Saudações,
amigos do QG Master!
Tudo
bem com vocês?
Este
será o primeiro texto, de uma série, onde abordarei o Zeebo, por meio de seus
jogos. O “famigerado” console da Tectoy, no ultimo dia 25 de maio, completou 10
anos de lançamento. Sei que ninguém pediu, não marcou a vida de gamer algum e
nem foi um sucesso de vendas (muito pelo contrário, foi um fiasco). Então, por quê
falar dele?
O
farei para, quem sabe, desmistificar um pouco a idéia de que é uma porcaria tão
grande como dizem. Farei algumas considerações sobre sua história e deixar impressões
pessoais. Sou um dos poucos mais de 30 mil proprietários (número estimado de
vendas) e, em meu console, tem quase todos os títulos que foram
disponíbilizados. E, podendo contrariar a lógica de muita gente, gosto e jogo ele
até hoje.
A caixa do meu Zeebo. Nela, consta Street Fighter Zero, que nem chegou a ser lançado. |
A
primeira coisa que digo é que ele tem jogos bons e ruins, como qualquer
console. O problema é a sua biblioteca muito pequena, cerca de 50. Em
compensação, os que considero realmente ruins, são dois ou três.
O
ponto crucial para entender meu ponto de vista, é onde enxergo como o maior
erro da Tectoy: emparelhar o Zeebo ao Playstation 2. Ainda que não tenham feito
isto de forma muito explícita, chegaram à fazer comparativos de desempenho em
geração de polígonos e que, títulos daquela plataforma, também poderiam ser
jogados nele (vide o polêmico, Resident Evil 4). Mesmo na época, já tinha sido
descoberto, que o equipamento não passava de um “celular consolizado“ que, por
si só, já derrubava a tese de que era algo páreo ao produto da Sony.
O
fato do hardware ser desta forma, não seria um problema tão grande. Games bacanas poderiam
ser feitos - e foram - mas, passar uma impressão tão longe da verdade, não
ajudou em nada. Qualquer pessoa, assistindo à um video no Youtube, notaria isto
facilmente. Para piorar, seu preço de lançamento foi de R$599,00, grana
suficiente, para pegar um PS2 e uma cacetada de DVDs piratas.
Penso que, caso a Tectoy tivesse sido mais honesta, o fazendo como um game de entrada com preço mais acessível, talvez - ainda assim, pouquíssimo provável – tivesse tido melhor sorte no mercado. Até começaram bem, lançando clássicos de sucesso (Quake 2), portando games mobile de empresas indies (Heavy Weapon) e títulos de grandes a Eletronic Arts e Capcom. Porém, ao longo do tempo, uma mudança de postura por parte da sócia majoritária mexicana - que assumiu o controle dos negócios também no Brasil - colocou tudo a perder de uma vez. Mas, este, será assunto em outro texto. Agora, vamos falar de...
A
Namco foi uma das empresas que pularam no barco logo no começo, com algumas de
suas principais franquias. Se isto não foi uma prova que o projeto tinha
potencial, não sei mais o que seria. Pacmania, Ridge Racer, Alpine Racing e
Tekken 2 foram bem portados, mesmo, se considerarmos, os cortes necessários para
se caber nos tamanhos de arquivos para download. À saber, a Zeebo Net - rede 3G
que alimentava o sistema - trabalhava com jogos de 8, 25 e 50 megas.
Com
o dito acima, o “Game das Tretas dos Mishimas” sofreu corte de todas as
cutscenes e vozes dos lutadores (ficando apenas a do narrador). Levando em
conta que o desafio é alto, derrotar todos os oponentes e não ver uma mísera
foto no final, chega à ser decepcionante... isto, claro, para quem tem um
Playstation dando sopa em casa. Mas, para quem tem somente um Zeebo, o jogo
presta? A meu ver, sim.
No Zeebo, os lutadores receberam uma boa polida. |
Graficamente,
esta versão consegue se sair melhor em certos aspectos, como a suavisada que
deram nos polígonos, algo muito parecido, com o que a Sega fez em Virtua Fighter
2. Não que, o videogame da empresa japonesa, não pudesse ter o mesmo tipo de
técnica mas, a Namco, o fez aqui. Convenhamos, em 2009, merecia mesmo uma boa polida.
A
parte sonora, evidente, perde por não ter a qualidade de um CD. Ainda assim, os
Midis usados para as melodias, foram convertidos de forma muito boa, ficando
bastante fiéis ao material original. O mesmo vale para os efeitos onde, as
pancadas, dão a devida dimensão de sua potência (especialmente, os golpes mais
violentos).
Já
a jogabilidade, é um pouco mais lenta mas, tudo funciona “de boas” e de forma
responsiva. Você poderá jogar com todos os lutadores, da mesma forma, como no
arcade e no Play porque as mecânicas foram preservadas. E, quando disse todos os
lutadores, são todos mesmo! Nenhum ficou de fora no Zeebo. Porém, metade deles,
será necessário destravar, seguindo certos requisitos (como jogar com a Nina
Willians, para habilitar sua irmã Anna). Quem já fez esse trampo antes, o
procedimento é o mesmo no aparelho da Tec Toy (até o desespero para liberar o
Devil, está igual).
Além
disto, Tekken 2 comporta dois jogadores no modo Versus e Arcade. Também existem
os modos Treinamento, Sobrevivência e menus de ajuda, comandos... tudo, com
textos traduzidos para o português (uma regra no Zeebo).
Considerações Finais
- O
Zeebo é, claramente, um console com poder comparável ao PS1, não ao PS2. Foi
uma mancada enorme da Tec Toy, cometida, logo no início. Aliado ao preço pra lá
de salgado em seu lançamento, afugentou o consumidor e ajudou na má fama.
No
meu caso, como sabia o que estava comprando - além de aproveitar uma oferta de
R$300,00 na Americanas.com (um indício que, as coisas, já não iam bem) - aproveitei
o videogame pelo que ele é mesmo, sem expectativas acima da realidade. Talvez,
por isto, não tenha me decepcionado com nada.
Em Tekken 2, ocorreu, justo o contrário. Quando vi os “bonequinhos” melhor trabalhados, não tão quadradões, achei um ponto bastante positivo. “Ah! Não tem filminho? Posso ver no Youtube”, brinquei com isto na época.
Em Tekken 2, ocorreu, justo o contrário. Quando vi os “bonequinhos” melhor trabalhados, não tão quadradões, achei um ponto bastante positivo. “Ah! Não tem filminho? Posso ver no Youtube”, brinquei com isto na época.
Somado
ainda, ao fato que, apenas os arquivos de mídia estão ausentes (mas, com o
conteúdo principal preservado) faz deste jogo, uma boa pedida de porradaria
gamística.
Até
mais!
P.S.: O Zeebo tem se
tornado um console “cult”. Até existem gringos atrás dele, principalmente, pela
versão exclusiva de Double Dragon (que será tema também). Se, por acaso, tiver
interesse e achar um exemplar com todos os games instalados e preço bacana,
creio que vale a pena ter na coleção.
Taí, o meu Zeebo. 10 anos de bons serviços prestados. |
Belo post esse sobre o Zeebo kra.
ResponderExcluirValeu, Rock!
ExcluirMais textos virão sobre esse videogame, que é mais polêmico que "mamilos". Rss!!!
Abraço.
Oi Douglas!
ResponderExcluirNão vi seu post.
Esse revival do Zeebo tava falantado por aqui. A série Tekken eu confesso que noguei pouco, em detrimento de KOF e Street Alpha que jogava no periodo, mas sei que tem suas qualidades.
Parabéns e continue falando do Zeebo aqui.