que fui atrás, claro, estavam os do Sega Ages 2500. Entretanto, nenhum dos locais que visitei, os vendedores sabiam do que se tratava. Alguns deles, diziam que poderia encomendá-los mas, sem sucesso. Outros, disseram “vai ter que baixar da internet e gravar”... se estava ali pedindo por um disco, era sinal, que não tinha como fazer tal operação, correto? Acabei desistindo desta busca, até que...

Esta semana (escrevo isto em 1º de Abril de 2023), me deparei com um anúncio no Mercado Livre com uma coletânea em disco do Sega Ages. Tirando After Burner, todos os que gostaria de jogar, estavam incluídos. Depois das checagens de praxe para este tipo de compra, fiz o pedido e, dois dias depois, estava com o danado em mãos.

Após este “introdutório” todo, chego no ponto crucial: os jogos. Não vou falar de todos, somente, os que mais curti e que tenham ligação estreita com o QG Master, ok?

Out Run - Naquelas buscas pelo You Tube, foi o que mais tive vontade experimentar. Similar, ao que brasileira Aquiris fez com seu Horizon Chase, possui gráficos em 3D e um colorido chapado e saturado, como no original de arcade de 1986. Não sei vocês, achei lindo, este encontro de técnicas novas aliadas ao estilo artístico retrô.

O game roda lisinho, numa ótima taxa de frame rate e, os comandos, respondem precisamente. Agora, com a tridimensionalidade real, é possível enxergar todos os elementos se aproximando com suavidade. Carros, placas, curvas, colunas... você visualiza tudo com muita clareza, facilitando, as reações ao guiar nossa “Fakerrari”.

A parte sonora, cujas músicas, são umas das mais emblemáticas dos videogames, estão presentes em versões normais e com novos arranjos. Se, no passado, já colocava um gravador do lado da TV para ficar ouvido depois num “walkman amarelo do Paraguai”, me peguei executando várias vezes seguidas a Magic Sound Shower, Splash Wave e Passing Breeze no sound test... nostalgia pura!

Para não dizer que não há novidades, há dois modos extras. O Time Attack (você sozinho na pista, correndo pelo melhor tempo) e o Arrange (disputas contra rivais, com um traçado, maior que o original de arcade).

Out Run é um ótimo exemplo que, é possível, prestar homenagem ao passado sem deturpá-lo (sob pretexto, de “reinterpretação”). Se, o disco tivesse vindo só com este game, já teria valido a compra.

Fantasy Zone  - Como em Out Run, o Opa-Opa ganhou um remake super fiel ao seu jogo de origem. Os elementos gráficos em 2D, transformados em três dimensões, deram ainda mais vida à “Zona da Fantasia” vista lá nos anos 80.

O robozinho voador (um pioneiro, entre os mascotes da Sega) continua com sua movimentação rápida e precisa, necessária, em meio à ação frenética a que somos submetidos. A trilha sonora, melhorada, mantém a harmonia presente na obra clássica. As melodias são animadas (bonitinhas até) e combinam perfeitamente com o rítmo das ações em tela.

O game sempre foi simpático e divertido. Parabéns aos responsáveis pelo remake pois, essa característica, foi preservada com louvor.

Space Harrier - Daqui em diante, os exemplos de releituras das obras, são mais acentuados. O visual foi totalmente retrabalhando, desde o “boneco” que controlamos, até os inimigos e elementos do cenário.

E não foi somente na estética, o gameplay, também foi modificado. Além dos disparos convencionais, há a função “Rapid Fire” momentânea e a “Smart Bomb” que explode tudo em tela. Ainda há  “Power Ups” que aparecem durante a partida, como o escudo protetor. Space Harrier, não é conhecido por ser fácil, não importa, qual a versão oficial lançada. Essa “amaciada”, pode agradar aos que nunca jogaram e, pretendem, se aventurar em “Fantasy Zone”.

A jogabilidade é precisa e não terá problemas para se desvencilhar das ameaças, estas, que surgirão na sua frente em frame rate rápido e suave. Os gráficos são bonitos e, mesmo com estilo artístico retrabalhado, veremos que se inspiraram no passado. A trilha sonora manteve o padrão de qualidade, empolgante e ideal para embalar a jogatina (é, daquelas, que grudam na cabeça). Aliás, o tema de Space Harrier, é um dos mais marcantes do mundo dos games... a Sega, tinha um time de primeiríssima linha.

Uma curiosidade: nos games antigos, entendia que o Harrier voava. Aqui, vemos claramente que, quem voa é o canhão... o herói vai pendurado nele, pilotando como uma nave pequena. Agora, se a ideia já era essa na produção de 1986, visualmente falando, não me passou essa impressão.  

Golden Axe - Esse é polêmico! A reinterpretação aqui foi pesada, de gráficos à jogabilidade. O resultado disto, é contestável.

De cara, a modelagem das personagens é precária, a ponto, de lembrar os primeiros jogos de Playstation 1. O Gillius Thunderhead então, ficou completamente deformado. Já os demais elementos gráficos, são aceitáveis e não comprometem.

Ainda no quesito artístico, introduziram cutscenes que contam a história na abertura, entre as fases e durante elas, acrescentando, pontos positivos ao resultado final. Outro ponto a se destacar, são as animações das magias. Mesmo os heróis tendo os conhecidos elementos da Terra, Fogo e Relâmpago, o resultado visual, é completamente diferente. Os originais ainda são mais legais, mas, aqui, também ficaram bacanas.

Os comandos respondem bem mas, requerem certa adaptação, o game não é tão ágil  quanto o clássico. Aliás, o anão também sofreu neste quesito pois, é o mais lento entre os heróis e com o alcance dos ataques muito reduzido, ao contrário, de suas encarnações passadas (sacanearem ele).

Por fim, a “cereja do bolo”, a trilha sonora! Seria uma proeza enorme estragar a obra de arte musical de Golden Axe... ainda bem, que conseguiram manter o nível de qualidade. Se o visual deixa a deseja, a parte sonora compensa e ajuda à embalar a pancadaria.

Mesmo com os pormenores desta versão, gostei do game... tem mais prós do que contras. Até porque, um cara que começou na vida gamer com um Atari, não pode reclamar de “quadrados” (não é mesmo?).

Phantasy Star: Generation One - Eu era um dos jovens que, no final dos anos 80, foi bombardeado com as novidades dos videogames de terceira geração. Como costuma-se dizer, “estava lá e vi a história sendo escrita”, uma realidade onde, fomos surpreendidos, com o surgimento de algo realmente novo. Lógico, o fato de ter sido criança, justo nesta época, ajudou neste nível de fascinação.

A Tectoy foi muito eficiente neste processo, com campanhas publicitárias marcantes. E, uma de suas armas, foi localizar jogos para nosso mercado e, entre eles, estava Phantasy Star traduzido para o português. Se, naquele cenário que já era mágico, encarar uma aventura imersiva em nível jamais imaginado até então, foi um processo arrebatador. Escrevo isto, com as melodias do game, ecoando na minha cabeça.

Quando soube do lançamento desse remake para o Play 2, vi alguns vídeos e achei muito bacana. Lamentei o fato de não ter acesso à ele e a vida seguiu. Ao me deparar com o anúncio dessa coletânea, notei que estava incluso mas, não me empolguei... achava que estaria todo em japonês e não conseguiria jogar. Como a curiosidade foi maior, o coloquei para rodar e “ESTÁ EM INGLÊS!”, falei em voz alta. Colocaram no disco, a versão traduzida por fãs... que benção!

Me senti o mesmo garotinho em frente à um Master System novamente... e devo continuar assim por algum tempo ainda. Vou encarar essa “nova” aventura, ao lado de Odin, Noah, Myau e Alis.

Vamos amigos! Lassic, não poderá triunfar desta vez!

Então, é isto.

Até a próxima!