Ainda conheço muito pouco sobre jogos para Game Gear. Tirando uma ou outra indicação de blogs como o QG Master, o contato mais próximo, que já tive com um GG, foi através de emuladores. Acessando fóruns e me aprofundando, sempre me deparo com o handheld sendo tratado como o irmão menor do nosso querido Master System. Talvez, a palavra menor seja adequada para se referir as proporções físicas do aparelho, mas nunca sua importância.
E foi nessas andanças em fóruns e sites de emulação que me deparei com Wonder Boy III: The Dragon's Trap (1992). Ué, mas peraí? Não tem esse III (três) aí na capa do jogo! E não tem mesmo... Sendo bem sucinto: a Westone sempre fez a maior bagunça quando se trata da nomenclatura dos jogos da série Wonder Boy. Aparentemente a empresa não sabia lidar com a localização de seus games. Não me surpreende eles terem cometido essa gafe no material promocional.
O próprio jogo possui o nome de Monster World II no Japão, que faz mais sentido uma vez que esse game é uma continuação direta do anterior. E, pra deixar qualquer um encucado, na primeira tela o título é bem visível: Wonder Boy III!
Logo, ainda falando da Westone, não fique surpreso ao cruzar com um jogo chamado Saiyuuki World lançado para NES pela Jaleco (dá uma chegada lá no post do Cosmão) e descobrir se tratar de uma versão do jogo Wonder Boy in Monster Land - que aqui no Brasil ficou famoso como Mônica no Castelo do Dragão.
Logo, ainda falando da Westone, não fique surpreso ao cruzar com um jogo chamado Saiyuuki World lançado para NES pela Jaleco (dá uma chegada lá no post do Cosmão) e descobrir se tratar de uma versão do jogo Wonder Boy in Monster Land - que aqui no Brasil ficou famoso como Mônica no Castelo do Dragão.
Quase um Metroidvania
E foi com essa curiosidade, somada à vontade de jogar novamente um dos meu games preferidos do Master, que apertei o start em Dragon's Trap (nome que adotarei na resenha) pela primeira vez. E o que posso dizer disso? Apenas adianto que foi do meu agrado.
Master System |
Pra quem não é familiarizado, em Wonder Boy III, partimos com cada personagem da vila central para um dos cenários do game. Apesar de falsa liberdade de escolha, determinados locais só são acessíveis com alguma habilidade inerente a transformação/maldição que o protagonista sofreu, como exemplo: escalar paredes, nadar, etc. Logo, não existem fases no sentido que conhecemos com divisões, começo, meio e fim.
Cruzar meia dúzia de telas, com inimigos em bom número, para encontrar um baú, chave, ou loja e depois retornar as mesmas seis telas é o bê-a-bá em Dragon's Trap. E como os monstros (em sua maioria) dropam moedas de ouro ao serem abatidos, a compra de algum equipamento melhor exige muitos confrontos. Ou seja, mais idas e vindas em Monster World. É o mais perto de um Metroidvania com elementos lúdico-medievais que tanto Master e GG experimentaram.
Passadas as primeiras apresentações, é hora falar de algumas mudanças pequenas que o jogo passou para se apresentar no competente hardware do portátil.
Mudança 1 - Atributos
A versão para GG simplificou a vida do jogador. Um dos atributos (carisma) foi limado do status, que no jogo original servia para facilitar o drop de itens e ouro em maior quantidade dos inimigos.
Com exceção de alguns equipamentos de uso especial como a armadura que resiste a lava ou a espada que cria blocos, o bom e velho ataque e defesa serão a baliza na escolha do que utilizar. Lembrando que cada transformação pode ser mais forte ou fraca de acordo com o configuração escolhida.
Mudança 2 - Lojas
É bem comum em Dragon's Trap, uma loja se localizar em pontos distantes do mapa com trechos recheados de monstros. A péssima notícia que tenho de dar a todos os jogadores é: não evitar os confrontos, ainda que isso lhe custe uma boa dose de energia.
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Bom pessoal, a resenha ficou
Até a próxima parte de Wonder Boy III: The Dragon's Trap
Valeu!
#fim da parte 1
Adendo I
Link da página do site Sega Retro que menciona o título do game |
Adendo II
A série Wonder Boy está retornando em 2016. |
Excelente. Até hoje eu me confundo com os nomes das versões de WB. Na infância joguei muito os jogos da Mônica, e vim conhecer os jogos originais depois de adulto.
ResponderExcluirParabéns.
Valeu Alex. Até te passo um detalhe curioso: apenas em 2012 'descobri' que Wonder boy in Monster World tinha versões para Mega e Master. É tanta nomenclatura que é fácil se confundir mesmo.
ExcluirExcelente post, Marcel! O que gosto dessa versão são as mudanças graficas e o design de fases que visou respeitar a tela do portátil. É quase um outro jogo, e fãs do original deveriam curtir essa versão tb.
ResponderExcluirAbraços :)
Também curti demais. Como joguei apenas recentemente, foi um descoberta agradável. Parte dessa demora em jogar era bobagem minha em não querer conhecer o Game Gear. Após me redimir desse erro, entrei de cabeça nos jogos do portátil e estou descobrindo muita coisa bacana.
ExcluirUm abraço e obrigado pelo elogio!
Té mais!
Conheço só primeiro jogo da série pois joguei a muito tempo no meu Master System e também cheguei a ver na casa de um amigo de escola curto muito a trilha sonora do primeiro estagio que é bem maneira.
ResponderExcluirSério? Esse é disparado o melhor (e sem dúvidas o meu preferido). Não perca a chance de jogar.
ExcluirUm abraço!
Não sabia da existência desse jogo pra Game Gear, só no Master.
ResponderExcluirInteressante, vou experimentar algum dia!
Ótimo post!
Experimente! Se você gostou da versão Master vai curtir muito a do Game Gear.
ExcluirUm abraço e obrigado!