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domingo, 12 de julho de 2015

Master Review – GP Rider (1993)










Saudações amigos do QG Master! 
Desta vez, conversaremos sobre um dos poucos jogos de motociclismo lançados para o Master System, o GP Rider.

PREPARE TO RACE - GP Rider faz parte de uma categoria, entre os jogos de corrida, onde não existem tantos títulos, comparado em número, aos de automóveis. Além dele, pensando rapidamente em sucessos que pintaram no Master System, só me lembro de Hang-On e Road Rash.
Sempre foi bem comentado, entre jogadores e revistas especializadas. E não é para menos, este game reúne características pouco comuns para um console 8 bits, com gráficos e sons muito bons.
Sua tela dividida de forma nativa, dá a sensação de temos um rival disputando junto contigo todo o campeonato. De fato, você estará pois, o Player 2, estará presente como seu concorrente direto pelo título, mesmo controlado computador... uma novidade interessante.

Em GP Rider, o Split Screen (tela dividida) é nativo do game, não importando, se está jogando conta um amigo ou a CPU.

Modos de Jogo -  Aqui, pode-se se acelerar em três tipos de disputa:
* Arcade: É possível correr durante 6 voltas em circuito escolhido pela CPU. Aceita o multiplayer;
* Tournament: Cria-se o próprio torneio, com até 15 pistas disponíveis; Também aceita dois jogadores;
* Grand Prix: Dois jogadores podem disputar o campeonato simultaneamente em todas as 15 pistas do campeonato mundial.

Prepare sua máquina - Assim como ocorre nos melhores jogos do gênero, em GP Rider, também é possível realizar acertos mecânicos em sua moto. A regulagem deve levar em conta aspectos presentes em cada pista, se é de alta ou baixa velocidade ou, ainda, se o tempo previsto para a corrida estará seco ou chuvoso.
* Motor – Há dois tipos, o Lean (leve, de baixo consumo e pouca velocidade final), Medium (o meio termo entre consumo e velocidade) e Thirsty (potente e de consumo maior);
* Marchas – Automática (não precisa fazer trocas de marcha, ideal para novatos) e Manual (não faz trocas de marcha sozinha, merece treino);
* Pneus – Existem dois tipos, o Wet (para pista molhada) e o Dry (pista seca).

Os gráficos deste game se mostram muito bons. Um exemplo disto, são as imagens entre as corridas, que são apresentadas em tela cheia.
Considerações pessoais – O jogo é muito bom mesmo, por isto, foi tão elogiado. Entretanto, não está livre de falhas. Ainda que não comprometam a diversão, tais “mancadas”, podem incomodar bastante em determinados momentos.
O primeiro caso é a questão dos ajustes do jogo. GP Rider te dá a chance de fazer alterações na moto para melhorar o desempenho. Até aqui, tudo bem mas, não importa o que se faça, você terá condições plenas de ganhar uma corrida, de qualquer forma, uma vez que, tais alterações, não surtirão efeitos significativos. Pode-se escolher o motor mais lento para uma pista rápida ou um pneu de pista seca para correr no molhado que, no fim, dará na mesma. Para mim, isto é grave pois tira boa parte da graça daqueles que gostam de fazer bem mais, do que apenas, acelerar em um game de corrida.
Outra questão chata é a tela dividida. “Mas Douglas... você disse, lá no começo, que esta era uma novidade interessante!”. E é mas, como o Master tem resolução de imagem limitada comparado à consoles mais potentes, os desenvolvedores tiveram que lidar com menos área útil para trabalhar... é menos espaço para o campo de visão do jogador. Não raras serão as vezes que, baterá numa moto que vem na sua frente por não ter enxergado sua aproximação, por ela nem ter aparecido na tela. Isto, chegou a me irritar bastante.

Como se poderia esperar de um game do gênero, é possível fazer uma série de ajustes na moto. O curioso aqui é que, pouco importa o que faça, não existirá efeito prático durante a corrida.

Agora, as coisas boas...
GP Rider arrancou comentários, por vezes, exagerados, como aconteceu em uma das edições da revista Ação Games (a de número 44, de outubro de 1993) dizendo que os gráficos são tão bons que poderiam ser confundidos por um de Mega Drive. Exagerados, porém, com certo fundamento. O game possui gráficos bem detalhados e com imagens grandes, de tela inteira (ilustrando resultados das corridas e pódium).
Notará ainda bastante fluidez de elementos, dando uma boa sensação de velocidade. Verá sua moto deslizar de um lado para o outro com bastante suavidade, diferente da maioria dos games de corrida desta época onde, parece que o veiculo está preso no centro da tela e o cenário é que se mexe... aqui, há dois eixos de rotação (moto e pista).
Os sons são competentes também. O ronco do motor soa decente; as poucas músicas são bem compostas além de existirem vozes digitalizadas (dizendo “Prepare to Race”, por exemplo) nítidas e cristalinas... coisa rara em games desta geração.
Por fim, digo...
Acelere fundo em GP Rider! É um título que não faz feio, mesmo hoje em 2015. Pode render bastante diversão, principalmente, se tiver um amigo para disputar o “Pega”.
Vale a pena!

9 comentários:

  1. Olha, Douglas!
    Mesmo eu tomando um pau nos games de corrida, esse aí me deu uma vontade de partir dentro. os gráficos ficaram muito bons só vendo pelas imagens que você usou, acho que realmente foi um game que exploraram bem os recursos de imagem do console em 1993, que a SEGA já entendia que não precisava mais esconder o "Poder do Master". Com multiplayer, a coisa fica mais divertida.
    Uma pena é a pouca diferença dos itens, apesar de eu levar a pior, gosto desta diferenciação de escolha de equipamento.
    E claro, a sua matéria ficou muito bem escrita! Parabéns!!!

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    1. Valeu, meu amigo!
      Este texto estava "empacado" há muito tempo. Havia começado, mas não conseguia concluí-lo e, meu PC deu pau, e perdi. Passou mais um tempo e, aqui está ele. Verei o que escreverei na próxima... espero não demorar tanto mais.
      Hehehehe!!!
      Abraço.

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  2. Opa muito boa a matéria meu amigo, parabéns!
    Confesso que a questão da visualização prejudicada pra mim já estragou o jogo completamente, mas ele tem sim umas idéias muito bacanas. Ainda assim sou mais a versão do Game Gear que tem uma cara de Hang On mas com a complexidade do GP Rider, muito boa a jogabilidade.
    Abraços

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    1. Obrigado, Adinan!
      Estava devendo um texto (muitos, diria) e, finalmente, "criei vergonha na cara". Hahahaha!!!
      Quanto à GP Rider, eu sou o contrário. Mesmo com as mancadas, prefiro a versão de Master por esta ter uma cara mais de arcade mesmo. Porém, a versão de Game Gear e legal também e a achei bem curiosa.
      A meu ver, esta era para ter sido a versão do Super Hang-On e para o portátil e que, no meio do processo, a transformaram em GP Rider por ser um título mais atual. Suposições à parte, a modo World Tour presente em Super Hang-On está neste GP Rider.
      Não só isto, o jogo foi feito em cima do primeiro Hang-On, lançado para Master. Nota-se que "deram um tapa" nos gráficos e parte técnica em geral... a engine é a mesma. E mais, esta versão não precisou ter a tela dividida, uma vez que, no multiplayer, cada jogador tem seu Game Gear para visualizar a ação. De fato, uma vantagem.
      Abraço.

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  3. Falando em jogos de moto, além do Road Rash e do Hang On, tinha o Super Cross (Enduro Racer). Cito o jogo pq é um dos meus favoritos do Master! :)
    Mas GP Rider eu nunca joguei, darei uma chance algum dia com certeza. Ainda mais que o jogo parece bem interessante, de verdade. Mesmo com a limitação de tela.
    Uma pena não ter descoberto na época, o lance de poder disputar campeonato com amigo me faria jogar muito contra os parceiros de jogatinas da infância.
    Hj em dia não conseguimos mais fazer isso. Triste realidade.
    Engraçado é como as revistas da época exageravam. Tudo bem que tem gráficos bonitos, mas comparar com Mega Drive não né, Ação Games? kkkkk
    Ótimo post, Douglas!

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    1. Saudações! Tudo bem?
      Tem razão... existe o Enduro Race (Super Motocross). Este meu lapso deve ter ocorrido por conta do tipo de engine que tais jogos citados possuem, com a visão por de trás da moto. Portanto, acabei me lembrando apenas deles.
      As revistas eram nossa fonte principal de informação e, se tivesse alguma mancada, ou perceberíamos assim que jogássemos ou nunca saberíamos, por não ter como ir atrás da informação com a facilidade que temos hoje.
      Até pouco tempo, poderia jurar que o Game Gear tinha uma versão de Double Dragon igual a lançada para Master System, justamente, porque eu vi isto numa edição da Supergame. Só vim descobrir recentemente que, o DD que o portátil da Sega tem, foi lançado pela Virgin Games no ano de 1993 e é completamente diferente de qualquer versão deste jogo.
      Até mais e obrigado pelo elogio ao texto.

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  4. Dentre os jogos de moto e até de corrida em geral, este é um dos melhores do Master System, muito bem acabado.

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  5. Esse cartucho eu tive na época, faltou a foto das gostosas que aparecem na apresentação ou na tela posterior... kkkk

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  6. Mano, bom demais esse blog. Estilo clean, posts com ótimo formato, textos bem carismáticos, enfim, virei fã.
    Depois da uma passada no youtube e da uma sacada no trabalho do Felipe do canal Sega Retro Br. Abraço!

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