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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Locadoras de games - Nostalgia pura

Fala pessoal, beleza? Adinan novamente, dessa vez para falar um pouco sobre as queridas e amadas locadoras que fizeram a infância e a adolescência de muito retrogamer brasileiro.

É óbvio que me inspirei nos excelentes posts do Gagá Games (caso não tenha lido ainda, confira o post nostálgico do Gagá e o post filosófico do Senil), e também li muitas histórias neste tópico genial postado no Fórum do Outerspace (aqui), muitas das quais me identifiquei. Assim, decidi escrever um pouco sobre a minha história com as locadoras, as salvadoras da pátria quando o assunto era conhecer toda a biblioteca de um console da maneira mais econômica possível.

Após o natal de 1991

Bom, alguns devem ter lido as minhas memórias de quando ganhei o meu querido Master System, mas caso não tenham lido, clique aqui.

De qualquer forma, ganhei no natal meu Master com Alex Kidd in Miracle World na memória, e o cartucho do Jogos de Verão. Esses dois clássicos me renderam meses de diversão, mas chegou um ponto onde eu comecei a ficar enjoado de tanto jogar estes games, e assim quis jogos novos.

Meus pais infelizmente não queriam me comprar novos cartuchos, pois acreditavam que, a exemplo de Alex e Jogos de Verão, eu ficaria enjoado também e não ia parar de pedir jogos novos, sem contar que os cartuchos de Master deveriam ser caros na época.

Assim, surgiu a salvação mais ou menos perto de casa: havia uma locadora de filmes na Avenida Parada Pinto, onde minha irmãzinha e eu freqüentávamos todo sábado de manhã, acompanhados dos nossos pais, para alugar desenhos. O nome dessa locadora era Celfat Video, e estava fazendo sucesso naquela região da Zona Norte de São Paulo.

Um belo sábado vimos a garagem da locadora aberta, e logo na entrada uma placa com um Sonic bem desenhado, com o escrito "Celfat Games". Dentro da garagem, a nova modalidade da locadora: jogos e mais jogos espalhados pelas prateleiras.

"Olha mãe, agora eles alugam videogames!!!", e mal esperei minha mãe descer e já corri pra dentro da nova locadora para ficar admirando o ambiente. Havia um fliperama no centro com um Mega Drive instalado onde costumavam colocar Quack Shot, um balcão com cartuchos na vitrine (atari e famicom) e as prateleiras na parede com rios e rios de jogos. Claro que tinha uma enorme prateleira com jogos de Master System. Assim tratei de alugar um jogo para gastar meu final de semana na frente da TV. Se minha memória não me falha, o primeiro jogo que peguei foi o Castle of Illusion.

E lá vou eu feliz da vida pra casa, mas o que eram alguns metros pareciam kilômetros de distância, e mesmo estando de carro com meu pai que sempre correu como louco, parecia que ele dirigia a 10 km/h. Mas foi aí que, pela primeira vez, fiz o ritual de namorar a caixinha, abrir e ficar olhando o cartucho como se fosse um troféu, ler e decorar a sinopse, etc...

Então cheguei em casa, coloquei a fita com tudo, sintonizei a tv no canal 3, liguei o console, e o logo da SEGA apareceu! Ae fiquei tenso esperando a title screen do Castle of Illusion aparecer. E eis o que apareceu...

Bom, o que acontece é que no Master System 2 era um parto rodar alguns cartuchos. A maioria entrava no jogo de boa, mas dependendo das condições do cartucho o console iniciava o jogo armazenado na memória ao invés do game contido no cartucho.

Mas obviamente não desisti. Assoprei a fita, coloquei de novo e a tela ficou preta sem esboçar nenhuma reação...assoprei de novo, e apareceu a mensagem "software error", o que me deu um belo susto...assoprei de novo e continuei tentando encaixar o jogo de diversas maneiras, seja apertando a parte traseira com a parte frontal do cartucho, ou colocando suavemente, até que finalmente o Master conseguiu iniciar o cartucho.

Ao ver a linda cutscene de abertura e Mickey encarando o castelo das ilusões, eu sabia que meu final de semana seria em frente da TV, afinal quando se alugava o jogo no sábado, só era possível devolver na segunda-feira, o que rendia um domingo recheado de games e livre de porcarias tradicionais de todo santo domingo (Ô loco, meu).

Joguei, rejoguei, viciei, e na segunda bem no finzinho da tarde devolvi o jogo, na certeza de que no próximo sábado eu estaria de volta preparado para um novo jogo.

Jogatina todo final de semana

E assim foi a minha rotina toda semana. Aguardava ansiosamente o sábado para alugar novos games. Conheci uma locadora menor que ficava alguns passos de casa, uma outra que meu pai tinha convênio pelo trampo dele, e até mesmo uma locadora numa cidadezinha do interior, o que foi um achado e tanto (Iguape - litoral sul).

Joguei muitos clássicos como Asterix, Alex Kidd in Shinobi World, Shinobi, Wonder Boy, Sonic, Mônica no Castelo do Dragão, Double Dragon, Action Fighter, Lucky Dime Caper, Psycho Fox, Psychic World, Strider, Ys, Phantasy Star, Dynamite Dux, Super Futebol, e muitos outros games.

Mesmo depois de ganhar o Super Nintendo, o aluguel religioso e devocional de jogos para Master System não acabou, embora tenha reduzido bem...mas enquanto eu alugava Joe & Mac, Mega Man X, Magical Quest, Super Mario Kart e outros clássicos 16-bits, eu levava pra casa também Turma da Mônica em o resgate, Deep Duck Trouble, Land of Illusion, além de re-alugar alguns dos meus jogos prediletos como Psycho Fox e Sonic 1.

E assim foram a maioria dos meus finais de semana. Foram bons tempos...

Bons tempos que não voltam mais

Com o SNES, a pirataria era forte mas não o suficiente. Era possível comprar games piratas mais em conta, mas ainda assim o valor era alto. Foi com a geração Playstation que a pirataria ganhou força, expulsando algumas empresas como a Nintendo, e matando as nossas queridas locadoras. Afinal porque gastar R$ 5,00 para alugar um jogo quando se pode comprar o alternativo completo pelo mesmo preço ou até mais barato, e com a vantagem de não colocar um CD usado e todo riscado no seu aparelho...

Com o tempo as locadoras passaram a se livrar dos seus jogos, seja doando ou vendendo os mesmos a preço de banana, e assim desapareceram. A que tinha do lado de casa fechou assim que o PSX apareceu, e a Celfat faliu há 2 anos atrás, abandonando os games lá para meados de 98 se não me engano, e apanhando feio dos camelôs que vendiam 3 DVDs de filmes por "déi reau".

Talvez os mais novos, que não viveram a era das locadoras, perguntem: mas não compensa mais ter o jogo ao invés de ficar alugando, mesmo sendo pirata?

De fato é muito melhor ter o jogo do que ficar alugando, ainda mais quando o jogo requer dias para ser detonado. Mas a questão é o valor que o jogador dá para o game. Me lembro que com as locadoras, eu tinha tempo curto para zerar (no máximo um final de semana e a tarde da segunda-feira) e eu estava limitado a apenas um jogo por vez. Então eu jogava aquele game com muito mais compromisso, como se fosse o único jogo da terra.

O mesmo não acontece com os jogos piratas...eu mesmo tenho um Playstation 2 com mais de 50 DVDs, incluindo RPGs como Final Fantasy X, Kingdom Hearts e Xenosaga. Advinha quantos jogos eu zerei?

É verdade que nos dias atuais meu tempo é bem mais curto, o que me impede de me dedicar mais para jogar RPGs ou jogos maiores. Mas é engraçado que, no meu Nintendo Wii não-destravado, zerei todos os jogos que tenho, desde jogos simples como Wario Ware até Super Mario Galaxy, e esse último zerei 100%, inclusive repetindo a jogatina com o Luigi para adquirir as 241 estrelas.

Assim, a pirataria pode ser uma boa oportunidade para conhecer novos jogos, mas ela nunca irá substituir a magia das locadoras, a corrida contra o tempo para zerar o jogo em um final de semana, a angustiante reserva de lançamentos e a vantagem de jogar em mídia original sem correr o risco de zoar com o videogame.

De qualquer forma, vimos com o Blu-ray que é possível vencer a pirataria, então quem sabe num futuro próximo a pirataria enfraquece e as locadoras voltam? Esse é o meu maior desejo para as próximas gerações de consoles: que as empresas possam derrotar a pirataria e trazer toda aquela magia das locadoras de volta!



É isso pessoal, espero que gostem desse post. Assim como todos os integrantes do QG Master, estou numa correria insana graças aos preparativos do final de ano e aos trabalhos da pós, mas vou me esforçar para continuar os reviews e escrever alguma coisa para não deixar o natal passar em branco.

Abraços a todos, e até o próximo post. =)

17 comentários:

  1. Nossa cara que post incrível, depois de ler me veio muitas lembranças de quando alugava jogos na locadora, é uma pena isso ter acabado, mas acho que muita coisa ajudou além da pirataria, muitas pessoas não cuidavam dos produtos que alugavam, devolvendo os produtos com algum tipo de dano como riscos na mídia ou até mesmo o label do cartucho arrancado, dando alguns prejuízos para os donos. Outra coisa que era muito comum era casos de pessoas que roubavam jogos nas locadoras (até hoje eu me lembro do cara que entrou no locadora e roubou um cartucho do Donkey Kong 64), o que dava mais prejuízos ainda, afinal de contas os jogos (principalmente os cartuchos) não eram tão baratos assim.

    Abraços!!

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  2. @Matheus
    Opa, valeu! Isso é verdade, haviam vários fatores que ajudaram a afundar as locadoras. Inclusive muitas morreram antes mesmo do PS1 ser lançado. Mesmo nas locadoras que restaram é dificílimo pegar um DVD que não esteja riscado. Bem que o pessoal podia ser mais cuidadoso com o produto que aluga.

    Mas no geral acho que a pirataria foi o principal fator para detonar as locadoras de vez. Até pela vantagem de levar pra casa um jogo ou filme sem nenhum risco na mídia.

    Abraços =)

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  3. O principal culpado eh o governo com seus impostos abusivos pela pirataria. Acho um absurdo pagar mais de 130 reais por algo que deveria estar na faixa dos 50 reais.
    Eu tenho um Wii com HD de 250 giga e soh consigo jogar no maximo uns 3 jogos por vez. Se não acabo soh testando os jogos e não jogando nada.

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  4. @Anônimo
    Verdade, fica difícil pagar R$ 200 por um jogo de Wii, ae o jeito é compras internacionais ou pirataria. No PS2 consegui zerar alguns jogos do Megaman X collection, mas nos RPGs eu tô penando. Vou me concentrar agora no Final Fantasy 4 do DS pra ver se zero esse jogo de uma vez por todas.

    E vamos ver se o Jogo Justo vai conseguir algumas vitórias em 2011, quero muito poder comprar os jogos aqui mesmo no Brasil à preço justo.

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  5. Eu acho que o jogo Justo vai dar certo, é melhor que aquela droga de "Campanha Imposto Justo Pra Videogames", que é tudo uma bela farça.

    Quanto ao post, bem, não peguei a época da locadoras, mas eu prefiro muito mais ter os jogos do que ter que locar. Na verdade, ODIARIA ter que ficar locando. Eu tenho um monte de jogos no meu Play 2 e jogo todos com frequência, já zerei três, e já tem um quarto quase zerado também. Apesar de ter vários jogos, eu sempre jogo só um ou dois por vez, assim é mais fácil de zerar. Enquanto isso, os outros ficam guardados. Aí se me dá uma vontade repentina, eu jogo. QUando vejo já abandonei um, e quando vejo já voltei naquele que tinha abandonado.
    É só saber se organizar que você vê que ter em casa é BEM melhor do que locadoras (opinião particular minha). Aí, se por acaso seus pais não lhe deixam jogar, e você se limita a uma hora por dia ou menos, você tem todo o tempo do mundo pra zerar o game (Meu Mortal Kombat Armageddon eu zerei em duas semanas, isso jogando todo o dia SÓ ELE uma hora por dia, porque aqui eu tenho um monte de coisa pra fazer e nem sempre dá tempo, sabe como é né).

    Quanto ao "pirata zuar seu videogame", das minhas 18 (ou 19, sei lá) fitas de SNES, só duas são originais e o resto é tudo pirata, e meu videogame funfa há mais de dez anos. Acho que fitas piratas não estragam o videogame não, é só a cultura do povo brasileiro de que pirata estraga. Meu pai tem mais de mil filmes piratas e o nosso DVD nunca deu problema.

    Em suma, essa é a minha opinião, e parabéns pelo post, ficou ótimo! Um abraço!

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  6. @Willi JRCW
    A campanha jogo justo tem tudo pra dar certo! Tô torcendo para que em 2011 a campanha consiga bons resultados. Já a Imposto Justo para Videogames, eu também não levo muita fé nela não, me parece apenas mais um abaixo assinado que será ignorado pelo governo.

    Opa e valeu por curtir o post! Eu imaginei mesmo que o pessoal que não pegou o tempo das locadoras não sentiriam a menor falta. Acho que no meu caso pelo menos conta muito a questão da nostalgia, afinal era um parto muitas vezes para conseguir chegar em uma locadora e alugar os jogos que queria, mas no final das contas a gente curtia muito aquilo.

    E bom, de fato se você consegue se organizar com os vários games disponíveis em casa, aí vale a pena o lance da pirataria, mas o problema é que eu pelo menos não consigo me organizar. Lá estou eu jogando meu Final Fantasy X, de repente vejo o Kingdom Hearts disponível, bate a vontade de baixar e pronto, esqueço totalmente do Final Fantasy, e o ciclo se repete em poucos dias para o Kingdom Hearts. Queria poder me organizar melhor, mas no meu caso é difícil me controlar e não sair baixando rios de jogos. É aquela vontade louca de ter todos os jogos que eu quero, mas no final não aproveito nenhum deles.

    E quanto ao lance dos jogos piratas detonar o videogame, eu esqueci de especificar: seria o caso do PS1 e PS2, pois é fato que o canhão desses consoles vai reduzindo ainda mais sua vida útil com os jogos alternativos. Mas no SNES eu tive um monte de games piratas também, inclusive o meu predileto é uma coletânea de 11 jogos em 1 que adquiri recentemente no mercado livre, e o SNES tá rodando até hoje. Pelo menos nos cartuchos não vi nenhum problema quanto a pirataria.

    Mas enfim, valeu mesmo pela sua opinião, sempre quis saber como um jogador que não acompanhou o período das locadoras pensa a respeito. Abraços. =)

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  7. Adinan, você falou tudo: "...estava limitado a apenas um jogo por vez. Então eu jogava aquele game com muito mais compromisso, como se fosse o único jogo da terra."
    Cara, era isso que deixava os jogos mais legais, eles eram únicos, raros de achar na locadora.
    Hoje, você senta a bunda em frente a tv escolhe o jogo dentre os milhares que vc tem e joga.
    Antes tinha aquela sensação de "será que consigo pegar tal jogo?", isso não tem preço, tempo bom....
    Post animal meu amigo, parabéns!!!
    Abração!

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  8. @Leo S.
    Opa, valeu Leo! Pois é, hoje com a internet consigo baixar todos os jogos de um console e fico testando todos eles, sem me dedicar a nenhum em particular. Antigamente tinhamos no máximo 2 jogos disponíveis e com prazo para devolvê-los, e com isso nos dedicávamos ao máximo neles.
    E a sensação de conseguir levar um lançamento pra casa então, nem se fala! Era muito loco! =D
    Abraços

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  9. Olá de novo. Bem, você disse Adinan, que pra você conta muito o fator nostalgia. Como você disse, você tem ótimas recordações de seu tempo de locação de games, e lembrar aquela época de tentar achar o jogo é algo muito bom, assim como eu, que me lembro de quando jogava Super Bomberman com meu amigo que não mora mais aqui. Eram ótimos tempos, se eu revivesse, com certeza lacrimejaria. Talvez por isso você goste das locadoras: você tem ótimas recordações quanto à elas.

    E sim, eu também costumava baixar rios e rios de jogos. Na verdade eram só "sangas", nunca bem um "rio", pois baixei vários games seguidos, dia após dia, mas parei logo. Mas foram muitos e um consecutivo do outro! Mas parei de baixar porque é um saco baixar parte por parte, é melhor quando são só duas ou três partes, aí você liga o PC de manhã, e deixa baixando. Agora quando são muitas partes, as quais você não pode nem sair com os amigos porque tem que ficar ali, em cima, cuidando, para logo pôr pra baixar a próxima parte, para não perder tempo, aí é um saco mesmo. Sem falar que é difícil achar alguns games (como Sonic Unleashed) em NTSC, a maioria é tudo PAL. Dizem que torrent é bom, mas o torrent é uma mina de vírus, por isso não uso nunca e jamais usarei. Ainda que tenho dois lugares pra comprar jogos (uma lan house onde o cara copia os jogos dele pra mim e uma loja de artigos de informática que tem jogos de Play 2).

    E quanto ao que o Léo S. falou:
    "Hoje, você senta a bunda em frente a tv escolhe o jogo dentre os milhares que vc tem e joga."
    Eu acho isso super legal, você tem várias opções de jogo e é difícil enjoar. Mas em parte, o Léo tem razão: quando eu comprei meu Play, eu só tinha dois ou três jogos, e em uma semana fechei o Spider-Man Web of Shadows, um deles. Já agora que tenho um monte, reparei que eu troco mais de jogo, jogo MENOS TEMPO e fechar que é bom nada! Então, acho que, isso mistura um pouco o fator das locadoras, de que você só tinha um jogo pra jogar, e o fator organização, em que você tem vários jogos pra jogar MAS só joga um. Se bem que com vários é difícil resistir à tentação de pegar um outro. Enfim, acho que vai de cada um pra cada um. Eu também tenho OCEANOS de ROMs no PC dos mais diversos consoles e quantas eu fechei? No máximo umas seis por videogame e olha lá.

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  10. @Willi JRCW
    Oi novamente, Willi! É isso mesmo, como tenho boas recordações, considero as locadoras como algo muito especial e que eu gostaria que voltassem. E aí entra o lance que o Leo falou, por causa da quantidade restrita e do tempo curto, curtíamos muito mais os jogos alugados do que os diversos jogos piratas que adquiríamos pela internet ou em camelô. Mas também concordo com você que ter várias opções de jogo é muito legal e fica difícil enjoar. Aí o jeito é tentar se organizar para zerar pelo menos uma boa quantidade deles.

    E pode crer, ficar baixando inúmeras partes de jogos enche o saco mesmo, os de PS2 a maioria tem de 15 links pra cima, o que incomoda bastante. Felizmente um colega meu me apresentou o JDownloader, um programa onde você cola os links e ele faz sozinho o trabalho de baixar todas as partes. É bem útil o danadinho, vale a pena conferir. =)

    Abraços

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  11. Eu conhecida o J, mas não sabia que tinha essa funcionalidade, pensei que era só um acelerador, como o DAP. Valeu a dica, m abraço!

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  12. Locadoras eram os lugares sagrados dos gamers. Não sei como podem ser formados verdadeiros jogadores sem essa experiência. Quando abria uma locadora nova era um acontecimento histórico. A gente ia até outra cidade alugar um cartucho diferente.

    Enfim, Arrasô na nostalgia!

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  13. Opa adinan XD Como esse post era meio longo, demorei um pouco pra ler, falta de tempo é dose XD

    Rapaz, locadoras de bairro, entenda PARAISO GAMER!! Não era só o local que nor supria de jogos: era ponto de encontro pra bate papo gamer, para aquela jogadinha rápida, muitas vezes a gente ficava horas e horas lá apenas por estar no recinto jogando conversa fora!
    Certamente que nada substitui aquela época, a apreensão que eu ficava enquanto esperava o maudito mané vir entregar a fita que eu queria XD, a alegria que dava quando eu chegava no local e a caixinha estava lá disponível na prateleira e eu corria para pegá-la antes dos outros, o limite de tempo pra se terminar o jogo imposto pela devolução do cartucho, coisas que não voltam mais, e que belas lembranças me trasem XD

    Porém, continuo jogando e terminando jogos do mesmo jeito que antes, sejam pirata ou originais, baixados ou comprados ou trocados, nada mudou. Considero que esse papo de TENHO 700 JOGOS E NÃO JOGO NENHUM ou QUANDO EU COMPRO ORIGINAL EU ME SINTO MAIS OBRIGADO A JOGAR são duas grandes balelas sem sentido, mas que o pessoal adota para muitas vezes, justificar a falta de auto-controle. Hoje é fato que temos mais jogos e mais tempo à nossa disposição, não precisamos mais entregar os jogos em tempo pré-estabelecido, mas é verdade também que os games hoje estão muito maiores do que eram antes, e requerem muito mais tempo e dedicação do jogador. Cabe à pessoa saber o que jogar,e obviamente que ela vai preferir jogar até o fim e explorando todas as possibilidades de jogatina e diversão somente aquilo que ela realmente gostar, e isso acontece por que a pessoa precisará se dedicar àquele jogo por muito tempo, muito mais do 1 ou 2 finais de semana. Se ela está trocando de jogo à toda hora, ou é por que ela ainda não achou o jogo certo para jogar em meio à infinidade de jogos ruins que existem, ou é por que ela não tem auto-controle. E se a grana que tal pessoa gastou em um jogo é o motivo que a faz chegar ao
    final dele, então é por que esse jogo não presta (pelo menos para a pessoa em questão), pois se prestasse, o motivo do feito seria a diversão prazeroza que ele lhe proporcionou até seu término.

    Esse é o meu singelo ponto de vista, e eu acredito nele por experiência própria de quem ja bancou consoles tanto na base de originais comprados ou alugados, quanto de roms e isos baixadas.

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  14. @GLStoque
    Concordo, locadoras eram verdadeiros templos sagrados para nós gamers. Quando surgia uma locadora perto de casa, ela virava o assunto da vizinhança. As locadoras deram a nós retrogamers uma experiência fantástica, e é uma pena que os jogadores atuais não possuem a oportunidade para curtir isso.
    Abraços =)

    @Sabat
    Boa, gostei do termo PARAÍSO GAMER! Dependendo da locadora tinha tanta coisa para se fazer que dava para ficar horas no estabelecimento. Era tudo de bom. =)

    Agora, quanto à pirataria vs originais, concordo que o fato de não conseguir zerar os infinitos jogos é pela falta de controle próprio. O meu caso é justamente esse. Baixo o jogo, curto pacas, ae no mesmo site encontro outro jogo que eu queria, baixo e me dedico a esse novo jogo por um tempo e deixo o anterior de lado, ae entro no mesmo site, e o ciclo se repete. Mas a grana gasta no jogo, na minha opinião, não me obriga a zerar um jogo que não presta. Tive muito jogo original ruim que acabei vendendo antes de zerar para conseguir outro game. E pela experiência que adquiri, o jogo fica mais valorizado e divertido pelo fato de não ter sido adquirido de graça. No geral costumo dar valor maior para tudo que foi adquirido pelo meu suado dinheirinho. Acredito que, para quem não tem auto-controle com trocentos jogos, pagar pelos games ajuda muito a adquirir um controle maior da jogatina.
    Abraços =)

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  15. Ah, perdoe o atraso, estou finalmente limpando minha lista de leituras pendentes, he he...

    Ótima história, Adinan. Às vezes esse papo nostálgico sobre locadoras pode parecer "papo furado", mas quando a turma conta essas histórias em seus blogs está registrando um momento histórico que seria perdido facilmente, visto que dificilmente vai pintar algum livro sobre games no Brasil contando sobre a febre das locadoras. É uma parte da história gamer do país, não é mesmo?

    E esse pânico de ficar "sambando" com o cartucho no slot para o jogo funcionar é uma delícia.

    ...

    Tá, eu lembro que era uma m..., mas nostalgia é fogo :P

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  16. @Orakio "O Gagá" Rob
    Valeu, Gagá! Sabe, eu também acho difícil que apareça algum livro falando somente sobre as locadoras de games, mas que daria um ótimo capítulo para documentar a história gamer do Brasil, com certeza daria! Tá no coração dos retrogamers, dificilmente aparece alguém que não goste de lembrar dos bons e velhos finais de semana escolhendo jogos.

    Esses dias tava lembrando da "delícia" de sambar com o cartucho no slot do Mega Drive rsrsrs, como era tenso na época, às vezes dava vontade de jogar o cartucho na parede. Tem coisas que só o cartucho faz por você! XD

    Abraços

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