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sábado, 3 de junho de 2023

O Batman Michael Keaton nos games

 

Saudações, amigos do QG Master!

Tudo bem com vocês?

Quem acompanha o blog, já deve ter notado, que gosto de pegar carona no hype do momento. Enquanto escrevo essas linhas (5 de maio de 2023), está “pipocando” trailers, teasers e spots do novo filme do The Flash, com estreia marcada para 15 de junho deste ano. Entretanto, fãs do velocista que me desculpem mas, quem rouba toda a cena, é o Batman interpretado pelo veterano Michael Keaton. Trinta anos depois, o ator volta à seu papel mais icônico numa produção que promete ser muito bacana.

Trazendo este tema para nossa realidade gamística retrô, farei um apanhado de alguns títulos da época destes sucessos do cinema. 

Batman – O Filme (1989) 

As produções baseadas no primeiro filme, dirigido por Tim Burton, apareceram em tudo quanto foi máquina capaz de rodar um vídeo game. Tivemos títulos para as principais máquinas do mercado, ou ainda, em outras menos conhecidas como os computadores e portáteis da Tiger Eletronics (no Brasil, chamados de “Mini Games Série Master”). Tirando essas últimas (convenhamos, quem teve acesso à elas aqui no país?), vou logo falando dos consoles da Sega e da Nintendo pois, é o que o povão jogou pra valer.

A versão do Nintendo 8 Bits, um competentíssimo trabalho da Sunsoft, me fez ter inveja dos donos deste sistema. Tinha um Master System e... cadê? A sorte é que, a molecada dava um jeito e, comigo, não foi diferente. No empréstimo de um Top-Game VG-9000 da CCE, saciei minha vontade. Um game difícil, gráficos que exploram os limites do hardware (aliado, à “marotagens artísticas” com o clima dark dos ambientes) e uma trilha sonora impressionante... músicas, que nunca saíram de minha cabeça.

A softhouse ainda produziu para o Game Boy e Mega Drive. No portátil, se mostrou um resultado bastante curioso. O herói é minúsculo e empunha uma arma, parecendo, uma aventura do Mega Man. A estranheza inicial, dá lugar, à um gameplay rápido, preciso e desafiador. Destaque para a fase onde se pilota a Batwing que, virou tradição nos jogos do Morcego.

No Mega Drive, tivemos (provavelmente) a versão mais fiel ao filme. O visual buscou os tons usados na película, os sprites são grandes, bem animados e possui imagens digitalizadas das personagens entre as fases. Os estágios, reproduzem com exatidão, o que é visto na película tendo a fábrica (onde Jack Napier cai no tanque químico, virando o Coringa), o Museu ou a Catedral de Gothan (durante a batalha final). As fases de pilotagem/shooter marcam presença e podemos controlar o Bat-Móvel e a Bat-Asa, tudo, acompanhado de uma trilha sonora sensacional (costume da empresa).

Batman – O Retorno (1992)

Com o sucesso do primeiro filme, claro, que uma sequência não tardou à sair. No embalo, os games também chegaram... e começarei pelo Master System, que tem review aqui no QG (por esta razão, não me estenderei muito).

Aqui, o que se vê em tela, pode enganar os mais incautos por conta dos sprites pequenos. É um desafio difícil e, vai exigir, que encarne o espírito do defensor de Gothan. O Game Gear também recebeu seu “Returns”, num jogo praticamente igual, a não ser, por ter acesso à um menu para seleção de armas e detalhes estéticos. No fim, vale a pena conferir essas duas versões desenvolvidas pela Sega.

A criadora do Sonic, ainda realizou outros dois, para o Mega Drive e Sega CD. Como de praxe, a versão em disco acrescentava maior qualidade de áudio e imagem. Ambas possuem sprites grandes, boas animações, parte sonora competente e dificuldade acima da média (vai penar bastante, até o derrotar o Pinguim).

Já para as plataformas da Nintendo, a Konami, se encarregou da tarefa em dois beat’n ups bem legais. No 8 bits, temos quase um “demake” do que foi feito no Super NES. Percorremos as ruas de Gothan City, descendo a porrada na horda de inimigos, num desenvolvimento, que acompanha com fidelidade o que é visto no filme (raridade naqueles tempos). No quesito gráfico, está longe de ser um dos melhores da empresa, porém, cumpre seu papel. As músicas são muito boas e exploram o chip sonoro do Nintendinho de forma decente e, a dificuldade, rende alguma dor-de-cabeça.

Agora, Batman Returns em 16 bits, pode-se dizer, que é uma obra de arte. Lembro como se fosse hoje... em uma feira de games em Santos/SP, quando o expositor ligou o console, a molecada ficou ensandecida. O Batman era enorme na tela, super definido e, dava até, para notar os detalhes da armadura. Ele golpeava os inimigos com “vontade”, o áudio dava o tom da intensidade da pancada. Com gráficos lindos, trilha sonora fantástica e gameplay preciso, esta versão destruiu o moral dos fãs do Mega Drive (como este, que vos escreve): “Cadê o Mega?! Cadê o Mega?!”, a galera gritava. Estávamos no auge da guerra Sega X Nintendo, evidente, que tal provocação surgiria (bons tempos, aqueles). 

Sequência forçada?

Com a “Bat-Mania” tomando conta de tudo, a Sunsoft não quis esperar o hype esfriar (talvez, para aproveitar o fim de contrato). Malandramente, fez uma sequência do primeiro jogo, antes mesmo, da Warner Bros. filmar Batman Returns.

Em Batman – Return of the Joker, o “Palhaço do Crime” sobreviveu à queda da Catedral de Gothan e voltou com um exército... literalmente! Como a artilharia do vilão é pesada, o herói não fez por menos e partiu para a luta com uma super arma em seu braço. Sim, Batman dá disparados de forma similar à versão de Game Boy, a baseada no primeiro filme.

Este game está entre os melhores títulos do Nintendo pois apresenta sprites grandes, detalhados e visual bastante colorido (algo difícil, dada à limitada paleta de cores do sistema). A parte sonora é mais um “desbunde” da Sunsoft, mantendo a tradição, de ótimos trabalhos. A dificuldade é acentuada mas, vale a pena, vencer os desafios dessa jóia em forma de game.

 Adendos:

1)    O Mega Drive, ganhou uma versão deste jogo mas, como a empresa perdeu os direitos do filme para a Sega e Konami, recorreu aos quadrinhos. Assim, vemos o herói com seu traje tradicional, azul e cinza com o símbolo amarelo no peito. Por conta disto, o título passou de “Return” para “Revenge” (continuando, sem fazer sentido).

2)    O Game Boy recebeu uma produção que, em tese, deveria ser a “contra-parte” do Nintendo 8 bits. Todavia, assim como no Mega, o Batman que aparece nos encartes e no final do jogo, tem visual que remete às HQs. Desta forma, não dá para dizer, que é uma sequência do filme de 1989.

3)    O Super NES, também receberia um lançamento oficial mas, a rom, já roda pela internet há anos, caso queira conferir. Entretanto, a coisa é tão feia, que prefiro nem comentar.

Então, é isso... vou ficando por aqui.

Até a próxima!

sábado, 1 de abril de 2023

Clássicos da Sega no Sega Ages 2500 – Playstation 2

Saudações, amigos do QG Master!

Tudo bem com vocês?

Neste texto de hoje, farei uma “mistureda” que terá um pouco de review, uma pitada de recomendado e um tempero de história nostálgica. Quem acompanha as experiências que compartilho, sabe, que não sigo de perto a evolução dos games e, muitos destes, conheço tardiamente. Mesmo que possa jogar, esporadicamente, os consoles atuais, os mais novos aqui são o Playstation 2 e o X-Box 360.

No caso do produto da Sony, há alguns anos, soube da existência de uma linha chamada Sega Ages 2500, que consiste em remakes ou relançamentos de clássicos da Sega. Em buscas pelo You Tube, vi que a qualidade deles, num modo geral, variava muito... uns ficaram bem legais, outros, nem tanto. Levando em conta que o propósito, era produções de baixo orçamento (consequentemente, preços menores ao consumidor), parte do que é visto, é bastante justificado.

Vendo tudo aquilo, surgiu uma questão, “como vou jogar isto se, nem o videogame, tenho?”. Ainda, havia o fato, de ser um lançamento voltado ao mercado japonês, com um nicho de público ainda mais restrito. Então, tornaria o acesso, bastante complicado. E, o tempo, foi passando.

Há cerca de três anos, comprei um “Play 2” e, entre os discos que fui atrás, claro, estavam os do Sega Ages 2500. Entretanto, nenhum dos locais que visitei, os vendedores sabiam do que se tratava. Alguns deles, diziam que poderia encomendá-los mas, sem sucesso. Outros, disseram “vai ter que baixar da internet e gravar”... se estava ali pedindo por um disco, era sinal, que não tinha como fazer tal operação, correto? Acabei desistindo desta busca, até que...

Esta semana (escrevo isto em 1º de Abril de 2023), me deparei com um anúncio no Mercado Livre com uma coletânea em disco do Sega Ages. Tirando After Burner, todos os que gostaria de jogar, estavam incluídos. Depois das checagens de praxe para este tipo de compra, fiz o pedido e, dois dias depois, estava com o danado em mãos.

Após este “introdutório” todo, chego no ponto crucial: os jogos. Não vou falar de todos, somente, os que mais curti e que tenham ligação estreita com o QG Master, ok?

Out Run - Naquelas buscas pelo You Tube, foi o que mais tive vontade experimentar. Similar, ao que brasileira Aquiris fez com seu Horizon Chase, possui gráficos em 3D e um colorido chapado e saturado, como no original de arcade de 1986. Não sei vocês, achei lindo, este encontro de técnicas novas aliadas ao estilo artístico retrô.

O game roda lisinho, numa ótima taxa de frame rate e, os comandos, respondem precisamente. Agora, com a tridimensionalidade real, é possível enxergar todos os elementos se aproximando com suavidade. Carros, placas, curvas, colunas... você visualiza tudo com muita clareza, facilitando, as reações ao guiar nossa “Fakerrari”.

A parte sonora, cujas músicas, são umas das mais emblemáticas dos videogames, estão presentes em versões normais e com novos arranjos. Se, no passado, já colocava um gravador do lado da TV para ficar ouvido depois num “walkman amarelo do Paraguai”, me peguei executando várias vezes seguidas a Magic Sound Shower, Splash Wave e Passing Breeze no sound test... nostalgia pura!

Para não dizer que não há novidades, há dois modos extras. O Time Attack (você sozinho na pista, correndo pelo melhor tempo) e o Arrange (disputas contra rivais, com um traçado, maior que o original de arcade).

Out Run é um ótimo exemplo que, é possível, prestar homenagem ao passado sem deturpá-lo (sob pretexto, de “reinterpretação”). Se, o disco tivesse vindo só com este game, já teria valido a compra.

Fantasy Zone  - Como em Out Run, o Opa-Opa ganhou um remake super fiel ao seu jogo de origem. Os elementos gráficos em 2D, transformados em três dimensões, deram ainda mais vida à “Zona da Fantasia” vista lá nos anos 80.

O robozinho voador (um pioneiro, entre os mascotes da Sega) continua com sua movimentação rápida e precisa, necessária, em meio à ação frenética a que somos submetidos. A trilha sonora, melhorada, mantém a harmonia presente na obra clássica. As melodias são animadas (bonitinhas até) e combinam perfeitamente com o rítmo das ações em tela.

O game sempre foi simpático e divertido. Parabéns aos responsáveis pelo remake pois, essa característica, foi preservada com louvor.

Space Harrier - Daqui em diante, os exemplos de releituras das obras, são mais acentuados. O visual foi totalmente retrabalhando, desde o “boneco” que controlamos, até os inimigos e elementos do cenário.

E não foi somente na estética, o gameplay, também foi modificado. Além dos disparos convencionais, há a função “Rapid Fire” momentânea e a “Smart Bomb” que explode tudo em tela. Ainda há  “Power Ups” que aparecem durante a partida, como o escudo protetor. Space Harrier, não é conhecido por ser fácil, não importa, qual a versão oficial lançada. Essa “amaciada”, pode agradar aos que nunca jogaram e, pretendem, se aventurar em “Fantasy Zone”.

A jogabilidade é precisa e não terá problemas para se desvencilhar das ameaças, estas, que surgirão na sua frente em frame rate rápido e suave. Os gráficos são bonitos e, mesmo com estilo artístico retrabalhado, veremos que se inspiraram no passado. A trilha sonora manteve o padrão de qualidade, empolgante e ideal para embalar a jogatina (é, daquelas, que grudam na cabeça). Aliás, o tema de Space Harrier, é um dos mais marcantes do mundo dos games... a Sega, tinha um time de primeiríssima linha.

Uma curiosidade: nos games antigos, entendia que o Harrier voava. Aqui, vemos claramente que, quem voa é o canhão... o herói vai pendurado nele, pilotando como uma nave pequena. Agora, se a ideia já era essa na produção de 1986, visualmente falando, não me passou essa impressão.  

Golden Axe - Esse é polêmico! A reinterpretação aqui foi pesada, de gráficos à jogabilidade. O resultado disto, é contestável.

De cara, a modelagem das personagens é precária, a ponto, de lembrar os primeiros jogos de Playstation 1. O Gillius Thunderhead então, ficou completamente deformado. Já os demais elementos gráficos, são aceitáveis e não comprometem.

Ainda no quesito artístico, introduziram cutscenes que contam a história na abertura, entre as fases e durante elas, acrescentando, pontos positivos ao resultado final. Outro ponto a se destacar, são as animações das magias. Mesmo os heróis tendo os conhecidos elementos da Terra, Fogo e Relâmpago, o resultado visual, é completamente diferente. Os originais ainda são mais legais, mas, aqui, também ficaram bacanas.

Os comandos respondem bem mas, requerem certa adaptação, o game não é tão ágil  quanto o clássico. Aliás, o anão também sofreu neste quesito pois, é o mais lento entre os heróis e com o alcance dos ataques muito reduzido, ao contrário, de suas encarnações passadas (sacanearem ele).

Por fim, a “cereja do bolo”, a trilha sonora! Seria uma proeza enorme estragar a obra de arte musical de Golden Axe... ainda bem, que conseguiram manter o nível de qualidade. Se o visual deixa a deseja, a parte sonora compensa e ajuda à embalar a pancadaria.

Mesmo com os pormenores desta versão, gostei do game... tem mais prós do que contras. Até porque, um cara que começou na vida gamer com um Atari, não pode reclamar de “quadrados” (não é mesmo?).

Phantasy Star: Generation One - Eu era um dos jovens que, no final dos anos 80, foi bombardeado com as novidades dos videogames de terceira geração. Como costuma-se dizer, “estava lá e vi a história sendo escrita”, uma realidade onde, fomos surpreendidos, com o surgimento de algo realmente novo. Lógico, o fato de ter sido criança, justo nesta época, ajudou neste nível de fascinação.

A Tectoy foi muito eficiente neste processo, com campanhas publicitárias marcantes. E, uma de suas armas, foi localizar jogos para nosso mercado e, entre eles, estava Phantasy Star traduzido para o português. Se, naquele cenário que já era mágico, encarar uma aventura imersiva em nível jamais imaginado até então, foi um processo arrebatador. Escrevo isto, com as melodias do game, ecoando na minha cabeça.

Quando soube do lançamento desse remake para o Play 2, vi alguns vídeos e achei muito bacana. Lamentei o fato de não ter acesso à ele e a vida seguiu. Ao me deparar com o anúncio dessa coletânea, notei que estava incluso mas, não me empolguei... achava que estaria todo em japonês e não conseguiria jogar. Como a curiosidade foi maior, o coloquei para rodar e “ESTÁ EM INGLÊS!”, falei em voz alta. Colocaram no disco, a versão traduzida por fãs... que benção!

Me senti o mesmo garotinho em frente à um Master System novamente... e devo continuar assim por algum tempo ainda. Vou encarar essa “nova” aventura, ao lado de Odin, Noah, Myau e Alis.

Vamos amigos! Lassic, não poderá triunfar desta vez!

Então, é isto.

Até a próxima! 





 

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Master Review - Rastan (1988)



Fazia tempo que não engrenava num Review.

Vamos conferir um dos jogos que mais jogamos na Era de Ouro do Master. Vamos conferir Rastan.


Rastan Saga foi um popular Arcade da Taito em 1987. Inspirado em "Conan, o Bárbaro", a Introdução mostrava as memórias do Barbaro Rastan que atravessa o seu país derrotando monstros fantásticos e se sagra Rei no final.

Nos anos seguintes, uma série de ports foram feitos para este jogo. E o Master não ficou de fora. 


No manual, diz que Rastan, a pedido do Rei, vai atravessar as terras de Semia em busca de uma princesa raptada. E só parará para afiar sua lâmina.

GRÁFICOS E SONS


Tive contato com Rastan direto no Master System, então não senti falta das diferenças graficas e sonoras do Arcade. 

Apenas quando vi que houve redução de detalhes nos gráficos e no bárbaro e seus inimigos, especialmente o céu poderia ter mais detalhes e o que vemos  são vários tiles repetidos. Para o Master System, está bom, pois é um jogo de 2 Mega. Era 1988, e poucos cartuchos tinham o privilégio dos 4 Mega no período. 

O som também se repete nas 6 rounds do jogo, havendo apenas diferença nas sub-etapas: campo aberto, "dungeon" e boss stage. Os sons dos raios se resumem a um "prim-prium" constante. Esta é a parte mais fraca do jogo.

BÁRBARO TRIATLO


O que se perde no tamanho do bárbaro, se ganha em sua mobilidade. Rastan ataca, anda, se abaixa, e salta com direito à salto alto (com direcional para cima), pendurar em cordas fixas ou moveis, usar pulo duplo em paredes, e ainda um "golpe fatal": com o ataque e o direcional para baixo, você dá uma estocada também vista em Golden Axe. 

O único inconveniente deste quase triatlo é controlar o pulo duplo, mas isso só no início, é prática.  Até porque a diversão seria menor se fosse só com as lutas, as plataformas aumentam o desafio e tornam o jogo mais interessante


PROTEÇÃO INVISÍVEL 

Rastan tenta passar a experiência de jogar num Arcade. Você tem 2 créditos como nas fichas de fliper, em algumas versões, continues. 

Rastan tem uma barra de Life que vai aumentando conforme o desempenho. E diversos itens também o ajudarão, começando pelas armas disponíveis. O machado, a maça e a espada flamejante aumenta o alcance temporário dos seus ataques, embora de perto, a arma pode perder seu efeito. Também são disponíveis escudos e armaduras, mas graficamente não aparecem, apenas aumentam a defesa. Rastan também tem ajuda de poções, mas deve diferenciar as de cura e os venenos.

PERSEGUINDO QUIMERAS

O repertório de inimigos é interessante. O inimigo básico é o homem-lagarto, que me remetia ao desenho animado de Conan (e rendeu criticas de fãs mais fieis das HQ's). Eles tem 2 ou 4 braços e podem te atingir em pé ou agachado. 

Outro detalhe também são os seres inspirados na mitologia grega.  A quimera é o inimigo mais comum e te persegue saltando e escalando plataformas.  Mas também veremos harpias, lamias e outros inimigos. Você deve temer o fogo e lava dos cenários, mas também a água (a fama de bárbaros não tomarem banho deve ter ajudado nisso)


Como já dito, as fases se dividem em campo, dungeon e boss stage. O campo aberto costuma ser o corredor de inimigos, possui algumas bifurcações de subterrâneo para não ser previsível e tem o diferencial do anoitecer com o passar do tempo. O avançar  da noite aumenta o número de inimigos. 

A dungeon você deve achar a sala do boss. Começa simples, mas de repente, tem corda para subir, piso inclinado escorradio, lanças que sentem sua aproximação. 

Os bosses são os de sempre, guerreiros, bruxos, monstros e dragões. Só achei engraçado que o mais difícil e visualmente poderoso não é o último.



CONCLUSÕES FINAIS

Parece estranho que um port tão simples faça sucesso, mas é a estranha mistura de simplicidade de gráfico e conceito, aliada aos detalhes de um level design criativo e desafiador, que Rastan vale a jogatina. Esta versão é até mais querida que a versão Mega Drive. 
Então não espere, prepare a sua espada e venha desbravar este jogo. O seu final vale a pena.  Até a próxima aventura! 






sábado, 28 de janeiro de 2023

Master Review - Strider (1991)

Saudações, amigos do QG! Tudo bem com vocês?

Depois de um “longo inverno”, volto à escrever um review. A mera citação desta estação do ano em associação à vídeo games, me lembra Strider (e sua segunda fase na Sibéria).

Esta pérola da Capcom, marcou época e foi portado pela Sega de forma brilhante, a ponto, de ser aclamado pela revista EGM como “Jogo do Ano” e sendo o de “Melhores Gráficos” em 1990 mas... esta é a versão Mega Drive. Será que a de Master System, manteve o mesmo padrão de qualidade?

Onde estão os 4 Megas?

Enquanto, no 16 bits, Strider foi o primeiro cartucho com 8 Megas de memória e tudo ali se justificava, no Master, parece que não usaram todos os 4 que disseram ter. Mesmo na época, foi esta a impressão que tive assim que comecei à jogá-lo. Toda aquela fluidez de jogabilidade e beleza gráfica, se perdeu nesta transição.

“Douglas, é um Master System. Claro que teria perdas”, alguém poderia me questionar. Entretanto, a própria biblioteca do sistema (em jogos mais antigos, inclusive), comprova que faltou capricho aqui.

Não sei dizer se, mapear toda a área onde o “boneco” interage (paredes, plataformas, aclives e declives) pesa demais na programação mas, o que se nota, é a lentidão das ações do ninja futurista. O mais curioso é que, tentaram reproduzir a complexa animação (que possui bastante frames) e cortaram a mais básica: mexer os braços/golpes. A espada é como “bambolê luminoso” ropodiando na cintura da personagem.

Com tudo isso, o game é ruim?

Como prefiro dizer, é preciso pesar todos os prós e contras. E, levando em conta o trabalho realizado aqui, o saldo ainda é positivo. Temos um bom trabalho gráfico e sonoro (ainda que, a música tema, toque em todas as fases desde a abertura). A jogabilidade, mesmo com um ritmo mais lento, possui comandos funcionais e, a fidelidade de ambientação comparado ao original é grande.

Neste ponto, temos as 5 fases do Arcade/Mega e enfrentamos a horda de inimigos do vilão Grand Master Meio. Passaremos pelo Kazafu/Kazaquistão, Sibéria, Fortaleza Voadora/Ballog, Amazonas e Estação Espacial/Chefe Final. O grau de dificuldade é moderado e, não se espante, se concluí-lo após meia dúzia de partidas (como ocorreu comigo, causando certa decepção).

O arsenal de Hiryu

Na antiguidade, os ninjas, já eram famosos por manusear um vasto arsenal e, no caso de Strider Hiryu, não seria diferente. Além de sua espada de plasma (a Cypher), ele conta ganchos de escalada (para se pendurar em plataformas e subir paredes) e dróide de apoio (o Oroboros, que caça os inimigos nas proximidades).

Para fazer uso de todo esse repertório, o Botão 1 é responsável pelos ataques, enquanto o Botão 2, realiza os saltos. Ainda com o 2, junto do direcional para baixo, o herói deslizará pelo chão (o slide) ou, após um salto com o D-Pad para cima, subirá a plataforma (quando estiver grudado por baixo dela).

E, nessa missão de livrar o mundo das forças do mal, você contará com 4 vidas e 3 continues. Derrotando Grand Master Meio, será agraciado com um dos finais mais “WTF?!” da história dos games (até em Marvel X Capcom, aparece “aquilo”).

Conclusão

Strider tem grande parcela de contribuição para a ascensão dos vídeo games ao status que ele tem hoje. Seu sucesso, se fez mostrar, nas inúmeras versões que recebeu, tanto no período de seu lançamento, como na atualidade.

Nos tempos que a Nintendo tinha o apoio das principais empresas do setor, a Sega teve que produzir as suas e, o recém lançado Mega Drive/Genesis, tinha que mostrar ser uma máquina de arcade dentro dos lares dos consumidores. Este título, como sabemos, caiu como uma luva. 

O Master System, precisava receber games de potencial e, claro, também ganhou seu port. Embora tenha ficado aquém do que deveria, engrossou o catálogo do sistema num momento importante no mercado. Mais de trinta anos depois, pode ser conferido à título de curiosidade apenas... não creio que, renderia muito tempo de jogatina, para os que não tiveram a chance de jogá-lo em 1991.

Então, é isso por enquanto.

Vou ficando aqui.

Até mais! 



 

 

 

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Tartarugas Ninjas e Tyris Flare, dão vida nova, à Streets of Rage 2 e Golden Axe de Master System

 
Saudações, amigos do QG!

Tudo bem com vocês?

Não sei vocês mas, volta e meia, me pego pensando como reagiria à certas coisas que vejo hoje se, tivessem ocorrido, anos atrás. Se uma máquina do tempo existisse, voltariam e contariam à suas “contrapartes do passado” como seria o futuro?

Mesmo correndo o risco de destruir o universo no processo (segundo teorias de “De Volta para o Futuro”), contaria sim. Uma delas é, que jogos incríveis continuariam sendo feitos para aquele videogame da época. Mais ainda, que os próprios fãs, trabalhariam neles dando sobrevida – ou melhorando – aqueles mesmos que, já tinham perdido toda a graça.

Se meu “eu mais jovem” acreditaria em mim, não tenho como saber, porém, algo é fato: que época bacana para os que curtem games clássicos, viu? Vários lançamentos - sejam inéditos ou “hack roms” - tem saído e feito a alegria dos “velhacos” de plantão.

O Mega Drive tem sido o maior privilegiado, recebendo melhorias em sucessos produzidos nos anos 90. Tivemos jogos das franquias Street Fighter 2 e Mortal Kombat, por exemplo, que ganharam implementos gráficos e, até, de conteúdo. Os títulos do Sonic, também, são muito trabalhados pelo “moders” que, em alguns casos, transformam as antigas versões em algo totalmente novo, como se fossem, feitos pela própria Sega.

Em cima disto, outro que tem recebido modificações, é Streets of Rage 2. Há algum tempo, a galera que “manja dos bits” tem incluído personagens como Ryu, Robocop, Mike Haggar, entre tantos outros... porém, era “somente” isto. O que vimos, todo o conteúdo restante, era o mesmo em sua origem (provavelmente, não sabiam como realizar, algo mais elaborado até então). Isto, viria à mudar e atingir outro patamar de qualidade, no final de 2022.

Em dezembro do ano passado, surgiu a hack denominada Teenage Mutant Ninja Turtles – Shredder’s Re-Revenge. O trabalho feito é impressionante pois, as alterações feitas, transformaram o SoR2 em algo distinto. Todas as referências visuais foram alteradas para se tornar um game das tartarugas, incluindo sprites, telas de apresentação e finais ficando, inalterados apenas, músicas e efeitos sonoros. O destaque aqui, são os “bonecos”, extraídos, do último game lançado pela empresa Dotemu, o Shredder’s Revenge.


Já o cenário voltado ao irmão mais velho do Mega, o Master System, não é tão ativo mas, tem recebido suas pérolas. No início dos anos 90, quem tinha o 8 bits e queria jogar Golden Axe, teve que se contentar com uma versão muito simplificada, comparada ao arcade. Mesmo sendo um bom port, os cortes que foram feitos, tornaram a experiência insuficiente pois, além de não poder jogar de dois jogadores simultâneos, só tinha o Ax-Batt... digo... o Tarik. Pelo menos, dava para escolher as magias da Terra, do Trovão (de Gillius Thunderhead) e do Fogo (Tyris Flare).

Talvez, inspirado na versão Guy de Final Fight de Super Nes, um abençoado (ou abençoados, não sei dizer, desculpem-me) resolveu incluir a amazona no GA de Master. O mais legal aqui é que, as mudanças, também foram profundas. Além da Tyris estar muito bem desenhada, com ótimo detalhamento, refizeram a tela de abertura, cenas finais, paleta de cores retrabalhada e inclusão de detalhes nos cenários, tornando o visual mais fiel ao original de flíper.

O game, continua truncadinho e, carece, de atenção ao timing nos comandos. Ainda assim, fico na torcida, para que façam agora o “Golden Axe Gillius” (e demais personagens da franquia, porquê não?).

Então, é isso pessoal. As roms estão rodando a internet e está facinho encontrá-las. Recomendo, fortemente, que experimentem esses trabalhos fantásticos.
Até mais!

                             

 

sábado, 31 de dezembro de 2022

Meme Retrogamer - O quê você jogou em 2022?

                            

E não é que, mais um ano se foi?

Caindo no clichê, de falar que o tempo “voou”, estamos aqui mantendo uma tradição. Neste período, costumamos compartilhar as nossas experiências ao longo desses 365 dias com algo que gostamos muito, os vídeo games.

Seja revisitando aquele jogo mais querido ou descobrindo pérolas novas – ainda, que sejam, as “perdidas no passado” - esse hobby que crescemos cultivando, ainda nos diverte bastante.

Então, sem mais delongas, quem faz as honras de iniciar seu relato é o...

Rodrigo

Olá amigos!

Parece uma constante que não jogamos mais como na época de juventude, seja pela família, seja pelo trabalho.

Mas jogamos alguma coisa, até para pôr as novidades da página do Face em dia. Vamos lá para lista de preferidos?

Castlevania (Mega Drive)

                         

De vez em quando, retorno a este clássico do terror em videogame pela versão do Mega Drive. Não temos Belmont aqui, o jogo se passa ao meu entendimento, após o Castlevania clássico. Gosto de jogar com o Eric devido aos ataques e saltos com lança.

É bem bacana a ideia de fazer um tour pela Europa, sendo que a primeira fase é uma releitura do primeiro jogo na Transilvânia. A fase da Alemanha, me faz lembrar tanto de Shinobi quanto de Master of Darkness. Recomendo muito.

Xenocrisis (Indie)

                         

Um shooter multiplataforma feito por uma equipe de desenvolvedores ultra experientes da Bitmap. Fuzileiros descobrem mistérios sobre um ataque de estranhas criaturas no futuro.

Como dar errado esse jogo? É um jogo ágil, difícil, com grande variedade de itens que podem ser comprados e um segredo a ser revelado no final. Gostei demais, a única coisa que lamentei foi não ter tido um parceiro para jogar esse novo clássico.

Mortal Kombat II (Mega Drive)

                       

Um dos jogos mais esperados e viciantes da década de 90. Ou estou ficando meio velho, ou não sinto mais o mesmo impacto de estréia, como foi, na época de ouro das locadoras e fliperamas.

Esta versão do jogo é a minha preferida. O primeiro jogo, me parece hoje, meio experimental e, os 3 e 4, já não tem tanto a ambientação fortemente oriental.

E, embora houvesse a hegemonia da versão SNES, curti muito a versão Mega pela jogabilidade mais ágil. Deixei um pouco meus favoritos Liu Kang e Sub-Zero. Experimentei jogar mais com Kung Lao e, percebi, o quanto o jogo favorece usar a Mileena… por algum tempo.

A Turma da Mônica em: O Resgate (Master System)

                     

E vamos brincar de ser criança. A esposa está liberando mais a pequena conhecer games, então, deixei os jogos mais violentos e fomos com os personagens favoritos dela.

Descobri que conheço esse jogo de cor mas, continuo me divertindo muito com seus cenários e músicas coloridas, além, do charme de ver todos os personagens queridos do Maurício no game.

Bom, é isso pessoal!

Ficam as dicas e espero que tenhamos tempo para manter a vibe gamer por muitos anos! =) 

 

Douglas

Saudações, amigos do QG!

Tudo bem?

Este ano, comparado aos anteriores, foi mais proveitoso em jogatinas. Foi um período de muitas “garimpagens” e descobertas de games que, ou não fazia ideia que existiam ou deixei passar por algum motivo.

Também, me deu vontade de revisitar alguns títulos. Como numa espécie de “tira teima”, quis saber se eu era melhor no passado ou, se eram mesmo, tão difíceis como achava que fossem.

Há ainda, os que foram abordados por mim aqui no QG em 2022. Como não costumo escrever sem jogá-los antes, acabam entrando na lista, de qualquer forma.

Então, vamos lá!

Tough Guy – Fighting Titans (PC)

                          

Nos garimpos que fiz, me deparei com muita coisa obscura. Como não existia internet, inúmeros jogos pegaram carona no sucesso de Street Fighter 2 e nem ficamos sabendo (isto, daria um texto para o QG). Um desses casos curiosos, é Tough Guy – Fighting Titans.

Feito pela coreana Panda Games no concorrido ano de 1995, chegou primeiro nos arcades. Agora em 2019, a Super Fighter Team adquiriu os direitos e o portou para PCs, usando a engine MUGEN. Sim, aquela que todos usam para fazerem seus próprios jogos.

Independente de como a empresa gerencia seus negócios (estão disponibilizados de forma gratuita no site deles), o game é surpreendentemente bom. Com gráficos bonitos, jogabilidade precisa e sons que cumprem seus papéis, dá para reunir os amigos e descer a porrada numa boa. Os lutadores, não fogem muito dos tipos comuns do gênero mas, são bem elaborados e com animações bem fluídas.

Se curte jogos de luta, vale a pena dar uma conferida.

Sonic and All Star Racing Transformed (X-Box 360)

Aqui, foi um caso de amor à primeira acelerada... que jogo lindo!

Há muito tempo, não consigo mais acompanhar a evolução tecnológica dos videogames e, os tenho experimentado, tardiamente. Por exemplo, o X-Box 360, só adquiri um este ano.

Este game do Sonic, o conheci em visita à casa de amigos e já tinha me cativado. Agora, com a possibilidade de jogá-lo a fundo, me apaixonei. Só tive tamanho ímpeto, nos tempos de Master System/Mega Drive e, tanta dedicação, me fez concluir e destravar tudo nele (incluindo os níveis “Expert”).

Sonic and All Star Racing Transformed é bonitinho na aparência, passando bem longe, de ser algo para crianças. É desafiador de “arrancar os cabelos” onde, qualquer vacilinho durante o percurso, pode dar adeus às chances de vitória.

Este título é uma ode ao legado da Sega, com seu elenco, pistas e trilha sonora (destaque para a pista “Race of Ages” com a trilha de Space Harrier).

Se é fá da empresa, este jogo é obrigatório.

Soldiers of Fortune (Mega Drive)

Este, poderia ter entrado naquele recomendado de jogos de guerra, que fiz, meses atrás. Curto bastante esses de ação com visão por cima e, aqui, há um diferencial bacana: mesmo em “single player”, terá a companhia de outro guerreiro.

Dentre todos os que podemos escolher, cada um, possui um tipo de comportamento diferente durante o combate. Uns são mais cautelosos, outros mais atirados ou, ainda, os “gulosos” que correm na sua frente para pegar os itens. Então, a escolha da dupla, tem papel fundamental para se sobreviver nos labirintos que compõe as fases.

Com gráficos muito bonitos, gameplay afiado e boas músicas para embalar o tiroteio, Soldiers of Fortune é mais um jogaço da biblioteca do Megão. Só me espanta, não ser muito conhecido.

H.E.R.O. e River Raid (Atari)

Citei esses dois mas, de um modo geral, as obras da Actvision são as que melhor resistiram ao teste do tempo. Desde o meu preferido do Atari 2600 (Frostbite), passando pelo frenético Megamania ou mesmo o singelo Freeway, os games da empresa, são os melhores do sistema disparado.

Tirando o período de, aproximadamente 10 anos (onde não tinha como jogá-los mais) até a chegada dos emuladores aqui em casa, de tempos em tempos, ainda os revisito. Entretanto, me vi dedicando mais atenção à estes dois.

H.E.R.O. o achava difícil demais naqueles tempos e não ia muito longe. River Raid, era bom o suficiente para ser um dos mais “viciados” entre os amigos. Então, quando vejo meu desempenho hoje, claramente superior à antigamente, brinco pensando “Ah, se tivesse uma máquina do tempo!”.

Se você diz ser um apaixonado por vídeo games, só quer saber dos “Playstations” e não dá bola para clássicos do passado, não sabe o que está perdendo. Essas pérolas são garantia de diversão, no sentido mais puro da palavra.

Montezuma’s Revenge (Master System)

Chegamos ao Master System mas, esta história, se conecta com o Atari. Tinha alguns naquele período que não conseguia dominar, por ser muito novo. Superman, Adventure, Halloween, entre outros, simplesmente, não entendia como proceder e logo abandonava... o mesmo vale para o Montezuma’s Revenge.

Alguns anos depois, já com a chegada dos consoles de terceira geração no Brasil, a informação de que “Montezuma” era muito cultuado entre os jogadores de computador, não me pareceu muito crível: “Aquilo lá?! Não acredito!”. Mas, precisou chegarmos em 2022 para que eu, finalmente, desse uma chance. Então, escolhi a versão do 8 bits da Sega para me aventurar.

Agora, compreendo muito bem, o porquê de gostarem tanto dele. É um jogo de plataforma com “quebra-cabeças” muito bem elaborados. Sabem aqueles que, te obrigam à explorar salas para achar um item que, só abrirá uma porta, em outro lugar da fase? É o que encontrará aqui e de forma brilhante... quase um “Metroidvania”, muitos anos antes, do termo ter surgido.

Mais um que, deixou sua marca, no mundo dos games.

Então, vou ficando por aqui.

Que, 2023, seja repleto de alegrias e realizações à todos.

Até mais!


sábado, 3 de dezembro de 2022

Black Belt - O Retorno de Riki

 

Graças ao indie Ganbatte Karate, o herói clássico, tem seu retorno triunfal ao mundo dos games

 Por Douglas Deiró

Este título, bem que poderia, ser de uma nova aventura do karateca Riki, de Black Belt. Infelizmente, a Sega, nunca fez a sequência deste clássico do Master System, muito amado, por fãs que viveram o final dos anos 80 e início dos 90 (período do lançando do console no país).

O fato do game ter sido uma “gambiarra” da empresa para aproveitar os códigos de Hokuto no Ken no mercado ocidental, não ajudou muito a popularizá-lo. Somado ao fato deste 8 bits não ter tido boa aceitação do público exterior, só piorou a vida do nosso herói. Essa batalha, ele não conseguiu vencer.

Entretanto, no Brasil, ele foi um dos mais vendidos para do sistema, o que, demonstra, ter caído no gosto da galera. Não por acaso... além do fato de, naquele período, haver poucos jogos de porrada disponíveis, possui bons gráficos, trilha sonora empolgante e gameplay eletrizante. O pacote completo para uma diversão viciante, com toda a certeza.

Os anos se passaram e, o cenário para a produção de jogos indies, cresceu de tal forma que, podemos encontrar, verdadeiras obras de arte... algumas, até rivalizam com as de grandes estúdios. Neste mundo fantástico saído da mente criativa de muitos talentos, encontra-se Ganbatte Karate, idealizado por Ulisses Lopes da Silva e sua Ulisoft.

O criador e seu trabalho, já foi tema de matéria aqui mesmo no QG Master (dê uma busca no blog, a conversa com ele, ficou bem bacana). Na ocasião, o projeto estava no começo mas, mesmo assim, o potencial era enorme. Tanto é que, hoje, o elenco do game triplicou.


Ganbatte Karate, como o próprio nome sugere, reúne personagens praticantes desta arte marcial, saídos, de várias mídias diferentes. Será que, Daniel Larusso (Karate Kid), teria vencido do torneio All Valley se, o finalista, fosse o Ryu (Street Fighter) ou o Jin Kazama (de Tekken)? Aqui, há a possibilidade de colocar isto à prova.

Ao “passear” pela tela se seleção, verão muitos chars originais... e, é aí, que GK brilha ainda mais. Tais lutadores, são pedidos de fãs por intermédio de ”comissions”. Sim, não leu errado! Se é um dos inúmeros gamers que, sempre sonhou, em ter um personagem “trocando sopapos” em um fighting game, chegou sua hora.

Quanto ao retorno do Riki à ativa, ele se deu, justamente, pelo fato de ser muito querido entre os brasileiros. Perguntado sobre os critérios para a escolha do elenco de “Ganbatte”, Lopes disse buscar por aqueles interessantes e que possam agradar a maior parte do público. Assim, fiquem atentos! Em 2023, a segunda temporada, promete a chegada de outros grandes nomes do “karatê midiático”.

O faixa preta veterano ficou incrível com o novo visual, inspirado, nos jogos da SNK para o Neo Geo Pocket. Ainda assim, preservou-se suas características de ser um guerreiro formidável, capaz, de dar golpes potentes nos adversários. Lembrando, no game de 1986, os inimigos “explodem” quando atingidos, herança, da versão japonesa Hokuto no Ken. E por falar neste último, Kenshiro (o protagonista) foi a inspiração óbvia para completar o “move set” de Riki, medida necessária pois, seu repertório antigo seria insuficiente.

Então, fica minha a recomendação máxima. Se é um fã do clássico Black Belt e gostaria de fazê-lo duelar com outras estrelas dos jogos de luta, não perca tempo. O game é gratuito e pode ser baixado via site Game Jolt (gamejolt.com/ulisan/games) ou, ainda, mantenha-se informado sobre todas as atualizações no Facebook (SNK Vs Capcom – Rivalry Conclusion).