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domingo, 3 de março de 2013

Resume Game: Estímulo (Stimulus)


Inglês. O segundo idioma necessário e  uma barreira para muitos que jogam videogame, além, claro, para outras atividades na vida que não sejam ligadas ao nosso entretenimento favorito. Mas, sendo bem razoável, é verdade que mesmo no século 21, ainda encontramos e em bom número, jogadores que não entendem “paçocas” do que está rolando na cut scene de um jogo.

Admitindo um pecado: eu já fui um desses e hoje vejo o quanto perdi, seja em tempo, seja em conteúdo que poderia ter sido acrescentado para mim. Muitas curiosidades e fatos importantes dos games, eu só fui descobrir anos depois com o advento da internet – e quando criei vergonha na cara e cursei uma escola de idiomas (ainda que falte concluí-la).

Em breve, num blog sobre Game Boy
A verdade é que mesmo hoje em dia com um inglês razoável que me permite entender boa parte do que leio e ouço nos games, às vezes o idioma nacional me parece aquele ingrediente mágico (e sem trocadilhos com Harry Potter) que dá sabor para a mistura. Pra ficar apenas em dois exemplos, quem jogou Kinect Adventures ou mesmo o saudoso Phantasy Star em português sabe do que estou falando: dá vontade de ficar horas e horas jogando apenas pelo fato de entender facilmente o que o jogo se dispõe a nos oferecer.

Anos depois, comecei a pensar da seguinte forma: se todos os jogos (num cenário irreal) fossem traduzidos para o nosso idioma e não apenas os blockbusters de hoje em dia, será que não estaríamos perdendo ao invés de ganhar? Pois além de deixarmos de praticar um segundo idioma, não estaríamos também nos restringindo de conhecer outra cultura de acordo como o game foi desenvolvido? Basta pensar nas piadas, nas expressões regionais, gírias e costumes que muitos jogos utilizam para torná-lo mais próximo do nosso mundo.

Nunca cheguei num consenso, apenas sei que um segundo idioma é uma barreira para muitos. Mesmo para gamers mais experientes, com bom nível de inglês (e vou ficar apenas no inglês), nem sempre é possível extrair toda história em termos inteligíveis e por vezes o jogador pode “boiar” em expressões ou deixar passar detalhes que não ficam claros de alguma forma.

Are you curious?
Logo que conheci os emuladores (época que entrei na faculdade) me deparei com alguns sites que faziam traduções de jogos, principalmente os RPGs. Pra quem jogava RPG, como eu, na década de 90 com dicionário do lado, ter a sua disposição grupos e grupos trabalhando na tradução de grandes games dessa época era um sonho – ou melhor, era um estímulo a mais para jogar.

Foi por essas e outras que mesmo quando a vontade de jogar não é grande ou estou empacado em algum lugar, me volto para as traduções e encontro belos trabalhos feitos em jogos famosos ou nem tanto assim. É quase um deleite adentrar novas telas e encontrar aquele personagem conversando na sua língua. Ainda que sejam piadas sem graça ou dicas inúteis (e os RPGs são mestres nessa arte), jogar, seja no meu idioma ou de quem desenvolveu o game, deve ser divertido, prazeroso e uma experiência que ultrapasse fronteiras. Deixando em cada gamer aquele gostinho de quero mais.

See you later!


Marcel Santana

2 comentários:

  1. Ah cara sofri demais com a barreira do idioma na geração 8 e 16 bits. Ys que é um jogão eu detestei porque não entendia nada do que era dito, e o texto final do Alex Kidd in Miracle World fui entender anos depois que eu entrei numa escola de idiomas. Aliás depois que aprendi inglês aí uma nova porta se abriu e passei a jogar RPGs como se não houvesse amanhã.

    Mas eu confesso que se há tradução PT-BR eu prefiro muito mais, nada como poder jogar lendo no seu próprio idioma. Poderia comprar CDZ para PS3 mais barato lá fora, mas faço questão de jogar com a legenda em bom e velho português!

    Abraços

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    1. Sei como é Adinan. Apesar de gostar muito de exercitar o segundo idioma, o bom e velho português é sempre mais agradável para mim.

      Um abraço!

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