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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Os jogos do RoboCop, o Policial do Futuro

 

Olá, amigos do QG!

Tudo bem?

Pegando carona, mais uma vez, em alguma novidade do mundo gamer, aqui estou novamente. No último dia 08/07/2022, foi anunciada a produção de um novo jogo do RoboCop pelas mãos da empresa Teyon, que deve chegar para quase todas as plataformas disponíveis no mercado em 2023.

O policial ciborgue de Detroit, apesar da grande popularidade que atingiu no fim dos anos 80 e início dos 90, caiu um pouco no ostracismo e, games com ele, acabaram ficando raros. Mas, os fãs, nunca o esquecerem por completo e sempre comemoram o seu retorno, não importa a mídia em que apareça.

Sendo uma dessas pessoas, listarei neste texto, jogos clássicos envolvendo a personagem. Os mencionados em questão, não são "Melhores de Todos os Tempos", mas sim, aqueles que mais gosto.

Assim, começo por...

RoboCop 3 (Nintento - Ocean Software - 1993) - O filme, em si, foi tão ruim que decretou o fim da franquia no cinema (desconsiderando, o remake de 2014). Nos games, as coisas foram pelo mesmo caminho e, RoboCop 3, não recebeu nenhuma adaptação gamística de muito destaque... porém, temos esta versão de NES. 

O game possui bons gráficos, sprites bem detalhadas e animação do "nosso boneco" suave e convincente. A trilha sonora é muito boa, principalmente, o tema de abertura. Os efeitos sonoros surpreendem e, em dados momentos, dá pra "sentir" o peso do RoboCop ao aterrizar de um salto ou quando toma um disparo inimigo pois, o som produzido, casa perfeitamente.

Além disto, algo que achei bem legal é que, entre as fases, podemos fazer reparos no RoboCop. O vemos sentado naquela sua cadeira no laboratório e, selecionamos as partes à serem arrumadas, de acordo, com a quantidade de ítens "P" coletados. Outros pontos que merecem destaque, são os "robôs-ninjas" e o uso do jetpack em um estágio mais adiantado no jogo (como no filme). Até chegar lá, seu amplo arsenal, o ajudará na difícil missão.

Em minha opinião, é o game o mais divertido, entre, os que se basearam na terceira parte da trilogia cinematográfica. 

RoboCop (Game Boy Advance - Titus - 2002) - Juntamente com o anúncio do novo game de 2023, surgiu no You Tube, a indicação de video deste para Game Boy Advance. Estranhamente, nunca tinha ouvido falar de um para o portátil da Nintendo... também, pudera, ele nunca foi lançado oficialmente. 

A rom deste protótipo, ao que parece, surgiu na internet no início deste ano. O jogo está praticamente pronto, tirando o fato, do dano de algumas armas extras estar "desregulado" (derrotando chefes de fase com um único hit, por exemplo). Ainda assim, é possível curti-lo porque, como as fases tem limite de tempo e o jogador tem uma única vida, há um desafio ali à ser superado. 

A produção que a Titus cancelou, tem forte inspiração, no arcade da Data East de 1988 e nas versões caseiras de RoboCop 3, principalmente, no quesito artístico. Os controles, são os já conhecidos do herói em outras encarnações, ou seja, andar e atirar em todas as direções. A parte sonora é boa, porém, um tanto genérica.

Uma pena que, a softhouse, tenha desistido de lançar o game. Quais os motivos disto? Fica o mistério no ar.

RoboCop Vs The Terminator (Mega Drive - Virgin Games - 1994) - Para muitos, a melhor aparição do "Oficial Alex Murphy" em um video game... elementos para isto, "tem de sobra". Esta obra prima da Virgin Games, teve versões para as principais plataformas da época mas, no Mega Drive, se sobressaiu. A história, é a adaptação do crossover entre estas famosas franquias do cinema publicada pela Dark Horse em 1992. 

Aqui, podemos nos deleitar com gráficos super detalhados, trilha sonora competente e muito "gore"... os inimigos abatidos explodem em sangue, quase um Fatality de Mortal Kombat. Os controles são rápidos e precisos, bem como deveria ser mesmo pois, o tiroteio é frenético e seus reflexos são testados a todo momento. Muito difícil, porém, justo. Um jogo obrigatório... para fãs ou não.

P.S.: Tem review da impressionante versão de Master System aqui no QG. De quebra, no mesmo texto, há citações do game não lançado de Nintendo 8 bits. 

RoboCop 2 (Arcade - Data East - 1990) - Lembro de pessoas próximas que estranharam o gameplay, por ser bem diferente do visto no primeiro game, também, uma produção da Data East. Como conhecia NARC (da Midway), já tinha feito a associação e curti esta similaridade. Talvez, tal alteração no estilo - de um "run and gun" para um "beat'n up" - tenha desagradado o público de maneira geral pois, não vejo, citarem muito ele.

Temos o que havia de melhor no período, com gráficos bastante detalhados que capturam a atmosfera do filme com fidelidade. Os sprites são grandes, bem definidos e animados, o RoboCop se movimenta com extrema fluidez na tela... um trabalho competente, sem sombra de dúvida. A parte sonora, mantém o alto nível e empolga a jogatina numa boa.

Estranhamente, não é absurdamente difícil para os padrões dos arcades, que eram "Buracos Negros dos Trocos de Pão". Aqui, você será exigido na medida certa, tornando o esforço mais recompensador. 

Se não conhece RoboCop 2, experimente! Recomendo!

RoboCop (Game Boy - Data East - 1990) - Gosto mais desta versão do Game Boy, comparada a do NES. Aliás, acho esta última muito "esquisita" e truncada... até os cachorros, dão um cacete no RoboCop. Sei que há muitos que curtem mas... sei lá... este port da Data East não me agradou muito. No portátil, fizeram o "arroz com feijão" e, por conta disto, as chances de errar foram menores.

As limitações do aparelho, não impediu os desenvolvedores, de elaborarem "bonecos" grandes e com bom detalhamento. A jogabilidade é a básica "andar e atirar" mas, com um desafio afiado. O ritmo de jogo não chega à ser frenético (longe disto), porém, os inimigos estão posicionados em pontos estratégicos para te dar bastante dor de cabeça. Somado ao fato de possuir tempo para a conclusão das fases, demorar demais no avanço, será seu fim.

Os direitos da personagem para os video games pertenciam a Ocean Software que, "sub-locava" para a Data East. Então, houve também versões para os PCs, feitas por esta empresa e baseadas nesta de GB (ou, foi o contrário?). De minha parte, considero esta do "Pequeno Notável da Nintendo" como a melhor versão caseira do primeiro RoboCop, mesmo, com todas as restrições técnicas. 

RoboCop 3 (Master System - Flying Edge - 1993) - Este, fiz um review há alguns anos aqui no QG Master e, tentarei, não me repetir demais. Este port para o 8 bits da Sega, me agrada mais que as versões de Mega Drive e Super Nintendo. Evidente que houve perdas nesta transição mas, para um Master System, ficou mais condizente que as de 16 bits que, àquela altura, poderiam ter entregado um game bem melhor. Ainda assim, praticamente, todo o conteúdo foi preservado.

É um jogo com a mecânica comum dos jogos do RoboCop, entretanto, houve com a inclusão das fases de vôo com o jetpack. Colocarem esta parte "de navinha", foi uma novidade interessante naqueles tempos. Agora, o que não entendo, de onde saiu a ideia de ter ratos como inimigos? Sim, aqueles de esgoto mesmo! Não faço a mínima do porquê mas, repetiram a dose, no FPS lançado para o Playstation 2 em 2002. Vai entender...

RoboCop (Arcade - Data East - 1988) - Mais acostumado ao Atari 2600, ainda que já frequentasse os fliperamas, me deparar com o RoboCop foi uma experiência sem igual. O "Policial do Futuro" andava, dava porrada, sacava a arma da sua perna... E FALAVA! As frases famosas do cinema, eram ditas no game de forma clara e cristalina... aquilo tudo, era incrível e a fila para jogá-lo era enorme. Somado à uma trilha sonora "top de linha", não tinha como não se impressionar com a novidade. 

A ambientação, se assemelha pouco ao filme. Ainda assim, algumas das locações vistas (cidade, ferro-velho, galpões e prédio da OCP) estão presentes, com um trabalho artístico impecável. Os controles são precisos e, a dificuldade, não é exagerada. Lembro que, muitos jogadores iam longe com uma única ficha e, alguns outros, o concluíam sem maiores problemas. Eu mesmo, que era bem novo, jogava relativamente bem. Parece que, a Data East, não era tão "sádica" quanto as outras empresas.

Clássico máximo que, mesmo em 2002, consegue ser bonito nas telas de uma TV moderna. Não sei se, o vindouro RoboCop da Teyon fará juz ao legado mas, este de 1988,  permanece no topo de minha lista de melhores. 

Então, é isso.

Até mais, pessoal! 


Um comentário:

  1. Destes jogos citados do RoboCop me de ter jogado a versão do Super Nintendo do RoboCop 3 e ter odiado pois aluguei para passar o fim de semana. Depois de um tempo joguei RoboCop o vs Terminador de Super Nintendo e acabei curtindo pra caramba cheguei até que longe e também joguei a versão de Mame que acabei zerando. Pois essa versão cheguei a ver no Arcade quando era criança e ter curtido pra caramba num barzinho onde eu jogava bastante.

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