Depois de um “longo inverno”,
volto à escrever um review. A mera citação desta estação do ano em associação à
vídeo games, me lembra Strider (e sua segunda fase na Sibéria).
Esta pérola da Capcom, marcou
época e foi portado pela Sega de forma brilhante, a ponto, de ser aclamado pela
revista EGM como “Jogo do Ano” e sendo o de “Melhores Gráficos” em 1990 mas...
esta é a versão Mega Drive. Será que a de Master System, manteve o mesmo padrão
de qualidade?
Enquanto, no 16 bits, Strider
foi o primeiro cartucho com 8 Megas de memória e tudo ali se justificava, no
Master, parece que não usaram todos os 4 que disseram ter. Mesmo na época, foi
esta a impressão que tive assim que comecei à jogá-lo. Toda aquela fluidez de
jogabilidade e beleza gráfica, se perdeu nesta transição.
“Douglas, é um Master System. Claro
que teria perdas”, alguém poderia me questionar. Entretanto, a própria biblioteca
do sistema (em jogos mais antigos, inclusive), comprova que faltou capricho
aqui.
Não sei dizer se, mapear toda
a área onde o “boneco” interage (paredes, plataformas, aclives e declives) pesa
demais na programação mas, o que se nota, é a lentidão das ações do ninja
futurista. O mais curioso é que, tentaram reproduzir a complexa animação (que
possui bastante frames) e cortaram a mais básica: mexer os braços/golpes. A
espada é como “bambolê luminoso” ropodiando na cintura da personagem.
Com tudo isso, o game é ruim?
Como prefiro dizer, é preciso
pesar todos os prós e contras. E, levando em conta o trabalho realizado aqui, o
saldo ainda é positivo. Temos um bom trabalho gráfico e sonoro (ainda que, a
música tema, toque em todas as fases desde a abertura). A jogabilidade, mesmo
com um ritmo mais lento, possui comandos funcionais e, a fidelidade de
ambientação comparado ao original é grande.
Neste ponto, temos as 5 fases
do Arcade/Mega e enfrentamos a horda de inimigos do vilão Grand Master Meio.
Passaremos pelo Kazafu/Kazaquistão, Sibéria, Fortaleza Voadora/Ballog, Amazonas
e Estação Espacial/Chefe Final. O grau de dificuldade é moderado e, não se
espante, se concluí-lo após meia dúzia de partidas (como ocorreu comigo,
causando certa decepção).
O arsenal de Hiryu
Na antiguidade, os ninjas, já
eram famosos por manusear um vasto arsenal e, no caso de Strider Hiryu, não
seria diferente. Além de sua espada de plasma (a Cypher), ele conta ganchos de
escalada (para se pendurar em plataformas e subir paredes) e dróide de apoio (o
Oroboros, que caça os inimigos nas proximidades).
Para fazer uso de todo esse
repertório, o Botão 1 é responsável pelos ataques, enquanto o Botão 2, realiza
os saltos. Ainda com o 2, junto do direcional para baixo, o herói deslizará
pelo chão (o slide) ou, após um salto com o D-Pad para cima, subirá a
plataforma (quando estiver grudado por baixo dela).
E, nessa missão de livrar o
mundo das forças do mal, você contará com 4 vidas e 3 continues. Derrotando
Grand Master Meio, será agraciado com um dos finais mais “WTF?!” da história
dos games (até em Marvel X Capcom, aparece “aquilo”).
Conclusão
Strider tem grande parcela de
contribuição para a ascensão dos vídeo games ao status que ele tem hoje. Seu
sucesso, se fez mostrar, nas inúmeras versões que recebeu, tanto no período de
seu lançamento, como na atualidade.
Nos tempos que a Nintendo
tinha o apoio das principais empresas do setor, a Sega teve que produzir as suas
e, o recém lançado Mega Drive/Genesis, tinha que mostrar ser uma máquina de arcade
dentro dos lares dos consumidores. Este título, como sabemos, caiu como uma
luva.
O Master System, precisava
receber games de potencial e, claro, também ganhou seu port. Embora tenha
ficado aquém do que deveria, engrossou o catálogo do sistema num momento
importante no mercado. Mais de trinta anos depois, pode ser conferido à título
de curiosidade apenas... não creio que, renderia muito tempo de jogatina, para
os que não tiveram a chance de jogá-lo em 1991.
Então, é isso por enquanto.
Vou ficando aqui.
Até mais!
Nunca joguei nenhuma versão do Strider mas está na minha lista a ser jogado.
ResponderExcluirSaudações caro Rock, o Mais Fiel!
ExcluirTudo bem contigo?
Strider é um dos maiores clássicos e tem sua cota de importância na história dos games. Nunca é tarde para experimentá-lo... recomendo!
Até mais.
Abraço!
Joguei um pouco a versão do Master, já a do Mega joguei demais foi o primeiro cartucho que ganhei.
ResponderExcluirOlá, Daniel!
ExcluirTudo bem?
Também, joguei mais a versão do Mega. A do Master, só na época mesmo e, mais recentemente, para escrever este review (prefiro jogar antes para dar aquela "motivada". Rss!!!).
O 8 bits da Sega, também recebeu o Strider 2. Será que é melhor que o primeiro game? Quem sabe, escreva algo, num futuro próximo?
Até mais!
Tá aí um jogo que sempre admirei o visual cyberpunk, mas joguei só algumas vezes. Deu vontade de conferir este jogo do Edson Celulari.
ResponderExcluirParabéns pelo review!!
Saudações, nobre Rodrigo!
ExcluirTudo bem?
Essas artes norte-americanas, são um capitulo pitoresco na história dos videogames. Essa do Strider, até escapa das bizarrices que aconteceu aos montes nesta época. Só que, aqui no Brasil, não teve jeito. Era bater o olho e ver o "Edson Celulari" ali... é parecido demais! Rss!!!
Até mais!