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domingo, 3 de novembro de 2024

Controles diferentes melhoram a experiência de jogo?

Saudações amigos!

Tudo bem com vocês?

Estou de volta para algo que gosto bastante, “divagar” sobre minhas experiências com videogames. Aliás, esse texto, era para ter saído há bastante tempo mas, por conta de muitos contratempos, só ficou pronto agora.

Ao adquirir controles arcades ano passado, os usei em todo tipo de jogo, dos plataformas aos fighting games (a principal razão). O desempenho em títulos modernos era o esperado, porém, o que mais chamou atenção, foi a melhora nos clássicos dos anos 90. Isto me fez lembrar que, anteriormente, já tinha tido uma constatação semelhante usando o Dual Shock de Playstation 2 em títulos de corrida de Mega Drive.

Assim, o pensamento foi “Pôxa! Um modelo de controle diferente, mudou tudo!”. E, o mais interessante, há também os vendidos à parte - que não vinham com os consoles, geralmente, fabricados por outras empresas – que sempre estiveram nos orbitando.

No meu caso, me recordo de alguns de meados dos anos oitenta. Meu Dynavision/Atari veio acompanhado dos Dynasticks, que pareciam manches de avião de tão arrojados. A qualidade deles, era “7X1” no famoso joystick do Atari. (tenho um funcionando aqui até hoje). Lembro também, de um tal de “A.T.A.K.”. Era um “joystick sem manche, só com botões” muito esquisito. Nem fazia idéia que era um joypad similar ao do Famicom mas, nas cores preto e amarela... nunca tinha visto nada parecido.

E, seguindo nesta viagem...

Controles de 6 botões do Mega Drive em Killer Instinct - O debate sobre qual é o melhor entre os 16 bits da Sega e Nintendo, ainda rola solto. Já adianto, na minha opinião, o controle de 6 botões do Mega Drive só não é o melhor de todos os tempos pois, a Sega, fez ainda melhor com a segunda versão lançada para o Saturn.

Naquela loucura que foram os anos noventa, com jogos de luta “saindo pelo ladrão”, a Nintendo não poderia ficar de fora. E, a parceria com a Rare, nos brindou com o fantástico Killer Instinct. Entretanto, ainda naqueles tempos, manusear aquele “ossinho de cachorro” do Super NES, não me animou muito... simplesmente, deixava à desejar. E o tempo passou...

Quando comprei adaptadores USB para controles de Mega, as coisas mudaram de figura completamente: “Nunca, Killer Instinct, foi tão bom! Só precisava, de controles decentes”.

P.S.: Já posso sentir, Cosmos extremamente agressivos, vindo em minha direção. Rss!!! 

Super Monaco GP com Dual Shock 2 - Após a geração 16 bits, os games de corrida, se beneficiaram bastante da evolução tecnológica. Mesmo no passado, na medida do possível, os produtores já buscavam o realismo (Enduro e Pole Position, que não me deixam mentir).

Quando passei a ter contato com os modernos, com controles analógicos e gatilhos com níveis de pressão, a simulação de volante e pedais me ofereceu outro nível de jogatina. Como, volta e meia, ainda revisito o Super Monaco GP 2 ou OutRunners, bastou ter a possibilidade de usar controles de Playstation 2 nos emuladores de PC, que passei à usá-los em definitivo. Nas configurações, por exemplo, opto por manter os padrões atuais, com aceleração e freios nos botões de ombro... até, no já citado Enduro, faço isso. Resultado?

Fato, esses títulos antigos, não foram programados para terem respostas progressivas nos direcionais e botões. Então, não faz diferença, se der um toquinho ou levar seu curso até o final. Entretanto, algo curioso, aconteceu com o mesmo Super Monaco 2.

Em jogos atuais, você tem que pressionar de forma moderada para virar seu carro devagar, correto? O contrário, para esterçamentos bruscos, é necessário um movimento mais rápido para os lados. Com esses comandos já enraizados cabeça, ao tentar o “Monaco” novamente, deu a impressão que foram feitos um para o outro. Motivo? Aqui, quanto mais mantiver o direcional pressionado, o “virar do volante” é mais acentuado. Em suma, não foi feito para ter tal comando, porém, levei esse “cacoete” para os 16 bits e casou certinho, por pura coincidência. 

Com Test Drive 2, OutRun 2019, os três Road Rashs e Virtua Racing ocorreu o mesmo fenômeno. Já com os outros da franquia OutRun, não surtiu nenhum resultado diferente pois, os “carrinhos”, não fazem as curvas de forma progressiva. Nestes, o ganho, foi somente o conforto de uma configuração de um game moderno.

P.S.: Testei alguns de 8 bits também. Entretanto, não aconteceu nada que mereça destaque.

Arcade moderno com fighting games de 8 bits - A “Prova dos 9”, foi testar controles arcade modernos em games de luta em 8 bits. E, fiquei contente com o resultado. O destaque, ficou com o Master of Combat do Master System.

Esse - que é uma pérola rara e quase obscura - se notabilizava por ser uma produção robusta, mesmo, tendo sido criado para um sistema modesto. Seus comandos se mostravam precisos no pad original pois, os desenvolvedores, levaram em conta o formato quadrado do direcional. Meus arcades, possuem restritores quadrados também, então, foi só alegria. Só lamento, não poder “tirar uns versus” em algum campeonato pois, fiquei bonzinho nele. 

Depois, quis ir além e fiz testes pesados em outros sistemas. Um que já imaginava que ficaria legal, por ser um título da Konami, foi Teenage Mutant Ninja Turtles – Tournament Fighters, do Nintendo. Me peguei jogando aquilo por horas, a ponto, de confirmar algo que já pensava: gosto mais desta versão que a do Mega Drive.

Ainda no NES, apelei para uma tranqueira, o famigerado Street Fighter IV. Esse bootleg sem vergonha, acreditem, ficou jogável! Os golpes passaram à sair sem problemas (fiquei abismado!).   

E, para finalizar o “rolê”, fui até ao Game Boy. Experimentei Raging Fighter (esse esquecido da Konami) e Samurai Shodown. O primeiro, é um jogo muito travado. Você precisa entender como operar naquela lentidão para, depois que se acostumar com o timming, os comandos saírem. No GB original, é um verdadeiro parto mas, já havia jogado com controles de Mega e havia melhorado bastante. Com os arcades, esse ganho se manteve.

Agora, o port de “Samurai” feito pela Takara, a meu ver, supera (e muito) a versão do Game Gear. Ele é bem gostosinho de jogar no portátil mas, como os “manches”, me fizeram pensar que estava em um flíper... simplesmente, sensacional! 

Esses mesmos controles no Atari – No princípio, o comum, era o uso de manches nos controles de videogames. Não importa se era nos fliperamas ou em casa, essa era a forma de se jogar. As coisas mudaram quando a Nintendo quis levar o público de seus Game’n Watchs para o vindouro Famicom. O layout dos controles eram, praticamente, os mesmos.

Quando ganhei meu Master System, o fato dos conectores terem o mesmo formato dos de Atari, me fez ter a curiosidade, em saber se funcionavam um no outro (quem, nunca?). Ao constatar que sim, sentir como era jogar Frostbite, Keystone Keapers, Q-Bert entre outros, pareceu estar diante de outros jogos, tamanha, foi a diferença. À época, pouco acostumado à pads, fiquei por aí.

Passados mais de trinta anos, como seria “voltar às raízes”? Durante esse período, o controle de 6 botões do Mega Drive, foi o que mais tive contato. Por conta disto, com os sistemas que tive/tenho contato via emulação, é ele que utilizo. A resposta dos pads em relação aos sticks é mais rápida e, por isso, o dinamismo é maior. Por outro lado, os arcades modernos, têm chaves bem responsivas também.

Assim, revisitar aqueles games de minha infância, foi como viajar no tempo. A adaptação aos controles arcades novos que adquiri, foi imediata. Até porque, como disse lá no comecinho, esse era o normal nos anos oitenta e, a memória muscular, foi reativada com sucesso.

Por fim...

No mercado de games, desde sempre, vimos este tipo de experiência diferente, ser oferecida pelas fabricantes de acessórios. Tivemos exemplos da Tec Toy comercializando os controles Asa e Arcade (produzidos pela Quick Shot) para o Master System, a Capcom com seu “Fighter Stick” para se jogar Street Fighter 2 no Super NES, ou mesmo, aquelas gerigonças que se conectavam ao Game Boy. Muitos, nem devem ter tido contato com esses periféricos por, preferirem, os controles padrão ou evitarem custos extras ao comprá-los.

Dada as dificuldades da época, o que foi relatado neste texto, seria impraticável. Hoje, entendo que, se tiver a oportunidade de expandir sua experiência usando um controle diferente, acredito que valha a pena o investimento. Quem ainda não tentou, recomendo.

Então, é isso!

Até a próxima.     

 


 

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