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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Master Review - Rastan (1988)



Fazia tempo que não engrenava num Review.

Vamos conferir um dos jogos que mais jogamos na Era de Ouro do Master. Vamos conferir Rastan.


Rastan Saga foi um popular Arcade da Taito em 1987. Inspirado em "Conan, o Bárbaro", a Introdução mostrava as memórias do Barbaro Rastan que atravessa o seu país derrotando monstros fantásticos e se sagra Rei no final.

Nos anos seguintes, uma série de ports foram feitos para este jogo. E o Master não ficou de fora. 


No manual, diz que Rastan, a pedido do Rei, vai atravessar as terras de Semia em busca de uma princesa raptada. E só parará para afiar sua lâmina.

GRÁFICOS E SONS


Tive contato com Rastan direto no Master System, então não senti falta das diferenças graficas e sonoras do Arcade. 

Apenas quando vi que houve redução de detalhes nos gráficos e no bárbaro e seus inimigos, especialmente o céu poderia ter mais detalhes e o que vemos  são vários tiles repetidos. Para o Master System, está bom, pois é um jogo de 2 Mega. Era 1988, e poucos cartuchos tinham o privilégio dos 4 Mega no período. 

O som também se repete nas 6 rounds do jogo, havendo apenas diferença nas sub-etapas: campo aberto, "dungeon" e boss stage. Os sons dos raios se resumem a um "prim-prium" constante. Esta é a parte mais fraca do jogo.

BÁRBARO TRIATLO


O que se perde no tamanho do bárbaro, se ganha em sua mobilidade. Rastan ataca, anda, se abaixa, e salta com direito à salto alto (com direcional para cima), pendurar em cordas fixas ou moveis, usar pulo duplo em paredes, e ainda um "golpe fatal": com o ataque e o direcional para baixo, você dá uma estocada também vista em Golden Axe. 

O único inconveniente deste quase triatlo é controlar o pulo duplo, mas isso só no início, é prática.  Até porque a diversão seria menor se fosse só com as lutas, as plataformas aumentam o desafio e tornam o jogo mais interessante


PROTEÇÃO INVISÍVEL 

Rastan tenta passar a experiência de jogar num Arcade. Você tem 2 créditos como nas fichas de fliper, em algumas versões, continues. 

Rastan tem uma barra de Life que vai aumentando conforme o desempenho. E diversos itens também o ajudarão, começando pelas armas disponíveis. O machado, a maça e a espada flamejante aumenta o alcance temporário dos seus ataques, embora de perto, a arma pode perder seu efeito. Também são disponíveis escudos e armaduras, mas graficamente não aparecem, apenas aumentam a defesa. Rastan também tem ajuda de poções, mas deve diferenciar as de cura e os venenos.

PERSEGUINDO QUIMERAS

O repertório de inimigos é interessante. O inimigo básico é o homem-lagarto, que me remetia ao desenho animado de Conan (e rendeu criticas de fãs mais fieis das HQ's). Eles tem 2 ou 4 braços e podem te atingir em pé ou agachado. 

Outro detalhe também são os seres inspirados na mitologia grega.  A quimera é o inimigo mais comum e te persegue saltando e escalando plataformas.  Mas também veremos harpias, lamias e outros inimigos. Você deve temer o fogo e lava dos cenários, mas também a água (a fama de bárbaros não tomarem banho deve ter ajudado nisso)


Como já dito, as fases se dividem em campo, dungeon e boss stage. O campo aberto costuma ser o corredor de inimigos, possui algumas bifurcações de subterrâneo para não ser previsível e tem o diferencial do anoitecer com o passar do tempo. O avançar  da noite aumenta o número de inimigos. 

A dungeon você deve achar a sala do boss. Começa simples, mas de repente, tem corda para subir, piso inclinado escorradio, lanças que sentem sua aproximação. 

Os bosses são os de sempre, guerreiros, bruxos, monstros e dragões. Só achei engraçado que o mais difícil e visualmente poderoso não é o último.



CONCLUSÕES FINAIS

Parece estranho que um port tão simples faça sucesso, mas é a estranha mistura de simplicidade de gráfico e conceito, aliada aos detalhes de um level design criativo e desafiador, que Rastan vale a jogatina. Esta versão é até mais querida que a versão Mega Drive. 
Então não espere, prepare a sua espada e venha desbravar este jogo. O seu final vale a pena.  Até a próxima aventura! 






2 comentários:

  1. Seja bem vindo de volta, Rodrigão!
    Tudo bem com você?
    Texto muito legal, de um game, que nunca joguei... acredita nisto?
    Rastan teve algum destaque naqueles tempos, tendo sido matéria das revistas mas, não apareceu para mim. Seja nas duas locadoras que aqui existiam, na coleção dos amigos ou nas poucas vezes fui à uma loja (para ganhar um jogo novo dos meus pais), simplesmente, não aconteceu de ter tido contato com ele.
    Mesmo em emulação, anos depois, nunca coloquei a rom para rodar (o curioso é que, sempre o baixava). Mas, neste período, a "gana" já não era a mesma, a oferta de games emulados era infindável e não me deu vontade de conhecer... acabou, passando batido.
    Creio que, como aconteceu no ano passado (garimpando/redescobrindo games), chegou a hora de conhecer de fato este clássico. Seu texto me animou... obrigado!
    Até mais!

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  2. Vi um gameplay sobre esse jogo e achei demais já esta na minha lista pra ser jogado.

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