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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Master Review - Power Strike II (1993)









Saudações à todos!
Depois de um longo período “combatendo demônios em um plano paralelo”, estou de volta à escrever um Master Review. Desta vez, de um jogaço: Power Strike II (PSII).

A bela tela título de Power Strike II. 
Minha experiência com Shooters – Eu sempre fui um apaixonado por este estilo de jogo, imortalizado por grandes títulos como River Raid, Xevious, R-Type, Fire Shark, Raiden Trad, Truxton, entre tantos outros.
Meu maior contato com o Master System (SMS) foi entre dezembro de 1990 e meados de 1992, quando migrei para o Mega Drive. Por esta razão, muito pouco joguei os games de nave do 8 Bits da Sega, ficando limitado à Astro Warrior ou Zaxxon 3D, por exemplo. Desconhecia a existência de Power Strike II até pouquíssimo tempo atrás.
Outro ponto que preciso deixar explicado é que, como tenho pouco costume com Shooters de 8 bits, um fato me prejudicava demais: a pouca resolução de imagem. Os “flicks” constantes e a pouca fluídez de movimentos (comparado à de consoles/máquinas mais potentes) não me faziam enxergar os disparos inimigos claramente e, por esta razão, me senti desestimulado.
Passaram-se anos e, eis que PSII surge em minha vida. Acabei me vendo surpreendido por se mostrar um game sólido, bem programado e que não faz feio, de forma alguma, à qualquer outro de sua época.

Assista à introdução bacana de Power Strike II em http://www.youtube.com/watch?v=PIqxDWJoWqc
O jogo – Quem já tem contato com “jogos de navinha” de longa data, vai notar semelhança com um dos maiores clássicos do segmento, a série Alest. Não por acaso, foi produzido pela mesma Compile que, como de praxe, adota o estilo Steampunk em suas obras. Para os que não sabem, é a mistura de ficção científica em cenários que não teriam como ter tanta tecnologia. Em um deles, o Robô Aleste (de Sega CD), em pleno Japão Feudal, naves voadoras, robôs gigantes e raios lasers são comuns e o tiroteio “come solto”.
PSII já se mostra um jogo diferenciado logo após a exibição do famoso símbolo da Sega, durante a leitura da Bios do SMS. Além da bela tela de abertura, somos apresentados à história que embalará nossa batalha. Sim, este jogo possui introdução animada, um trabalho caprichado da Compile, coisa rara de se ver até mesmo nos títulos mais parrudos da década de 90 nos consoles caseiros. 
O plot por trás destas 8 fases de PSII nos conta que, por volta da década de 30, após à uma grande depressão econômica, a oferta por emprego diminuiu e as pessoas passaram à viver com dificuldade. Alguns pilotos, mediante à este cenário, acabaram virando “Piratas dos Ares” tornando o espaço aéreo da Itália um caos. Você, no passado, foi vítima destes bandidos e, no comando de seu poderoso Falcon Flyer, ganha a vida derrubando-os, como um caçador de recompensa.

Game Play - Power Strike II possui visão aérea, ou seja, se enxerga por cima da ação. Ao iniciar a partida, será apresentado à tela de opções onde é possível, além de ouvir o Sound Test ou fazer as configurações desejadas, escolher com qual tipo de arma equipará sua aeronave no início da partida.
Com o jogo iniciado, o Botão Direcional fica à cago dos movimentos de seu caça enquanto o 1 é responsável pelos disparos. Apertando-o seguidamente, você tem o efeito metralhadora, porém, mantendo segurado, os disparos entrarão em “Rapid Fire”. Pressionado também, o “Blast” é carregado, fazendo com que se concentre energia de forma similar ao clássico R-Type. Uma vez carregado, solte o botão para que a carga de energia seja liberada em múltiplos feixes frontais. Já o Botão 2 é responsável pela seleção de velocidade ou para pausar a ação (desde que se habilite o “TRG. Pause” no menu “Option”).

Os gráficos são muito bonitos e com ótima definição de imagem. Em jogos deste estilo em consoles de 8 bits, há uma quantidade grande de "flicks", algo que não acontece tanto em PSII. Sua visão não é atrapalhada e pode enxergar os tiros inimigos pois, tudo aqui, é nítido e cristalino.
Algo que pode ser útil, é explicar os indicativos de tela. Como é muito simplificado, pode causar alguma confusão de início. No canto superior esquerdo, não há mistério, pois é sua pontuação de jogo. Já no canto inferior direito, há três números posicionados, um em cima do outro. O do topo, indica qual a arma atual de sua nave sendo, o número logo abaixo, seu nível de poder (de um total de 6). Já o último mostra seu número de vidas restantes.
Como dito antes, você pode começar o jogo com a arma que desejar, dentre as disponíveis. Já durante a partida, para se obtê-las, precisa-se abater pequenos objetos voadores. São elas:
0 (Shell Up) - Arma com tiros frontais, saídos diretamente do “nariz” da Falcon Flyer;
1 (Shot Gun) - Esta possui alcance mais abrangente, se espalhando à sua frente;
2 (Missile) - Lança mísseis frontais;
3 (Burner) - Lança-Chamas de longo alcance que acompanham os movimentos de sua nave;
4 (Absorption) - Cargas de energia esféricas saídas de seu avião direto no inimigo;
5 (Destroyer) - “Mísseis Rapid-fire” saídos da frente e laterais;
6 (Napalm) – Explosões energéticas que destroem os inimigos em todas as direções.
Ainda há os itens:
P-Pods (Power Pods) – São cápsulas amarelas com um “P” marcado nelas e aparecem em vários lugares no jogo. Atire nos inimigos para encontrá-las e assim, acrescentar poder de fogo em sua arma padrão;
Super Blast – São esferas de energia azuis que surgem em determinados momentos do jogo. Se pegá-las, dizimará todos os inimigos que estiverem presentes na tela de uma vez só;
1 Ups – Quando ver a cabeça de uma “Boneco de Neve”, não pense duas vezes! Pegue-a, pois se trata de uma vida extra (Nota: O número máximo de vidas que se pode acumular é 9);
Spin Shields - São cápsulas coloridas que orbitam sua nave protegendo-a do fogo inimigo. Você pode coletar até três delas sendo que, a Vermelha, aumenta o poder de fogo de sua arma padrão. A Azul faz o Blast atravessar mais de um inimigo e, a Amarela, faz com que seus tiros “se abram” atingindo mais inimigos.

Os chefes de fase são bem grandes, como nos shooters de consoles mais potentes. É o Master System mostrando, mais uma vez, seu potencial.
Considerações Finais – Se você é uma pessoa que curte shooters, não deixe de experimentar Power Strike II de forma alguma. Nele, você encontrará tudo o que o gênero tem de melhor... E EM UM MASTER SYSTEM!!!
A parte gráfica é super caprichada, com cenários bem construídos e elaborados. Tudo pode ser visto de forma nítida, cristalina e nada se faz confundir, podendo enxergar os tiros inimigos sem problema.
A jogabilidade é rápida, precisa e eficaz te dando controle total durante a luta. É impressionante como os programadores conseguiram dar esta dinâmica toda em um jogo de 8 bits. São vários inimigos e tiros na tela, tudo rolando sem nenhum slowdown e pouquíssimos “flicks”.
Os sons estão ótimos, muito acima da média do que se poderia esperar. Se escuta os estrondos junto das músicas perfeitamente. Ainda com relação às músicas, todas são composições bem adequadas e te ambientam muito bem na ação.
Somado à um conjunto que, normalmente, só é visto em jogos de 16 Bits (como a introdução/final animados e uma farta tela de opções), Power Stryke é diversão garantida para os aficcionados por jogos de naves. Não só isto, acredito que não apenas estes, como qualquer outro amante de um bom jogo de videogame, passará bons momentos aqui.

Até mais!
 

12 comentários:

  1. Caramba meu que jogo doido esse hein nunca tinha visto ou falado dele so´me lembro de ter jogado o Astro Warrior e o R-Type de Master.Vou adicionar o nome desse jogo na minha lista de jogos a jogar e pelo jeito vou curtir muito.

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    1. \o/ -{Power Strike II é Rock'n Roll!!!)
      Saudações!
      Pode adicionar sem medo este jogaço em sua lista... é bem feito como poucos, ainda mais em Master System.
      Até mais!

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  2. Olá, eu me chamo Gabriel, webmaster do http://www.backfromthefuture.com.br/

    Gostaria de saber poderiamos fazer uma parceria, inclusive com uma troca de conteúdo, entre reviews e vídeos.

    Aguardo uma resposta.

    Meu e-mail para contato é ferreirajornal@gmail.com

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  3. Preciso confessar, não conhecia esse jogo!!!! E que maravilha, uma obra de arte, eu fiz questão de ir jogar antes de vir comentar. Gostei muito! E gostei mais ainda do post, me deixou com água na boca!!!! Valeu Douglas, muito bom, abração!

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    1. Saudações, Leo!
      Valeu pelas palavras!
      Power Strike II é de 1993, justamente dentro do período que estive mais afastado do Master System pois já me aventurava no 16 bits da Sega. Se eu fiquei embasbacado jogando-o hoje, imagine se eu tivesse colocado as mãos nesta belezinha naqueles tempos?
      Minha surpresa maior foi, justamente, conhecer o padrão dos jogos de nave em 8 bits e encontrar algo bem acima disto.... impressionante mesmo o trabalho realizado pela Compile em PSII, prova que o Master System ainda pode nos reservar grandes atrativos.
      Até mais!

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  4. Douglas meu amigo, como senti falta dos seus posts, cara. Que review maravilhoso! Power Strike II é uma pérola que poucos conhecem, e um exemplo de como tirar leite de pedra no nosso querido Master. A Compile era uma das minhas desenvolvedoras prediletas, além do Puyo Puyo eles criaram Aleste, Golvellius e outros clássicos, não é a toa que a SEGA adquiriu a companhia algum tempo depois.
    E viu, depois que eu tirar as minhas férias pretendo fazer um Master Catálogo de Mascotes e de Jogos de navinha também. Vou precisar da sua ajuda com certeza, percebe-se que você manja bastante do gênero. E sabe que eu nem tinha pensado nisso, mas realmente nos 8-bits o flickering realmente atrapalhava bastante a jogatina. Talvez por isso os grandes clássicos surgiram no Mega, que na minha opinião foi o melhor console para jogos shmup.
    Abração :)

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    1. Adinan, meu velho!
      Tudo bem?
      Passei por tempos tortuosos, mas estou de volta e só tenho à agradecer a força que vocês me deram.
      Então...
      Power Strike II veio junto com a renca de cartuchos usados que comprei ano passado em uma locadora de São Vicente/SP que faliu (já estava funcionando como uma Lan House). Dentre tantos, vi este que, mesmo olhando o título, não tive certeza se tratar mesmo de um shooter: "Com este nome, deve ser de navinha". Para piorar, eu só havia limpado os contatos, testado e nunca mais o conectei no console novamente pois entrei neste período conturbado já mencionado que, nem jogar, eu conseguia direito.
      Semana passada, eu fiz um combo, joguei e fechei o Forgoten Worlds (missão que já estava pedente à anos) e, na sequência, queria algo no mesmo estilo já que ainda estava no pique do tiroteio. Lembrei: "Ah é! Tem o Power Strike aqui... vou dar uma chance à ele" e tomei um susto pois é muito melhor do que eu imaginava e não senti falta alguma de um game feito para 16 bits, que sou tão acostumado.
      Como disse (e como deu para notar), não conheço muito a lista de shooters para Master System. Os que conheço, acho que só se salvam poucos, justamente por causa do "pisca pisca dos infernos" que atrapalha a jogatina. Eu tenho o Sagaia de SMS e desisti, pois não dá... além dos flicks, os tiros são minúsculos e se confundindo fácil com o cenário.Como gosto muito da versão de Arcade e Mega Drive, acabou gerando uma antipatia ainda maior. Mesmo assim, em outro dia, tentarei novamente mesmo sabendo que não chega nem perto das qualidade que encontrei em PSII.
      Vou me inteirar melhor sobre o gênero no Master e podemos conversar sim sobre este "relatório de shooters", ok?
      Até mais!

      P.S.: E concordo contigo. Se um gamer for como eu, fã de jogos de nave, pirava no Mega Drive. Este console está abarrotado deles e são todos muito bons... uns são melhores que outros, claro, mas não conheço nenhum ruim.

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  5. Fiquei tão traumatizado com o R-Type quando pequeno, que passava longe dos cartuchos de navinhas nas locadoras xD

    Depois de um review como esse fica difícil não querer jogar o game hein!

    ARRASOU Douglas o/

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    1. Caro Cyber... supere o trauma por shooters, amigão! E justo com R-Type, um dos "Deuses do Olimpo das Navinhas"? Hehehehe!
      Felizmente, posso dizer que o combate espacial da R-9 no Master System foi o causador desta minha predileção por jogos neste estilo. Em 1991, ver a nave surgir na tela com aquela musiquinha inconfundível, já me ganhou.
      Mais adiante, na mesma primeira fase, ver os gráficos tão belos do complexo militar alinenígena (na parte das "pinças gigantes"), me hipnotizou e seus efeitos são sentidos até hoje... até pausava ali para ficar admirando aquele cenário tão bem feito.
      Dê uma chance para Power Strike II... não irá se arrepender pois é um jogo muito bem feito.
      Até mais!

      P.S.: E, obrigado pelo "ARRASOU"!
      Rss!

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  6. Ainda tentarei superar esse trauma mas acho que não tenho coordenação motora para pilotar naves, só pode! hahahahah

    Realmente os gráficos são belos Douglas e me encantou bastante, como não deixa de morrer por nada, pude apreciar meu tio jogando o game até o fim.

    Aquele foi um dia inesquecível por sinal ^^

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  7. Ótimo teu post, Douglas!
    Eu tava falando com Adinan estes dias, se alguém manda bem em matérias de shooters aqui no QG, é você!
    Como o Adinan, gosto muito dos jogos da Compile, (parece que eles tem uma personagem garota propaganda homônima em um anime homônimo). Graficamente parece muito bom, no nível de R-Type. E como tem bom número de itens acho que vou gostar.
    Fiquei animado pra procurar este game, deu água na boca.
    P.S: A minha net ajudou hoje a postar! rss
    Abraço.

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    1. Seja bem vindo de volta ("Olha só que fala! Fiquei meses sumido. Rss!").
      Posso definir minha predileção por games em três categorias básicas: Luta, Automobilismo e Shooters! Nem me refiro tanto aos de ação/plataforma pois são um dos pilares básicos, o padrão, que predominaram esta geração.
      Sempre curti ação alucinada e difícil e, os jogos de nave, me dão isto. Tamanho foi meu espanto ao saber que o nosso amado Master System tem um game do gênero tão bom que se equipara (mantidas as coisas nos seus devidos lugares, claro) aos melhores, mesmo de plataformas mais potentes. Me deu uma gana de jogá-lo como há muito tempo não sentia... me vi nos anos 90 novamente por alguns minutos de jogatina.
      Games como Thunder Blade, After Burner, Galaxy Force ou Space Harrier, já os conhecia, bem como a competência da Sega em convertê-los para o 8 bits. Mas, Power Strike II foi um grata surpresa... antes tarde, do que nunca!
      Até mais!

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