Oi a todos!
Com certeza 1991 foi um ano excelente pro Master System, com uma bela safra de jogos. E entre elas, encontramos The Lucky Dime Caper, a primeira aventura do Pato Donald para o SMS. Um dos Clássicos em que já vemos de quebra uma das capas mais lindas de um cartucho pro console.
SANTA CASA DA MOEDA!!
Diferente de Castle of Ilusion, este game se distanciou bastante do enredo "clássico" do personagem protagonista, para as versões mais "modernas". Se você leu gibis do Pato Donald e do Tio Patinhas ou assistiu quando criança a série Duck Tales (que foi apresentado o primeiro episódio no Brasil por outro milionário, o Silvio Santos), sabe muito o que aguarda neste jogo. Tio Patinhas (Scrooge) conta a seus sobrinhos que a origem de sua fortuna foi com uma moeda que nunca lhe abandonou. Ele generosamente (um milagre!!) dá um tostão para cada um dos sobrinhos começar sua fortuna: Huguinho, Zezinho e Luizinho (Hurley, Dewey e Louie, para quem nunca gravou: o de vermelho, de azul e de verde). Mas uma pessoa assistia toda a cena: Maga Patalógica, que com seus abutres, rapta os 3 meninos e suas moedas. Tio Patinhas fica desesperado, e para variar, cabe ao Donald salvar as moedas e seus pimpolhos.
GRÁFICOS E SONS
The Lucky Dime Caper é um game com selo Disney, então já sabem o que esperar: O gráfico tem cores vivas, a movimentação é caprichada, fazendo-nos às vezes rir com os movimentos de Donald. Abaixado, pulando, fazendo cara de dor ao receber dano, morrendo congelado no Polo sul ou tostado no Hawaii (!!!). Ele ainda reclamando na tela de game over é muito hilário! Os cenários são bem trabalhados com muita riqueza, o que fascinaria qualquer criança da geração 8-bits. A música não é a mais impecável, mas é gostosinha. O efeitos sonoros são pra lembrar desenho animado, então dispensa comentários.
TUDO POR UMA MOEDA!
É quando falamos da jogabilidade é que precisamos explicar mais. Foi um dos jogos mais difíceis que joguei, de ter devolvido na locadora achando que nunca mais ia vê-lo, mas fraquejei e peguei de novo, não me arrependendo... Se você passar do primeiro boss, tá beleza, você não vai desistir como eu.
A ação consiste em Donald pular na cabeça dos inimigos, (mesmo sendo uma piranha!!) e usar 2 tipos de armas: a marreta (típica dos desenhos antigos) e o disco que atira horizontal ou vertical. Se você for atingido perderá a arma, e a qualquer toquezinho, você morre (por isso é tão difícil!). A cada 2 inimigos derrotados é liberado um item: uma das armas (quando você perdê-las), uma vida ou uma estrela: a cada 5 estrelas, você ganha invencibilidade temporária, às vezes você preferirá recusá-la, para ganhá-la mais tarde.
As 3 primeiras fases você deverá escolher a ordem de qual sobrinho salvar: Luizinho nas florestas americanas; Zezinho nos rios do México e Huguinho nas ruínas incas do Peru.
Ao salvá-los, enfrentamos os 3 abutres da Maga Patalógica: na Antártida, no Hawaii e no Egito, onde ele precisa achar uma chave antes de encontrá-los. Tudo isto antes do duelo final com a Bruxa!!
Para quebrar a monotonia, a maioria das fases tem um pluzze: nadar desviando de piranhas em zigue-zague no rio; descer uma montanha correndo (!!!) enquanto pula pedras e urubus; escalar blocos que caem numa sala, sem deixar que eles te atinjam!
O QUE PODERIA SER RUIM?!
Eu diria que The Lucky Dime Caper só teria um defeitiiiinho que não é culpa do jogo, mas da série de estórias do Tio Patinhas: os povos são mostrados de forma meio estereotipada, os nativos do Hawaii são extremamente esquisitos parecendo mais pigmeus africanos. O mapa pode ser meio desproporcional, mas ele é do modelo que aumeeenta o tamanho dos EUA demais. E um Leão como boss na América do Norte é meio estranho... (Ok, pode ter fugido do Zoo =P). Pois bem, tem gente que não liga dizendo que é só diversão, mas tem gente que se preocupa porque as pessoas (norte-americanos principalmente) inconscientemente gravam essas generalizações.
Mas precisão geográfica não tira a diversão de um dos jogos mais divertidos da Disney para o SMS!
O mapinha com opções de viagem para Donald. Que tal férias no Hawaii? |
TUDO POR UMA MOEDA!
É quando falamos da jogabilidade é que precisamos explicar mais. Foi um dos jogos mais difíceis que joguei, de ter devolvido na locadora achando que nunca mais ia vê-lo, mas fraquejei e peguei de novo, não me arrependendo... Se você passar do primeiro boss, tá beleza, você não vai desistir como eu.
A ação consiste em Donald pular na cabeça dos inimigos, (mesmo sendo uma piranha!!) e usar 2 tipos de armas: a marreta (típica dos desenhos antigos) e o disco que atira horizontal ou vertical. Se você for atingido perderá a arma, e a qualquer toquezinho, você morre (por isso é tão difícil!). A cada 2 inimigos derrotados é liberado um item: uma das armas (quando você perdê-las), uma vida ou uma estrela: a cada 5 estrelas, você ganha invencibilidade temporária, às vezes você preferirá recusá-la, para ganhá-la mais tarde.
Dica: O Boss da fase de Zezinho, o Leão não pode ser atingido quando corre, pule quando ele avançar na árvore, e caia na sua cabeça! |
As 3 primeiras fases você deverá escolher a ordem de qual sobrinho salvar: Luizinho nas florestas americanas; Zezinho nos rios do México e Huguinho nas ruínas incas do Peru.
Ao salvá-los, enfrentamos os 3 abutres da Maga Patalógica: na Antártida, no Hawaii e no Egito, onde ele precisa achar uma chave antes de encontrá-los. Tudo isto antes do duelo final com a Bruxa!!
Dica: as gotas apagam os blocos, mas depois eles voltam, não precisa ter tanta pressa! |
Para quebrar a monotonia, a maioria das fases tem um pluzze: nadar desviando de piranhas em zigue-zague no rio; descer uma montanha correndo (!!!) enquanto pula pedras e urubus; escalar blocos que caem numa sala, sem deixar que eles te atinjam!
Na fase de Zezinho, você precisa nadar, a tática é o zig-zag pra evitar as piranhas, e quando vir a saída subir, como um louco! |
O QUE PODERIA SER RUIM?!
Eu diria que The Lucky Dime Caper só teria um defeitiiiinho que não é culpa do jogo, mas da série de estórias do Tio Patinhas: os povos são mostrados de forma meio estereotipada, os nativos do Hawaii são extremamente esquisitos parecendo mais pigmeus africanos. O mapa pode ser meio desproporcional, mas ele é do modelo que aumeeenta o tamanho dos EUA demais. E um Leão como boss na América do Norte é meio estranho... (Ok, pode ter fugido do Zoo =P). Pois bem, tem gente que não liga dizendo que é só diversão, mas tem gente que se preocupa porque as pessoas (norte-americanos principalmente) inconscientemente gravam essas generalizações.
Mas precisão geográfica não tira a diversão de um dos jogos mais divertidos da Disney para o SMS!
Mais um sobrinho resgatado, falta um... Afinal, onde estão os PAIS se só se responsabilizam os tios? |
Excelente review, Rodrigo! Cara esse jogo é muito dificil, me lembro que aluguei na época e fiquei frustrado por não conseguir passar de nenhuma fase, só consegui chegar no urso mas morria e dava game over. Só depois de muita insistência consegui ir mais longe, e esse jogo é lindo e muito divertido! Ah e vale a pena mencionar a arte da capa, linda demais!
ResponderExcluirAbração
Foi uma decepção pra mim a primeira locação desse jogo. Chegava no urso da fase mais curta e morria, apanhei muito nesse jogo, mas ele merece um esforço em tentar encará-lo! Abraços!
ExcluirEsse jogo é um marco na minha vida: acho que terminei ele tantas vezes que acabei decorando inteiro. Gosto de tudo nele, desde o visual até as músicas clássicas! Um must-have pro console, sem dúvidas!
ResponderExcluir...Você é o cara, Cosmão!! Fechar um game desse ad eternum não é pra qualquer um!
ExcluirAbraços!
Posso dizer o mesmo!
ExcluirOlha, tem gente que, depois de adulto, começou a se aventurar pelo mundo, a gostar de história, a enfrentar desafios, porque leu um Julio Verne ou assistiu um Indiana Jones quando era criança. Pois eu acho que os games também tem esse poder, e no caso esse jogo ai formou um pouco da minha persona.
Voce tinha uma sensação de aventura quando jogava ele. Tinha vários cenarios diferentes com alusões a civilizações antigas, mistérios, enfim tudo o que um filme do Indiana ou algum livro do Julio Verne te levaria a viver na imaginação. Acho que devo aos jogos do master e entre eles a esse o fato de eu ter começado a estudar geologia na universidade e um pouco de arqueologia por conta propria.
Além de tudo tinha o DESAFIO. É um jogo que desafia o jogador, e só os perseverantes conseguem chegar ao fim!
Toninho, você disse tudo, por isso é que sou historiador, sociólogo e ambientalista. Me cerco de literatura, filmes e games "históricos". Robinson Crusoé, O Conde de Monte-Cristo, A Volta ao mundo em 80 dias, a Odisséia, e até o Talmud foram minhas leituras de infância. Duck Tales e Capitão Planeta foram um dos meus desenhos preferidos e claro, era muito fã de Indiana Jones. Meu jogo preferido: War! Olha o que tudo isso deu...
ExcluirOlha, quando consegui passar de fase, é que desisti de desistir desse jogo (trocadilho infame!) Bastou essa recompensa, de um jogo tão bem feito, que me fez gamar nele. Se tudo der certo zero esse mês! (já to na quinta fase! rss)
Falando nisso, acabei de terminar a leitura do Robinson Crusoé, que livro!
ExcluirBoa sorte ai no jogo!
Cara eu joguei que nem louco esse jogo viu me lembro de ter visto na casa de um amigo meu.E depois descobri que um outro amigo tinha e peguei emprestado com ele mas nunca consegui zerar sempre empacava na fase do Hawaii.Que era muito difícil pra caramba pelo que me lembre tinhas umas músicas bem legais também bons tempos de jogos assim viu .
ResponderExcluirAs musicas eram gostosas e o Egito, às veze me perco na piramide ou morro com aS mumias.
ExcluirVale a pena!
Um abraço, Rock
Game difícil, não chega a ser um Ninja Gaiden, que aliás eu "apanhei" pra zerar, ( tá no meu Blog) mas é forçadinho nesse quesito. Me deu vontade de jogá-lo de novo e por no Blog, só falta tempo e coragem, he he.
ResponderExcluirAbraço!
Joguei muito este jogo, muito mesmo... só que no Game Gear! hehehe
ResponderExcluirÉ um dos jogos mais difíceis que joguei também, embora eu tenha jogado tanto que lembro de ter visto seu final.
Só que eu nunca reparei que os itens "dropam" a cada 2 inimigos derrotados, sempre achei que era meio aleatório.
E eu nunca liguei pros estereótipos nos jogos, embora tenha esse lance da memorização por parte das pessoas. Mas eu sempre achei engraçado, até mesmo quando mostram o Brasil mais verde do que qualquer outra coisa e cheio de animais que eu nunca vi por estas bandas... kkk
Belo review de um belo jogo!