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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Master Review - Sagaia (1992)


Saudações interestelares!

Hoje vamos ao infinito e além, com um dos clássicos da Taito para o Master. Vamos pegar atalho no hiperespaço com Sagaia, jogaço para quem não tem medo de explodir no espaço!






Raramente faço matérias sobre shooters (coisa que os colegas fazem melhor por aqui). Mas foi atraído pelo nome exótico que fui conhecer este game. Muitos jogadores  apenas conhecem este jogo como a continuação de Darius.  A História é bem conhecida para alguns old gamers dos Arcades da Europa: depois da luta do primeiro jogo no planeta Darius, os descendentes dos heróis, Proco Jr. (filho do lendário Gio Proco) e Tiat Young procuravam um novo lar depois do ataque quando recebem um sinal de rádio (linha 9031) de socorro em um planeta bem parecido com Darius, e ele partem para lá vencer o mesmo mal novamente.  Pouco eu imaginava que os heróis pegariam a nave Silverhawk e iriam para no nosso Sistema Solar, encontrar a Frota alienígena Belser.



GRÁFICOS E SONS
A primeira coisa que me impressionou é que a navezinha começou o jogo sobrevoando o Sol!! E as imagens em ótima definição apareciam embaçadas pelo ardor solar. 


Ao se aproximar o Boss, um alerta no painel de controle.

Os gráficos são (você já disse isso!) um dos melhores do Master, dado o grande empenho da Taito neste game com fundos suaves e raios brilhantes, o que dá um verdadeiro banho nos sci-fi da primeira leva do Master, não dá pra imaginar que é o mesmo videogame 8 bits. Os slowdowns quando a tela ficar cheia de inimigos até é uma vantagem para você pensar numa fuga estratégica. 



Dica: contra o Boss Hyper Sting, use a Bomba voadora
que voará na tela, e fique longe da explosão. Corra para o lado oposto da tela.

A cor do piloto muda a cor da nave, e o concluir de fase é lindo com a Silverhawk entrando no modo hiperespaço. Você verá impressionado o fundo oscilar quando atravessar um mar de fogo ou a sensação de relevo dos metais das naves e bases espaciais.



Dica: O Sub-Boss "lula lelé" perde os braços se você mirar bem.

Os sons então, chegam a ser bem superiores a clássicos como Galaxy Force. Os temas são lindos como a misteriosa trilha em Mercúrio ou a emocionante e romântica trilha de Vênus. Os sons dos tiros não enjoam em momento algum e são bem convincentes, e as explosões deixam os mega-estrondos de lado, o que agrada mais, destacam apenas os múltiplos estrondos para os Bosses e a Silverhawk. Aliás, você vai ouvir muitos estrondos da Silverhawk...


Dica: Escolha as rotas C em Mercúrio e E na Lua
se você for iniciante, Os outros
caminhos são ambientes fechados, bem perigosos.  

PESCANDO ALIENS
O que gostei muito em Sagaia é raro nos jogos do gênero: a opção de caminhos e o mais encantador é ser pelo Sistema Solar, mais legal que mundos imaginários. Iniciar no escaldante Sol pra mim foi surpresa total e sua chegada na Terra, decisiva no jogo que o levará para uma das 3  possíveis fases finais, cada um com um Boss diferente. 

E os misteriosos inimigos? Aí é o mais interessante. Você enfrentará peixes espaciais! Sim! Atum, truta, cavalinha e salmão aparecem junto com Lulas, cavalos-marinhos e outros monstros marinhos.  



Fiel ao primeiro jogo, que era baseado em uma batalha aquática, eles estarão aí pra te infernizar. Em um trecho da fase aparecerá o sub-boss que não é obrigatório enfrentá-lo, pois ele desiste de você em um determinado momento. O boss Cavalo marinho dá um bocado de trabalho, pois fica invencível quando se esconde numa concha. No fim da Fase, seu painel de combate alerta a chegada do Boss. Vários deles com diversos truques. O Boss de Mercúrio, um peixe-lanterna por exemplo, após ser vencido, você entra dentro dele para enfrentar outro Boss, que após umas bordoadas te engana e dispara uma saraiva de misseis. 

Dica: alguns inimigos como as 3 bolinhas ou o Cavalo Marinho são vencidos
melhor com as bombas, ficando em cima deles. Eles dão trabalho

A nave, além de bonita, tem 3 tipos de armas: o botão 1 dá o tiro frontal e o laser que atira outras direções. O tiro 2 libera as bombas. Porém, Tiat tem tiros melhores do que Proco, e já começa com o laser.  
Quando aparece um grupo de discos (em algumas fases serão muitos!) um escudo é liberado para lhe dar um power-up. Dependendo da cor ele lhe aperfeiçoa um item:
Vermelho: Muda a cor e a potência do tiro frontal.
Azul: Cria o escudo que muda de cor até o dourado. É o item mais importante.
Verde: O Laser "Marginal" que inicia vertical até várias direções simultâneas.
Amarelo: aumenta o poder das bombas.
Há ainda uma "Mina Voadora", tipo um helicóptero que ao atingir atinge ou desarma inimigos.



Sagaia possui uma tela de Opções, mas mesmo no Easy Mode, você se verá em maus lençóis quando a tela tiver uns 12 inimigos simultâneos alguns com uma bela couraça para serem destruídos com um golpe, outros com disparos teleguiados. Sim! Teleguiados! Achei que estava exagerando na dificuldade, mas... sim, é muito difícil, principalmente pra mim que não jogo muito shooters.
  

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se este jogo é tão difícil, por que jogá-lo? Sagaia é lindo e tem aquela dificuldade que mais estimula do que frusta. Enquanto contempla imagens e sons, se interessa pelos heróis, você vai sendo cativado em defender o Sistema Solar, enquanto  milhões de frutos do mar tentam te pegar! Talvez, não é um jogo pro meu calibre, por isso dedico esta matéria ao Adinan e ao Douglas, bem mais feras no tiro do que eu. Fica a dica da semana. Então não perde tempo, entre no hiperespaço e vamos embora! 


   

8 comentários:

  1. Muito bom Rodrigo! Esse jogo e a série Darius em geral é muito interessante por conta desses inimigos que são seres aquáticos robóticos no espaço, é um conceito muito doido que só os japoneses poderiam criar, mas que deixa esse game ainda mais interessante.
    E claro a trilha sonora e o gameplay tornam este um jogo obrigatório para os fãs de Master System, altamente recomendado!

    Abraços

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  2. Mandou bem no review, Rodrigo... parece familiarizado o bastante para escrever sobre qualquer tipo de game, inclusive, os shooters. Rss!!!
    Então...
    Em 2000, tinha um “contato“ na Rua Santa Efigênia, em Sampa... um amigo meu trampava ali perto e sempre ia lá em busca de games e afins. Um dia, ele perguntou se me interessava em cartuchos de Master System pois tinha achado um lugar que vendia e Sagaia era um deles. Respondi que sim e o encomendei, junto com Forgothen Worlds... e estava lacrado!!!
    O engraçado é que, nunca joguei direito por conta de meu problema com os shooters de 8 bits e sua pouca resolução... simplesmente, não consigo jogar por conta disto devido aos "pisca-pisca" de imagens. Neste caso, no Sagaia, os tiros são muito pequenos a difíceis de visualiza direito (estava mais acostumado com a versão Mega Drive, Sagaia/Darius 2).
    Em todo o caso, a conversão ficou bem fiel ao original, mesmo a Taito diminuido pela metade o número de finais/caminhos para se percorrer. Mas, a julgar pela diferença técnica entre Master e Mega, é até justificavel.
    Abraço!

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    1. Obrigado, Douglas!
      Realmente o port reduz muito a visualização dos sprites, acho que me acostumei mais.
      E parabens pela aquisição.
      Até mais!

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  3. Ótimo post.Agora de uma vez por todas vou jogar Sagaia.Todo mundo fala deste game e eu ainda não tive o prazer de por as mãos nele.Já está como prioridade na minha gamelist!

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    1. Maravilha que decidiu por este jogo em mãos.
      Recomendo!
      Abraços!

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  4. Esse jogo é show de bola nas outras plataformas e ainda no Master deve ter ficado muito bom viu vou dar uma boa conferida nele com certeza pois sou muito fã desse gênero..

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    1. De fato, fiquei bem feliz com o resultado deste port, Rock!
      Confere lá que é muito bom.
      Até mais!

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