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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Meme Retrogamer: O que você jogou em 2021?


Mais um ano acabou e, muitos, podem estar pensando algo como "Nossa! Como passou rápido!". De fato, parece que os dias tem se tornado mais curtos, devido, ao ritmo de vida cada vez mais corrido. Com tudo isto, ainda nos sobra tempo para nossa diversão favorita? Mesmo naqueles "trinta minutinhos" da hora do almoço, a gente, sempre acaba dando um jeito.
Como manda a tradição aqui no QG, comentamos sobre alguns dos games que curtimos ao longo dos últimos 365 dias... e, com 2021, não seria diferente.
Sendo assim, começaremos com o... 

Rodrigo

Olá a todos!
Tudo bem com vocês pessoal?
Este ano de 2021 foi de menos jogatinas que os últimos anos, mas ainda assim, mais jogatinas que 2020. Não sei se dá para entender...
Vamos à lista:

MORTAL KOMBAT II UNLIMITED (MEGA DRIVE)


Sempre volto aos ports da SEGA do Mortal Kombat, desta vez o que mais joguei é este remake em que algumas cores foram modificadas, cenários de MK 1 foram acrescentados e para completar o que sempre quis: controlar os chefes e personagens secretos. Não tem preço colocar Jade clássica para enfrentar Ermac no Goro's Lair. Diversão e pancadaria do início ao fim.

SHINOBI (MASTER SYSTEM)


Sempre joguei as continuações de Shinobi para Mega Drive e Game Gear, mas quase nunca valorizei este port do primeiro jogo do Arcade. Neste ponto, sempre fui mais o Ninja Gaiden da concorrência. Acho que descobri a manha dos chefes e como conseguir/liberar as magias fez diferença para minhas jogatinas nos anos 90. Muito bom, envelheceu muito bem.

BONANZA BROS. (MASTER SYSTEM)


Gosto de jogos de ação que não sejam óbvios como bata-e-ande. Este game me faz lembrar os bons tempos que jogava o "Pega Ladrão" do Atari (como é o nome mesmo?) Muito legal invadir os locais e executar os roubos, é um jogo que trará diversão por muitas horas.

É isso pessoal!
O que será que desbravaremos ano que vem? 
Até a próxima!

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Adinan

Saudações amigos leitores!
Esse ano tivemos uma melhora em relação a pandemia mas ainda precisamos ter cautela. Felizmente, tudo indica que a situação está melhorando, e aos poucos podemos retomar a normalidade das nossas vidas.
Mas pelo menos nosso hobby, os games, continua sendo uma ótima opção em meio a pandemia! Inclusive estou me apaixonando por um gênero de jogos das antigas, o Shmup ou jogos de navinha (talvez o mais antigo gênero, só perde para esportes com o Pong e o Tennis for Two). E de quebra, estou desbravando a biblioteca de jogos de um console que sou deveras apaixonado, mesmo sem ter praticamente visto um na minha frente: o PC Engine/TurboGrafx 16.
Sem mais delongas, vamos aos jogos que mais me marcaram neste ano de 2021.

HELLFIRE S (PC ENGINE)


Com uma trilha sonora estupenda e CGs caprichadas, a versão em CD deste shmup que possui uma versão caprichada pro nosso Megão não faz feio no obscuro console da NEC. É verdade que por conta das limitações de hardware não temos parallax tão bom quanto das versões de Mega e Arcade, mas o gameplay continua excelente, como todo bom shmup da Toaplan (se você gosta de jogos de navinha, sabe bem que empresa é essa! Se não sabe, Truxton manda lembranças)
Basicamente não há variedade de tiros neste jogo, mas controlamos a posição dos canhões, que podem atirar pra frente, atrás, tiros pra cima e pra baixo ou atirar nas 4 diagonais. E as fases são feitas para testar o nosso uso dessas posições e encarar da melhor forma possível os desafios. Vale muito a pena conhecer este jogo!

GATE OF THUNDER (PC ENGINE)


Dos desenvolvedores de Thunder Force, surge este shmup belíssimo com uma trilha sonora rock'n roll de respeito! Aqui a jogabilidade é bem tradicional, podendo ter entre 3 tiros diferentes. Os power ups são bem generosos, o que passa a sensação de ser um jogo absurdamente fácil, mas o desafio ainda é alto. No entanto, é um jogo altamente recomendado para quem quer ingressar nos jogos de navinha mas considera o gênero muito difícil e frustrante.

SHADOW OF THE BEAST (PC ENGINE)


Não sei até hoje o porquê de gostar tanto deste jogo. A temática bizarra e o gameplay frustrante e injusto na maior parte do tempo deveria afastar qualquer um. Mas Shadow of the Beast tem um charme difícil de explicar. E para muitos esta versão é a melhor até hoje. A jogabilidade foi refinada, fazendo com que acertar um soco não seja mais algo tão frustrante ou que exija tamanha precisão como a maioria dos ports e da versão original. E o que falar da trilha sonora lindíssima em CD deste game? Se não se importar com a estética demoníaca deste jogo, encontrará uma boa dose de ação e aventura neste port.

WIZARD OF WOR (COMMODORE 64 / ATARI 2600)


Pra finalizar, dois ports de um arcade que eu mal conhecia e me arrependo demais de não ter jogado antes. Wizard of Wor é um jogo de labirinto comum nos anos 80, mas na pegada do Berzerk. Atire nos inimigos e vá para o próximo labirinto até acabarem suas vidas. Mas aqui os inimigos são variados para os padrões da época, e alguns podem ficar invisíveis, sendo que é preciso usar o radar para tentar localizá-los antes que te peguem de surpresa. Além disso, vez ou outra um inseto pode aparecer após matar todos os inimigos e caso consiga destruí-lo, terá um bônus de placar duplicado no labirinto seguinte. Além disso, o próprio feiticeiro de Wor pode tentar te atacar, sendo um baita desafio conseguir acertá-lo. Pode parecer apenas um jogo de tiro em labirinto, mas considerando a sua época, é um jogo a frente de seu tempo, e ainda muito divertido. Especialmente nesses ports para C64 que foi bem fiel ao original, e do Atari que mesmo com suas limitações conseguiu replicar a diversão do arcade em casa.

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Douglas

Saudações amigos do QG!
Espero que todos estejam bem.
2021 foi um tanto "esquisito" e, infelizmente, o tempo disponível para um dos meus hobbies preferidos ficou em segundo plano. Ainda assim, nos períodos de calmaria (mesmo de forma involuntária), dediquei-me à revisitar títulos que há muito não jogava ou, àquelas, "dívidas do passado".
Como manda a tradição aqui, citarei alguns que me divertiram este ano. Além destes, se "passearem" pelo blog, verão outros abordados por mim e, portanto, podem considerá-los também, ok?
Vamos lá! 

DOUBLE DRAGON V - THE SHADOW FALLS (MEGA DRIVE)


"Nunca joguei este Double Dragon V. Será ruim mesmo, como dizem?" 

Qual foi minha conclusão? 
Uma grata surpresa. É uma produção muito competente.
Naquela primeira metade dos anos 90, qualquer empresa que quisesse peitar Street Fighter 2 ou Mortal Kombat, já saía em desvantagem, apenas, na mera comparação... logo, recebiam o rótulo de cópia ou plágio. A própria SNK, penou bastante, para equilibrar a disputa pelo coração dos fãs com títulos diversos. Então, o que esperar de um jogo feito diretamente para um console caseiro, por um licenciante (Tradewest), desenvolvido por um estúdio desconhecido (Leland Software) e baseado num desenho animado inspirado no primeiro Double Dragon do Nintendo 8 bits? 
Creio que, além de mim, muitas pessoas nem deram atenção para ele. Mesmo nas revistas, as imagens que ilustravam os reviews, nunca me empolgaram à ir na locadora. O tempo passou e aqui estou, falando deste fighting game tão peculiar. 
Como disse no começo, DDV é uma produção muito competente. A despeito do gosto duvidoso no estilo artístico adotado, os gráficos são detalhados e coloridos. Os sprites dos lutadores são grandes, bem desenhados e animados. Os efeitos sonoros são úteis somente mas, as músicas, são muito boas.
A Leland fez a "lição de casa" e, não se envergonhou, em copiar o deu certo em outros jogos do estilo. Os comandos funcionam direitinho, embora, haja alguns pouco práticos como o de "hadouken invertido" (deslizar o direcional da frente para baixo). Fora isso, o game apresenta finais para todos os lutadores no modo "Tournament" (dificuldades "Hard" e "Pro") e temáticos, entre heróis e vilões, no modo "Quest".
Recomendo uma conferida mas, acredito, que jogar com um amigo seja mais agradável. A CPU é muito chata, "adivinha" tudo que o vai fazer e não pára de te bater um instante. Então, até descobrir os macetes, vai passar muita raiva.

DOUBLE HAWK (MASTER SYSTEM) 


Este, desconhecia de sua existência por completo. 
Fuçando entre as roms de Master System que rodam no meu Playstation 2, me deparo com Double Hawk. Pelo nome, pensei se tratar de um game de "navinha", não, um no estilo Dynamite Duke (com visão por trás do herói). Aqui, você controla um "Rambo Genérico" (sem camisa e faixa na cabeça) e vai metralhando tudo o que aparecer na tela, entre soldados inimigos, tanques, helicópteros, etc. 
Como a Sega era muito sem vergonha em plagiar sucessos de terceiros, esse game lançado em 1990, muito provavelmente, pegou carona nas películas protagonizadas por Sylvester Stallone. Levando em conta que, Rambo 3 de Mega Drive tem disputas contra chefes similares à Dynamite Duke e, este último, ganhou versões para Master e Mega nesta época, minhas suspeitas só aumentaram com tamanha semelhança. 
Um game que a Tec Toy poderia ter lançado no Brasil, porque, ele é bem bacaninha.

SUPER THUNDER BLADE (MEGA DRIVE) 


Outro que, em seu tempo, não tive contato. Embora tivesse o cartucho de Master System, a versão parruda do Mega Drive, só conheci por intermédio dos emuladores a partir de 1998... ainda assim, não liguei muito para ele. Houve um período que me desfiz do meu Mega e, em 2006, vi um anúncio das Casas Bahia do Super Mega Drive 3 com 72 jogos na memória. Por um precinho camarada, achei em conta, para sanar a nostalgia.
Super Thunder Blade foi um dos primeiros que encarei desta seleção e achei muito interessante, levando em conta, se tratar de um dos primeiros títulos do 16 bits da Sega. O "Super" do nome, não faz alusão às capacidades do jogo em si pois, seria impossível, replicar o absurdo técnico do original de arcade. Entretanto, se faltou recurso, a Sega fez sobrar no quesito ação.
Meu amigo, o ritmo dos ataques inimigos é alucinante... "piscou, morreu"! Na maior parte do tempo, fazendo movimentos circulares e ininterruptos, você consegue se desvencilhar dos tiros. Porém, haverá momentos, que obstáculos obrigarão à mudar de direção e, é aí, que mora o perigo. Nos padrões deste game, as fases 1 e 3 são relativamente tranquilas, ao contrário da 2 e da 4, que testarão seus reflexos ao máximo. 
Apesar de curto, STB é bastante desafiador. Este é, justamente, o que dá maior longevidade ao game pois, terá que voltar nele muitas vezes até conclui-lo. 

P.S: Uma curiosidade, que não vejo comentarem sobre Thunder Blade. 
A Sega, como já disse aqui, era danada para se "inspirar" em propriedades intelectuais de terceiros. Começou na manha, usando sons em um determinado game, uma plaquinha da "Shell" num de corrida qualquer, passando para cenas digitalizadas nos finais de outros, etc. Como nunca "pegou nada" para a empresa, subiu o tom, motivando-se à fazer jogos baseados em filmes de sucesso mas, sem pagar royalties. 
Em After Burner, há cenas extraídas de Top Gun e utilizadas nas versões lançadas para arcade, Master System e Mega Drive. Em Thunder Blade, ela se superou! Além de usar o modelo do helicóptero Blue Thunder ("Trovão Azul") - criado, especificamente, para o filme/série - usou imagens de lá sem a menor cerimônia... logo na tela de abertura, tem uma! 
E eu, que tenho meu Trovão Azul de brinquedo desde aquela época, não saquei a artimanha? 
Seeeeega! Sega! Sua malandrinha!

Até mais, amigos!
Que 2022 seja repleto de alegrias e realizações. 

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