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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Vídeo Games - O Tempo e suas Mudanças


Por Douglas Deiró


Muito se fala sobre a evolução dos vídeo games, como eles eram no passado, como são hoje e o quê podemos esperar deles no futuro. Ainda, há os que fazem comparações sobre como pareciam mais divertidos e que, agora, são fáceis demais. Também, existem debates sobre a forma ideal de aproveitar, melhor, os recursos tecnológicos existentes, se por meio de imagens geradas em 4K, realidade virtual ou nas telinhas de portáteis e smartphones. Independente das questões levantadas e quais seriam suas respostas, uma coisa é fato, estamos falando sobre Mudanças.
Crédito - showmetech.com.br
Elas, as mudanças, são constantes na vida e, nos games, não poderiam ser diferentes. Desde os primórdios, os desenvolvedores, buscam formas de criar algo cada vez mais sofisticado, extraindo, muitas vezes, o famoso “Leite de Pedra”. Mesmo hoje - com recursos tecnológicos que propriciam criar, praticamente, tudo o que a mente for capaz de imaginar -, esses profissionais, tentarão fazer ainda melhor, catapultando a evolução adiante.
Entretando, a meu ver, a maior alteração não está ligada à parte técnica. Isto sempre foi óbvio, esperado, até natural. Embora não se saiba como as coisas serão no futuro, sabemos de antemão, que veremos algo mais aprimorado. Então, digo, a maior mudança que o mundo dos games presenciou, foram as Interações Sociais.
O ser humano é um Ser Social, sempre busca seus pares para estabelecer vínculos afetivos. Jogos/Competições são eficazes em promover interações. Desta forma, dá para notar, uma mudança significativa no comportamento do jogador de vídeo game.
Nos anos 80 e 90, num período pré Internet, as pessoas eram “obrigadas” (guardem esta palavra, a usarei mais para frente sem aspas) à ter interações pessoais, físicas, de estarem no mesmo local para realizarem uma determinada atividade. No que se refere ao gamer, se quisesse um novo título – seja comprado, alugado ou emprestado – era necessário deslocar-se de sua residência, ir atrás de mesmo. Se quisesse bater-papo, debater ou comentar sobre determinado assunto, precisaria sacar sua revista e mostrá-la para o amigo, da onde tirou tal informação. Quase, um trabalho de “evangelização gamística”.
Crédito: Aílton Ribeiro
Num ambiente escolar, aglomeravam-se as crianças que gostavam das mesmas coisas e amizades eram feitas. Daí, para um emprestar um jogo ou promoverem reunião na casa de um deles para o “multiplayer local” (termo que não existia no passado) era mais um passo.
Na atualidade, essa interação, é muito “impessoal”. O jovem não é obrigado, se quer, à sair de sua casa para conversar sobre determinado lançamento, por exemplo. Aliás, se quiser aquele jogo, ele o adquire sem sair do próprio quarto. Não existe mais a necessidade de “garimpar” pois, está tudo na palma da mão, literalmente, com smartphones conectados à internet. Da mesma forma, uma jogatina na casa de amigos, também, não se faz urgente, graças, às partidas online.
Ainda assim, a única forma de interação social que permanece, praticamente igual, é o ambiente escolar (até porque, crianças ainda vão à escola). Mas, uma vez deixada àquelas dependências, cada uma vai para sua casa, sem a obrigação, de olhar para a cara da outra pessoa... a internet resolve isto.
Evidente que, os mais velhos, que viveram estes dois momentos, conseguem ter uma noção melhor de como as coisas mudaram. Os mais jovens, ouvem tais histórias e estranham - por vezes, ironizam - pois, já nasceram neste mundo altamente tecnológico. Acabam não tendo a mínima idéia de, como se conseguia viver, sem tais modernidades. Mas, outra coisa também é fato, mesmo estes, olharão para o passado e pensarão “Nossa! Como as coisas mudaram!”.

Até mais!

3 comentários:

  1. Ai sim Douglas, excelente post!
    Cara, taí uma situação que nao sei onde me posicionar, pois acredito que a internet trouxe um encurtamento de distância que eu acho incrível! Poder conversar com gamers de outros países é um dos benefícios trazidos pela modernidade.

    Por outro lado, encurtou até mesmo a distancia entre vizinhos com casas coladas. Hoje em dia tudo é jogado online sem a interação social. No nosso tempo nos reuníamos numa mesma TV pra jogar Jogos de Verão enquanto zuavamos uns com os outros e comendo salgadinho. Uma pena que não se tenha mais isso. Mas não sei onde me posicionar, se sou contra ou a favor dessa nova forma de interação social.

    Abraços

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  2. Ótimo post, Douglas!
    Com ótimo questionamento. Eu fico por minha vez acreditando que houve melhoras e pioras! heheheh
    Mudar de cidade e estado, por exemplo, achei menos traumático, porque todos tem um PC hoje com Net e mantive minha vida social antiga na telinha (ia enlouquecer se contasse só com as amizades locais!)
    Temos mais acesso a games e informação, e nossa dependencia das revistas (que podiam falar qualquer coisa, que acreditávamos!).
    Por outro lado, acho que a facilidade da geração atual, deixou-a mais mole, sim. Quando tiver o teletransporte e aperfeiçoar o controle mental, acho que nem campanhas pra academia, haverá campanhas pra levantar os dedos. rssss

    Tudo traz um preço, eu adoro essas novidades tecnológicas, por mais que minha fidelidade aos games são só os retrô. No mais, eu concordo com os pontos que você e o Adinan levantaram.

    Abração

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  3. Não se preocupa que daqui a pouco piora: poderemos jogar emulador usando nossos incríveis capacetes de VR olhando pra uma TV virtual, sentado num sofá virtual, ao lado de uma versão virtual do seu amiguinho que vai estar usando configurações similares. Aí vc vai estar vendo seu amigo ali do seu lado, só que não... e vai ser natural... a gente vai achar estranho... os jovens vão nos achar estranhos por não achar natural... e a vida segue... hahaha!
    Complicado né? Como tudo na vida, avanços tecnológicos trazem novidades que podem ser boas ou não, aí vai do costume de cada um também.
    Antes era mais fácil ser o campeão da rua em algum jogo, ou do bairro, dos amigos chegados, que seja. Hj em dia vc entra online e é arrebentado 60% do tempo no mínimo... kkkkkk. Difícil ficar feliz com isso.
    Ótimo texto! Valeu Devaneio!

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