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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

MD REVIEW - Mortal Kombat (1993)


PREPARE YOURSELFS!
Hoje vamos cobrir mais um Review que já conferimos no Master System,  mas ainda precisamos ver no Mega Drive. 
Venha ver como ficou a versão SEGA do primeiro Mortal Kombat.


Quem acompanhou aqui, já viu a história original de Mortal Kombat. O lendário torneio Shaolim de Artes Marciais, a usurpação de Shang Tsung de 500 anos atrás, quando o seu campeão Goro derrotou o monge Kung Lao. 
Ainda não tínhamos as complexas informações sobre Shao Khan e o Outworld.

Mortal Kombat tinha como diferencial os atores digitalizados e o alto nível de violência (fichinha pros dias de hoje), compensando que a jogabilidade de Street Fighter II e outros concorrentes era mais interessante.

Dica: o cheat de violência era super conhecido, 
Mas para quem não lembra: digite na tela "Codes of Honor" ABACABB

Também comentamos sobre o lançamento simultâneo em 5 plataformas (SNES, Mega, Master, G. Boy e G. Gear) chamado de Mortal Monday em 1993. 

A versão SNES foi mais fiel em gráficos e sons devido à enorme paleta de cores e bons canais de áudio, mas a versão Mega, apesar de menos detalhes e cores e barras de energia "finas", ganhou pela jogabilidade e o sangue/fatalities que poderia ser ativado com um cheat.


Como tradição da época, havia as fases bônus que às vezes eram mais difíceis que os próprios inimigos.


OS KOMBATENTES


 JOHNNY CAGE
Como o jogo foi inspirado nos antigos filmes de Artes Marciais de Hong Kong, é claro que deveria ter um personagem ator. Diz a lenda que Van Damme teria sido convidado, mas recusou. Logo, Daniel Pesina foi chamado assumindo o nome de Johnny Cage.

Cage é quase um lutador-base do jogo. A chama verde é a fireball padrão. O chute sombra tem a vantagem de vencer outros golpes de investida.
O Splits, o soco baixo, atinge inimigos de surpresa,  com exceção óbvia de Sonya. O único golpe normal diferencial é o usado no Fatality, o Uppercut que tem mais alcance.

JOHNNY CAGE

T, F + soco baixo - Green Flame

T, F +chute baixo - Shadow Kick

Defesa+soco baixo - Splits

FATALITY - F, F, F + Soco alto



                                              

KANO
Dos personagens normais, Kano poderia ter o epíteto de aprendiz de vilão, tendo o Fatality mais violento.  Membro da Black Dragon,  entra no torneio pela glória e fortuna, sua máscara é inspirada no "Fantasma da Opera", que também é vinheta do game.

Por ter comandos especiais usando Defesa, seus golpes tem características diferentes como parar sua bolinha no ar. Não tem poderes misticos ou ki, seu projétil são facas. De perto, vai de cabeçada.

KANO

(Defesa) T, F - Knife Throw

(Defesa) 360º - Canon Ball

soco alto (perto) - Head Press

FATALITY - T, T, T + Soco alto





RAYDEN 
O nome está relacionado ao deus japonês do trovão. Tsung,  para ostentar seu poder, decidiu convidá-lo para esta edição do torneio. Foi inspirado num trio de personagens do filme "Aventureiros do Bairro Proibido".

Rayden parecia lento no Arcade, mas só sua animação. Seu projétil, é claro, é o relâmpago. O Teleport nem sempre é tão útil contra a CPU em Mortal Kombat,  mas com antecedência pode ajudar o jogador. O Super Man é um golpe de investida muito rápido,  porém pode ser congelado por Sub Zero e vencido pelos golpes de Johnny e Liu.

RAYDEN

B, B/F, F+soco alto - Lighting Throw

T, T, F - Super man

B, C - Teleport

FATALITY - F, F, T, T, + Soco alto







LIU KANG
É o protagonista do jogo, um monge membro da Super secreta Sociedade da Lotus Branca. 
Nesta versão, ainda tinha um design inspirado em Bruce Lee. Tem a Fatalidade menos violenta do game, a Estrela. 

Como Johnny Cage,  também é lutador-base. A Fireball só muda a cor de Cage, mas o Flying Kick atravessa o inimigo muito perto. A melhor tática é a alternância entre a Fireball e o Flying Kick.

LIU KANG

F, F+ Soco alto - Orange Fireball

F, F+ Chute alto - Flying Kick

FATALITY - 360º no direcional






SUB ZERO
É um ninja do clã Lin-Kuei, que existiu milenarmente na região da Manchúria, nordeste da China. 
Possuía uma Aura de mistério,  que depois sabemos que não era o último deles, e que seu objetivo era a cabeça de Shang Tsung.
Seu poder mais característico leva seu codinome, o domínio sobre o frio. O Freeze era o primeiro poder paralisante que muitos se afeiçoaram pelo Ninja, e o Slide é um golpe de investida baixo que dá para contra-atacar magias. 

Mande um Freeze, e complete com uma voadora e mande o Slide ainda em queda.

SUB ZERO

B, B/F, F+soco baixo - Freeze

T+ Chute baixo+alto - Slide Kick

FATALITY - F, B, F+ Soco alto





SCORPION
Antes da sua história explicar a trajetória de Hanzo, apenas sabia-se que era o rival de Sub Zero.
Scorpion é o Ninja munido da primeira arma, o Arpão que caracterizou que os ninjas deveriam ter poder paralisante. 
Outra habilidade Ninja é o Teleport Punch, que atinge o inimigo que se afasta demais, mas não funciona no canto da tela.

SCORPION

T, T +soco alto - Van Damm Spear

B, B/T, T+soco alto - Teleport Punch

FATALITY - (Defesa) C, C






SONYA BLADE
Sonya era uma agente encarregada de capturar Kano, mas foi emboscada por ele com o plano de força-la à participar do torneio.
As piadas eram comuns que seu traje parecia de professora de aeróbica...

Sonya não tem golpes de investida horizontal, o Flying Punch (confundido no início com um teleport) é usado para voadoras. Em compensação,  sua magia, os Anéis são os mais fáceis de executar e tem o melhor golpe especial de perto, a Tesoura. Um bom combo é usar a Tesoura após uma rasteira.
Sua voadora é horizontal e seu uppercut tem bom alcance.

SONYA BLADE

T + soco alto - Ring Toss

F, T +soco alto - Flying Punch

B+Defesa+chute baixo - Scissor kick

FATALITY - T, T, F, F, + Defesa




ENDURANCE MODE
Após todos os inimigos serem derrotados, você enfrenta a si mesmo, no "Mirror Mode" e ainda uma das maiores atrocidades já projetadas, o endurance, em que você luta com TRÊS DUPLAS. O personagem deve economizar ao máximo o Life da primeira luta para ter fôlego no segundo oponente 



OS BOSSES


Quando todos os guerreiros do Endurance  são derrotados, entrava um dos desafios mais icônicos, Goro, o Homem-dragão, que aparece de surpresa na tela. 
Goro tem socos muito fortes, sua magia é poderosa e seu arremesso pode definir a luta. 
O desespero é quando ele agarra com as mãos de baixo e bate com as de cima. 

Além do redutor de dano, rasteiras são inúteis nele. 


Shang Tsung é o último desafio do game. 
Seu poder se resume ao disparo de Rikuro Kubi (caveiras flamejantes) e transformações. 

Não tem ataques físicos, exceto quando transformado. Sua única desvantagem é sua resistência frágil pelos 500 anos, recebendo mais dano. Tsung já me pegou em transformações oportunas, como virar Rayden para teleportar contra uma magia, no Scorpion e mandar um arpão de surpresa, ou no Goro para me apavorar de vez. 
Mas não é impossível de vencer não.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

É interessante perceber que Mortal Kombat 1 nem é um dos retrogames mais procurados, quando foi o pioneiro de muito coisa. O trabalho de Ed Boom é John Tobias é tão bem  bolado que me diverti revendo está conversão para o Mega Drive, com todas as reduções em relação ao Arcade. 

Claro que são poucos personagens e o sistema de kombat ainda tinha poucos golpes, mas vale pela nostalgia jogar em sequência o Mortal 1 para emendar para valer o Mortal 2. Pela menos, é um marco no Museu do Game.
Fica a dica.  Até a próxima pessoal!


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

QG Recomenda - Pocket Dimensional Clash 2 e Battle Stormer Classics

Saudações amigos!

Tudo bem com vocês?

Para o primeiro post de 2025, preferi comentar sobre dois fangames muito bacanas, o Pocket Dimensional Clash 2 (PDC2) e o Battle Stormer Classics (BSC). Feitos sob as engines Open BOR e Mugen, são duas produções bastante criativas, feitas, pela turma da Mugen Brazil Team.

Sou um grande admirador desse tipo de jogo pois, é algo que faria, se tivesse talento suficiente. Ainda mais, se tratando do tema “crossover” que, desde os anos 80 (com o segundo encontro do Super Homem e o Homem Aranha nas HQs), é algo que me atrai bastante. E não é a primeira vez que abordo uma produção indie e, meses atrás, falei sobre Ganbatte Karate, divertido game de luta feito por Ulisses Lopes (Ulisoft).

PDC2 é um “Briga de Rua” envolvendo diversas franquias, videogames, quadrinhos, animes e tokusatsus. Como o próprio nome sugere, trata-se do caos extradimensional reunindo heróis do multiverso para batalhar contra as forças do mal. Com um Modo História bem amarradinho – é preciso, explicar essa “salada das boas” – veremos o desenrolar da trama e quais personagens controlaremos ao longo da aventura.

E a lista de aparições é gigante. Conforme vamos avançando nas fases, destravamos personalidades como o “arroz de festa” Ryu (Street Fighter), Hulk (Marvel), Morrigan (Darkstalkers), Tyris Flare (Golden Axe) e tantos outros. Algo que merece destaque é que, os envolvidos, não ficaram em cima apenas dos famosos do grande público. Entre os disponíveis desde o início e os liberáveis, temos a oportunidade de controlar, por exemplo, Chuck D. Head (Decapattack) e o Yo! Noid... já os imaginou, em um beat’n up antes? Eu, não!

Os visuais, sons e músicas, buscaram inspiração no Nintendo 8 bits enquanto, os sprites (em sua maior parte), são baseados nos games da SNK para o Neo Geo Pocket. Ficou um conjunto bem elaborado, fruto, de dedicação e carinho... coisa, que só os fãs, conseguiriam elaborar.


Agora, o BSC me pegou de jeito! O conhecia há tempos pois, vem sendo atualizado ao longo dos anos. Porém, no fim de 2024, saiu a versão em comemoração aos 25 anos da Mugen Brazil Team. Com mais personagens, fases, vilões e balanceamentos tornou, o que era bom, em algo sensacional.

Temos um jogo no estilo “Boss Rush” onde - de um elenco composto por figuras saídas de clássicos nos anos 90 - enfrentamos Neff, aquele mesmo, de Altered Beast. Depois da sova que levou dos dois centuriões no famoso hit da Sega, maquinou uma vingança sem precedentes, recrutando “carniças” de todo o multiverso para cumprir sua vilania. Mas, as Forças do Bem estão muito bem representadas com o Batman, Superman, Capitão América, Spawn, Luke Skywalker, RoboCop, Richter Belmont, Alisia Dragoon, e mais, que se uniram para acabar com a palhaçada.

Como dito acima, a pegada é o enfrentamento de chefes como nos títulos de plataforma do passado. Temos de todos os tipos, saídos também, de games daquela época. As fases são geradas aleatoriamente o que, sempre dará, um desafio diferenciado e fator replay enorme... uma partida, não será igual à outra.

O legal é que, além da dificuldade ser alta, o herói escolhido poderá tornar sua missão ainda mais complicada. Isto ocorre porque, enquanto uns são bons em longa distância, outros, o obrigará à ir para cima do oponente pois, seus melhores ataques, são em proximidade. Com o passar do tempo, aprenderá os padrões e a missão fica mais fácil. Entretanto, como acabei de mencionar, a combinação entre um determinado chefão e o herói escolhido, te dará dor de cabeça para vencer.

Então é isso! Recomendo, fortemente, que baixem essas jóias. Elas (e demais projetos) estão disponíveis, de forma gratuita, no site do grupo. É diversão garantida!

Até a próxima!

Sites:

_ Pocket Dimensional Clash 2:

https://gamejolt.com/games/pocket-dimensional-clash-2/194726

_ Battle Stormer Classics:

https://gamejolt.com/games/battle-stormer-classics/14507

_ Brazil Mugen Team:

https://gamejolt.com/@douglasbaldan

   

 

 

 

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Meme Retrogamer - O quê você jogou em 2024?

Saudações amigos! Tudo bem com vocês?

Mais um ano acabou e estamos à algumas horas da chegada de 2025 (claro, no momento que postamos este texto. Rss!!!). E como foi a jogatina de vocês nestes 365 dias de 2024?

Bem, a nossa? Comentamos à seguir...


<<< ADINAN >>>

Saudações amigos leitores!

Mais um ano se passou e, agora sou, oficialmente um quarentão! Mas isso não é, de longe, desculpa para não jogar, apesar do tempo escasso. Entre um momento livre e outro, quando não estou dedicado ao desenho, sigo aproveitando alguns jogos, desde os clássicos aos indies!


Rocky Rodent (SNES) -
Este jogo, aluguei na época para o meu bom e velho Super Nintendo e fui rejogar agora, décadas depois.

Mais um que surgiu na febre dos mascotes, iniciada, pelo nosso querido “Ouriço Azul”. Dessa vez, pelas mãos da Irem (famosa por R-Type), temos Rocky (Nitro na versão japonesa) que, sinceramente, não faço ideia que animal é. Ele é um esfomeado, que topa salvar a filha de um dono de restaurantes que foi sequestrada pela máfia, em troca, de uma sessão de self-service totalmente na faixa.

O mais interessante aqui é que, mesmo bebendo - consideravelmente - da fonte de Sonic, possui uma ambientação mais urbana que, confere ao game, uma identidade própria. Há ainda os criativos power ups na forma de cabelos. Com o spray, Rocky ganha uma cabeleira ruiva que serve como espada enquanto, a maquininha, concede o penteado moicano que serve de machado e por aí vai.

Uma pena, este jogo ser tão obscuro. É verdade que, também, não tem muito o que ser destacado nele. Em comparação com outros mascotes nos 16-bits, Rocky Rodent não faz feio e diverte bastante.

Gravity Circuit (PC/Steam) - Uma grata surpresa! O descobri, seguindo o canal de um compositor de músicas estilo Eurobeat. Gravity Circuit é um jogo de ação plataforma 2D, que homenageia bastante, o eterno Mega Man. Com boa dose de humor, trilha sonora empolgante e desafio elevado, controlamos Kai, um robô há muito tempo desativado e que ressurge para derrotar o terrível Exército Vírus.

O design de fases e a premissa em geral, lembram os jogos do “Bombardeiro Azul”, especialmente, a saga X. Gravity Circuit foca mais no combate corpo a corpo, onde o herói, usa os punhos para derrotar seus inimigos. Além disto, ele manuseia uma garra para se pendurar pelas fases e puxar/arremessar objetos e inimigos, lembrando vagamente, as habilidades de Ristar.


É uma forma bem interessante de gameplay num template de Mega Man. É uma receita que faz deste indie, um jogo que recomendo fortemente, seja um fã do robô da Capcom ou não. Quem curte um bom desafio de ação e plataforma, é um prato cheio.

Demon’s Tilt (PC/Steam) - Sempre fui um grande fã de Pinball e, curto mais ainda, quando decidem criar videogames de Pinball. É verdade que, a física, nem sempre é representada de forma fiel mas, na forma digital, é possível realizar coisas como alvos “vivos”, ao invés, de apenas bumpers e objetos colados na mesa. Além disto, é permitido ter uma mesa longa com passagens de acesso à outras menores e de bônus. São jogos de curta duração e muito viciantes, com aquele gostinho de quero mais.

Uma das séries que trabalha bem isso é a Naxat Pinball ou série Crush, com os jogos Alien Crush, Devil Crush e Jaki Crush. São títulos com temática macabra e alto grau de desafio. E, neste cenário atual, surge mais este indie, inspirado, nesta mesma série. Demon’s Tilt, segue à risca, a premissa de ter uma mesa enorme e cheia de segredos, com monstros bizarros e uma trilha sonora empolgante, acompanhando, nossa jogatina. Além disto, há muitos alvos para acertar e, conforme exploramos a mesa, ela vai se transformando e criando novos desafios.

Cada jogatina dura minutos mas, quando percebemos, já estamos mais de uma hora naquele looping de “só mais uma partida e já desligo”.

The Making of Karateka / Atari 50 / Tetris Forever (PC/Steam e Switch) - Aqui vou roubar um pouco e incluir 3 jogos pois, têm algo em comum entre eles. São documentários interativos da Digital Eclipse, ao mesmo tempo, que são coletâneas de jogos clássicos.

É um conceito muito diferente, do qual, me tornei um grande fã. Em cada um destes títulos, podemos ir direto para os jogos ou seguir as linhas do tempo, nas quais, exploramos em ordem cronológica a história do desenvolvimento dos jogos ou da empresa em questão, no caso, da Atari. As linhas possuem nós contendo imagens, documentação técnica, curiosidades e vídeos de entrevistas com os desenvolvedores e demais profissionais envolvidos.

No Making of Karateka, temos a história de Jordan Mechner e como ele criou o jogo para Apple II. Ele revolucionou o mercado na época, sendo precursor, com o Prince of Persia e demais jogos do mesmo estilo. Já em Atari 50, acompanhamos a ascensão e queda da lendária Atari, desde seu começo nos fliperamas até o seu último suspiro com o Jaguar e como ela está atualmente. Por fim, em Tetris, descobrimos como Alexey Pajitnov criou o “jogo perfeito”, como um mero hobby que acabou tomando o mundo.

Nessas coletâneas, temos os jogos e seus diversos ports e versões. Sempre quis experimentar Karateka original? Que tal jogar Tempest 2000 e outros jogos obscuros do infame Jaguar? E, sabia, que o Tetris original não pontuava o jogador por eliminar linhas, mas sim, por encaixar as peças o mais rápido possível? Podemos aprender muito sobre a história destes jogos e, fico na esperança, de que a Digital Eclipse continue criando estes documentários interativos. Além de coletâneas criativas e divertidas, são registros importantes para manter a história dos games viva e acessível para futuras gerações.


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<<< Rodrigo >>>

Salve, pessoal!

Tudo bem com vocês?

Anos atrás, dizia que o tempo para jogar havia diminuído, devido, aos deveres de vida adulta. Mas, parece, que encontramos um equilíbrio. O tempo disponível não aumentou, porém, fomos aproveitando aquelas “brechas” do dia, os finais de semana, etc.

Sem mais delongas, falarei do que joguei mais:

Weapon Lord (Mega Drive) - Um jogo da galeria dos "malditos", que gosto bastante. Sim, existe a questão de ser fighting game complexo mas, quem disse, que gosto de coisa padrão?

Com história que lembra RPG, sete bárbaros nascidos sob a mesma data, entram num torneio para decidirem quem será o “Lorde das Armas”. O Story Mode tem conceitos muito legais, como, o de ficar preso num cenário especifico se for derrotado nele ou o Fatality impedir os Continues.

Este ano, peguei o jeito com alguns personagens mais difíceis como o Zorn. Dominei os golpes do protagonista Korr (antepassado do Kratos) que, não conseguia executar um ano atrás. Entretanto, a minha preferida, continua sendo a linda Jen-Tai. 

Só recomendo o game, se você tem um perfil desafiador e que não se importa de aprender um estilo do zero.


Golden Axe 3 (Mega Drive) - 
A série Golden Axe é uma das mais antigas que jogo até hoje, porém, o terceiro da série, era o que menos me dedicava. Nele, Damud Hellstrike, o vilão da vez, toma o Machado Dourado e faz uso dos seus poderes mágicos para oprimir o povo. Mas, o lendário Gillius Thunderhead, recruta uma nova equipe para derrotá-lo.

Elementos presentes aqui, como os golpes novos e sistemas de salvamento são dignos de elogios. Enquanto as músicas e alguns gráficos diminuíram em qualidade, comparado, aos títulos anteriores. Ainda assim, é uma versão que vale a pena conhecer. Perdi a conta da quantidade de partidas zeradas, com final alternativo, usando a Sara Flare.

Recomendado!

Mortal Kombat 2 (Mega Drive) - Para “variar”, sempre tem algum fighting game clássico na lista. E, o que mais joguei, foi o mais querido da franquia por mim. Minha meta, foi me desafiar com lutadores que tenho menos habilidade e, com o Kung Lao, cheguei até o Kintaro. Mas, conseguir vencer mesmo, somente com o Sub Zero e Liu Kang. Também consegui fazer aparecer a Jade com vários personagens, agora, vencer, é outra coisa. 

Castle of Ilusion (Master System) - O Master System, quase não usei este ano. Instalá-lo, me consumia o tempo para jogar. Mas consegui,com uma visita da família, embrenhar no meu game preferido do Camundongo da Disney.

Alternando entre as fases com meu parente, fiz questão de jogar a dos doces. No processo, descobri que a dos relógios e a dos materiais escolares, têm duas joias... sempre achei que, uma delas, era só uma ilusão e a pegava mesmo assim. Chegamos no Castelo Final e quase batemos a Mirzabel, porém, já tínhamos perdido os Continues.

Quem sabe, na próxima reunião de família?

Bom pessoal, meu ano foi assim.

E vocês, o que jogaram em 2024?



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<<< DOUGLAS >>>

Saudações amigos do QG Master!

Tudo bem com vocês?

E mais um ano se passou, hein? Mesmo com essa sensação do tempo estar cada vez mais rápido, vez ou outra, precisamos dar uma “desacelerada” para curtir nossos games. E, neste quesito, 2024 foi especial!

Em fevereiro, conheci a Games Colection Show, que virou texto aqui mesmo no blog. Promovido por Ricardo Wilmers, o evento é realizado mensalmente no Centro Comercial Jabaquara, na Cidade de São Paulo. Voltado para o público retrô (em sua maior parte), tem atraído cada vez mais público. Assim que soube – e isto foi na véspera – fui até lá com uma missão em mente: “Encontrar uma forma de trazer meu Dreamcast de volta à vida”. 

Chegando lá, conversando com os expositores, me indicaram o Anderson Gonçalves. Ele - que trabalha muito bem e é super gente boa - não só ressuscitou meu Dream (por meio da instalação de uma unidade GDMU) como colocou uma tela IPS no meu antigo Game Boy “tijolão”.

Quem já leu um de meus “causos”, sabe que a maior decepção que tive no mundo gamer, foi a Sega ter abandonado o mercado de consoles, justo, quando tinha acabado de comprar meu Dreamcast. Além de ter sido o primeiro game comprado com meu próprio salário, o fato da empresa ter se retirado, da forma como foi, marcou muito. Por essa razão, mesmo o console tendo parado de funcionar com o tempo, nutria a esperança dele voltar ativa algum dia... e aconteceu!

Como essa feira tem pautado minha jogatina, um everdrive de Master System e cartuchos de “Polystation” e Game Boy, também entraram em meu acervo. Neste embalo, visitei muitos títulos que pouco / ou nada conhecia... tem sido uma experiência muito bacana.

A seguir, destacarei alguns outros...


Phantasy Star Online (Dreamcast) - Do 128 bits da Sega, no seu auge, joguei muita coisa. Crazy Taxi 2, Capcom Vs SNK 2, Spiderman, Daytona USA, Shenmue, Soul Calibur, entre tantos mais, tiveram um espacinho em meu coração. Mas, poder voltar à jogatina de PSO a partir do save que ainda estava guardado no VMU por anos, não tem preço! Fiquei emocionado... de verdade!

Eternal Champions (Mega Drive) – Há um texto engatilhado há tempos, onde abordarei, minhas “vergonhas” com alguns jogos... EC, seria destaque (verbo conjugado no passado? Vai lendo!). E não é que, pelo menos este tópico, caiu antes de ser publicado?

Nunca, um chefe, tinha me dado tanto trabalho. Bison, Orochi, Shao Khan, Devil Kazuya, Ignis, não importa qual, nenhum deles, me fez passar tanta raiva quanto esse Eternal Champion lazarento. Mas, em 03/12/2024, depois de mais de trinta anos, enfim, o derrotei.

Coloquei na cabeça que, desta vez, as coisas seriam diferentes. Despejei três décadas de experiência acumulada em fighting games em cima dele e deu certo! É uma sensação de dívida do passado sendo paga e que me deu muita satisfação.

RoboCop (Nintendo) – Meses atrás, fiz um texto sobre games do policial ciborgue de Detroit que mais gosto e, entre eles, não consta esta versão do NES. Até o citei de forma pejorativa, por preferir, a versão do Game Boy. Nada como um dia após o outro, não é? Aqui estou, para dizer, que mudei de opinião sobre ele... acreditam?

Que é meio truncadinho? Sim, ele é mas é super fiel (na medida do possível) à ambientação que vimos no filme. Além disto, fiquei surpreso com os sprites da personagem que são bem detalhados. Não me recordava disto, quando o joguei, numa TV de tubo (que já era antiga) em 1991.

Fica a dica, pois já aconteceu comigo algumas vezes... dê uma segunda chance, àquele game, que pareceu ruim no início. Pode estar, deixando passar, uma ótima oportunidade de diversão.

Dragon / The Bruce Lee Story (Master System) – Até sabia que existia, porém, não havia me prestado à conhecê-lo. É um jogo muito curioso que, me motivou, à fazer um review bem recente sobre ele. Assim, por essa razão, não me estenderei mais aqui.

Tem seus prós e contras mas, conseguiu, me divertir por algum tempo. No fim das contas, foi bacana conhecer mais este game do maior ícone das artes marciais.

Road Rash (Playstation) – O port da famosa versão de 3DO. Cheguei a ter, em 1998, a do PC porém, não fui muito longe nele. Dos RRs clássicos, este é o único que não concluí. Agora, com o disco de Playstation em mãos, pretendo dar cabo dele assim que possível.

Entretanto, me lembrei de algo, assim que o coloquei para rodar: O Nível 3! É o mais sacana, entre todos os títulos da série... é cair da moto e um policial surge, do nada, para te prender. Este, vai dar trabalho. Rss!!!

Então, é isso!

Tenham um ótimo fim de ano e que, 2025, seja um ano de muitas bênçãos à todos.      

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Meu Natal com o Superman

Saudações, amigos!

Tudo bem com vocês?

Chegou o Natal e, por onde olhamos, o clima festivo e alegre está no ar. Vemos as lojas decoradas, casas ornamentadas e as pessoas ficam mais felizes. As famílias se reúnem para a ceia natalina, assistimos o Especial do Roberto Carlos e... “Há especial de Natal em tudo quanto é lugar e, no QG Master, nada?”. Mas, é claro que tem!

Pensando no tipo de texto que poderia escrever, me veio uma lembrança que está ligada a mim e a data, o jogo do Superman, aquele ação/plataforma da Sunsoft para o Mega Drive. Era 1992 e já tinha o meu 16 bits há cerca de seis meses. Por motivos que não vem ao caso, este período, havia melhorado em relação à 1991. Sem falar que, o clima de fim de ano sempre ajuda, com a proximidade do Natal.

Para aqueles que tiveram o prazer de frequentar locadoras, sabe que, as vésperas de feriado eram boas para alugar cartuchos e podíamos aproveitar o dia extra. Na ocasião, 25 de dezembro caiu na sexta-feira e, com dois alugueis, entregaria somente na segunda-feira. Particularmente, não costumava pegar vários jogos pois, gostava, de focar em apenas um para poder concluí-lo (evidente, dependendo da dificuldade, nem sempre conseguia).

Foi neste contexto que, o “Último Filho de Krypton”, foi parar na minha casa. Já o havia visto na revista Supergame e, posteriormente, na casa de um primo que o alugou antes. Gostei muito do que vi... tem gráficos bonitos, boa trilha sonora e, as habilidades do herói, foram inspiradas no clássico filme protagonizado pelo saudoso Christopher Reeve (lembram do giro para adentrar ao subsolo?).

A impressão que tive foi que, a empresa, quis entregar uma experiência que fosse mais que um simples jogo, mas sim, uma verdadeira homenagem ao ícone maior dos super-heróis. Temos uma trilha sonora épica e motivadora, vemos a famosa transformação dentro da cabine telefônica, há as capas de jornais com manchetes sobre o Superman salvando o dia... até o resgate da Louis Lane, não deixaram de fora. Para um fã, está tudo lá para se deleitar e, nunca entendi muito bem, o fato de muitos não curtirem esse game.

As memórias afetivas são poderosas e, no meu caso, muitas delas, estão associadas aos videogames. Por vezes, me fazem lembrar de locais, situações, como o tempo estava do lado de fora da janela, qual filme passou na Sessão da Tarde, ou mesmo, se havia caído uma tempestade que alagou a cidade inteira (isso, pode virar um texto no futuro... aguardem!).

Como disse antes, era uma sexta-feira de uma tarde ensolarada. Já havia ido na locadora e estava no meu quarto tentando vencer aquela horda de inimigos... alguns, que nem conhecia ainda, como o Metallo. Aí, minha mãe entra com dois presentinhos bem singelos, um radinho de pilha e um carrinho amarelo futurista, daqueles “bate e volta”. Achei bem inusitado pois, o rádio, eu entendi porque gostava de ouvir música no rádio/gravador do meu pai mas... e o carrinho? Já tinha meus 15 anos de idade e não brincava mais. Mas o sorriso dela em me fazer um agrado, me comoveu. Dei um abraço apertado nela e agradeci... só de lembrar disto agora, já me emociona. O rádio, usei até ele acabar de tanto ouvir as “7 Melhores da Jovem Pan” e, o carrinho, nunca o usei de fato mas está guardadinho aqui até hoje.

Costumo dizer que, as tradições, são importantes e nos afastam da barbárie completa. Aquilo que nos é importante, que nos ensinam coisas boas, ajudam a formar o que nós somos.  Então, não deixe de se reunir com as pessoas que ama pois, é bacana, ter histórias para contar no futuro. E, se puder reuní-los em frente à TV para compartilhar momentos juntos salvando o universo, resgatando a namorada ou sendo campeão do mundo de futebol em um bom game, porquê não? Aproveite!

Tenham um ótimo Natal e que Deus os abençoes grandemente.



sábado, 30 de novembro de 2024

Master Review - Dragon / The Bruce Lee Story (1993)

Saudações, amigos!

Tudo bem?

Como disse no texto anterior (sobre, controles diferentes, oferecerem novas experiências nos jogos), a pausa aqui no QG Master foi longa mas, estamos de volta. E, como não poderia deixar passar, um review teria que aparecer por aqui também.

Há algum tempo, conheci essa curiosa versão de Dragon – The Bruce Lee Story e estava esperando um momento apropriado para isso pois, prefiro conhecer melhor, antes de falar a respeito. E chegou a hora!

Vamos lá?

Apresentando - Produzido pela Virgin Games, é baseado no filme de 1993 que, conta a história, do maior ícone das artes marciais. Ao contrário das versões para consoles mais potentes, aqui, temos mecânicas mais tradicionais de ação/plataforma. Mesmo assim, os combates lembram os jogos de luta como Mortal Kombat. Se conhecem Batman Forever, em suas encarnações de Mega Drive e Super Nintendo, verão semelhanças neste aspecto.

O jogo tenta evidenciar os feitos de Bruce Lee, embora, de forma bastante livre. Veremos as localidades presentes na película, que mistura as que ele viveu na realidade e nos sets de filmagem.

Jogabilidade – Com o controle em mãos, você conduzirá nosso herói por uma série de cenários. As fases se dividem em três estágios e acontecem dentro de um navio a vapor, fábrica de gelo, no porto e cemitério, respectivamente.

A dinâmica de combate é simples e, a animação da personagem, buscou captar a fluidez e velocidade do astro. Mas, no afã de assemelhar às encarnações de 16 bits, que possuem muitos movimentos, “espremeram” o máximo que puderam em um único botão de ataque (o 2). Com a combinação dele com o direcional, temos: 

_ Segurando para a Esquerda ou Direita, próximo ao inimigo, aplicamos um soco rápido;

_ Segurando para a Esquerda ou Direita, um pouco mais afastado do inimigo, se executa um soco giratório. Um golpe forte que lança o inimigo longe;

_ Pressionando para Cima, sai um chute em pé;

_ Pressionando para Baixo, damos um chute agachado;

_ Segurando para Cima-Esquerda ou Cima-Direita, baterá com um chute circular.

Já o Botão 1, é o responsável pelos saltos. Além dos pulos convencionais, é possível atingir plataformas elevadas ou descer delas com o uso simultâneo do direcional (Cima ou Baixo). Se você descer do alto bem em cima de um inimigo, você o acertará no melhor estilo Mario Bros. Há ainda a famosa “Voadora”, que pode ser feita, pressionando os botões 1 e 2 ao mesmo tempo. 

E, como nem tudo, dá para resolver na base da porrada, há itens que o ajudarão em sua missão. Eles podem ser coletados, ao quebrá-los com ataques. São eles:

Dificuldade e Progressão - A dificuldade é moderada mas, fica difícil, à medida que se avança. Existem chefes no final do terceiro estágio de cada fase e, eles exigirão, destreza com os comandos e combos. O dano que eles provocam é alto, então, para perder uma vida, é rapidinho.

A progressão no jogo, se dá, adquirindo novas habilidades e aumentando sua força, à medida, que percorre os estágios. No entanto, o jogo pode se tornar repetitivo após algum tempo, devido, à falta de variedade e mecânicas de combate pouco práticas.

Lembra do que falei da semelhança com Batman Forever? É aqui, que perceberá isto com mais frequência. No geral, os inimigos não são muito inteligentes, oferecendo desafios baseados em quantidade numérica e os padrões de ataque costumeiros do gênero. Ainda assim, evite ficar cercado ou, o prejuízo, será grande.

Para ajudá-lo, há a possibilidade de escolher como encarará o desafio. Antes de começar a partida, poderá optar entre os três níveis de dificuldade (Fácil, Médio e Difícil), além, do número de vidas iniciais (3, 4 ou 5).

Gráficos e Sons - Os gráficos são decentes, com as cores vivas típicas do Master System. As animações de Bruce Lee são bem feitas e, os artistas, se basearam nos sprites usados no Mega e Super Nes. Os cenários ficaram bem construídos, com ambientes urbanos, arenas e locais inspirados na cultura asiática.

Os inimigos, por outro lado, são bem simplificados e... bem... aqui vale um destaque. Se achou aqueles ninjas familiares demais, você não está alucinando. Eles são exatamente iguais aos de Streets of Rage 2! Sim, os caras da Virgin Games pegaram os “bonecos” de lá e os usaram aqui na maior cara-de-pau. E não pára por aí. Usaram também o Max e o “Gordão que Cospe Fogo” mas, pelo menos nestes, deram uma disfarçada no visual. Malandrinhos!

A parte sonora é o ponto fraco. O game só tem duas músicas, na abertura e no final... ou seja, passará por todo o percurso acompanhado, apenas, dos efeitos sonoros. Este é um aspecto que me intriga nas produções de estúdios europeus pois, sem pensar muito, lembro de outros como Indiana Jones and the Last Crusade, Chuck Rock 1 e 2 ou Pit Fighter que apresentam essa mesma característica. Não era somente o fator de economia de dados, talvez fosse, uma herança de costume saída dos PCs que, aquele mercado, estava tão habituado. Custo a crer, que fosse puro relaxo, até porque, se houvesse uma única música (como ocorre em Strider), já ajudaria bastante em um jogo que nem é longo.

Conclusão - Dragon - The Bruce Lee Story para o Master System não é um dos melhores jogos do console. Entretanto, o considero uma experiência que pode divertir um bocadinho, principalmente, se for fã do “Pequeno Dragão”.

Só uma recomendação... faça como eu e, deixe rolando, a trilha sonora das versões de Mega Drive e Super Nintendo. Lá nos anos 90, colocava Iron Maiden, Metallica ou Gun’s and Roses no toca-fitas para me embalar em games “mudos” como este. Hoje, há o You Tude e dá para ser mais fiel na referência musical (lá tem de tudo).

Até mais!