Saudações amigos!
Tudo bem com vocês?
Como “Especial de Fim de Ano”, trouxe esse
texto há muito engavetado. Demorei
bastante para voltar a falar do Zeebo e o farei agora, porém, antes de
continuar, preciso fazer uma consideração.
Este material estava “pré-feito” há anos sem que, tivesse tido a chance,
de voltar à escrevê-lo. O tempo passou, muitas coisas aconteceram e, uma delas,
foi a morte de meu console... ele liga mas, não acessa a bios. Não sou um
colecionador e, os games que tenho, eu jogo. Por essa razão, senti muito o
ocorrido pois gosto bastante dele.
Esta parte inicial, usei para justificar uma mudança de decisão, do que
seria, uma coluna dedicada à este famigerado videogame da Tectoy. Pensei em não
dar mais continuidade, somente, entregar este que já estava quase pronto e
outro sobre o Double Dragon, título, que se tornou o mais cobiçado do sistema.
Não sei o “Dia de Amanhã” mas, por enquanto, fica assim, ok?
Então, feita a explicação, sigam com o material original...
Assim como no primeiro texto, falarei dele por meio dos jogos disponíveis no sistema. Como proprietário de um, tentarei fazer algo que não caia no escárnio, que costumam fazer, em cima desta empreitada desastrosa da Tec Toy.
De início, havia a promessa de bons horizontes, com anúncios, de títulos consagrados de empresas famosas... a Eletronic Arts, foi uma delas. A empresa brasileira, já tinha enfiado, games da EA naquele "Mega Drive Saboneteira" anos antes. Por conta disto, tal parceria, propiciou que chegassem ao Zeebo também.
As coisas começaram razoavelmente
bem, mesmo, com as turbulências vindas desde o projeto (esperava-se um
processador e, tiveram que se contentar, com um mais modesto). Jogos novos
chegavam com certa regularidade, porém, no dia 21 de julho de 2010, Need for
Speed Carbon sumiu do catálogo para download da Zeebo Net. O quê estava
acontecendo? Era o início do fim... aliás, um fim anunciado mas, disfarçado
como "realinhamento de mercado".
Reza a lenda que, os associados
mexicanos - os majoritários - tiveram a infeliz idéia de alinhar o console
brasileiro com o da terra de Chapolim Colorado, mais focado ao público infantil
e forte caráter educativo. A Tec Toy havia apostado no extremo oposto, jogos mais
maduros como Quake 1 e 2 (também retirados do catálogo neste período). Nunca se
deram conta que, tal abordagem, não deu certo em lugar nenhum do mundo? Imagino
que sim pois, acabaram dando kits com teclado e controles novos para os antigos
proprietários na, tentativa vã, de salvar a reputação.
Abrir mão da base instalada de
games mais "parrudos", foi a causa principal do fracasso do Zeebo no
país? A própria trajetória do aparelho, demonstrava, que não teria vida longa
de qualquer forma. Todavia, ajudou sim, na sua derrocada.
O Jogo - Todo console que se preze, tem que ter bons jogos de corrida. Por incrível que pareça, o Zeebo tem bons exemplos à disposição... Need for Speed Carbon, é o mais completo deles. Assim como os grandes do gênero, possui bastante conteúdo à ser explorado e rende bastante tempo de jogatina.
Os modos disponíveis são:
Domine a Cidade:
_ É onde tudo acontece, o "Modo História" do game.
Partida
rápida:
_ Corra Já (O game, escolhe para
você, o carro e a pista de forma aleatória);
_ Corrida em Gangue (Corra, tendo
o apoio tático de um membro de sua gangue. Ele, será o mesmo, que estiver
selecionado no "Modo História");
_ Corrida Rápida (Pode-se
escolher qualquer pista e um dos carros adquiridos no "Modo
História").
Meu NFS:
_ Estatística (Conferir a
carreira, gangue e bônus destraváveis);
_ Opções (Parâmetros como
controles, sons, etc);
_ Dados do Jogo (Salvar, Carregar
e Apagar).
Extras
da EA:
_ Perguntas Frequentes (O
"Manual de Instruções" de NFS);
_ Galeria de Arte (Ilustrações,
encontradas em caixotes espalhados na cidade. Algumas, estão bem escondidas);
Créditos (Os envolvidos na
produção do game).
O Modo História - Como dito
antes, é aqui, que NFS Carbon rola para valer. A longo das corridas de carros e
territórios conquistados, será narrado os desdobramentos da trama, sempre,
acompanhada de belas ilustrações.
Tudo isto acontece dentro do mapa
da cidade, que é bem grande. Graças à isso, é possível ter trajetos bem
variados para todos os tipos de corridas de desafios propostos no game. Tais
missões, também incluem destruir um determinado número de carro de polícia,
entregar um pacote em uma determinada localidade da cidade ou derrotar um líder
de gangue, entre outros.
E como manda a cartilha desta série de velocidade, a quantidade de carros disponível é bastante respeitável. Você tem à disposição 29 modelos emblemáticos como o Pontiac Firebird, Ford Mustang 1967, Lotus Elise, Aston Martin DB9, Porsche 911 Carrera S, Lamborghini Gallardo e mais... todos customizáveis.
Parte Técnica - Aqui, rola uma divergência. Como o Zeebo teve
vendas baixíssimas, muitos dos que criticam, sequer, viram um de perto. Desta
forma, estes que falam mal, provavelmente, só viram vídeos de gameplay no
Youtube.
De fato, se formos comparar essa
versão com a de consoles mais poderosos. O desempenho deste “Need” é inferior.
Ao começar à jogar, nota-se uma lentidão que chegou a me incomodar quando o
encarei pela primeira vez. Entretanto, com o passar do tempo, comprando
veículos mais velozes e fazendo os upgrades, os “bichinhos” ficam bem velozes,
eliminando, a sensação ruim do começo... é questão de costume.
A parte gráfica é competente e a
construção da cidade é convincente. Dá para perceber que estamos saindo do
centro e indo para o subúrbio, ou, adentrando na zona portuária pois, vemos a
mudança nas edificações e mudanças no cenário de forma bem natural.
A parte sonora, possui todos os
sons característicos de um game do tipo mas, o ponto forte, são suas músicas.
Temos canções como Bounce e After Party (Dynamite MC); Hard
Drivers (Ekstrak feat.
Know-1), Signs Of Life (Every Move A
Picture), Sugar (Ladytron), por exemplo e, todas,
capturam o clima underground das ruas e combinam com a jogatina perfeitamente.
E a jogabilidade é precisa e, os carros, respondem de pronto aos comandos. Evidente que, em jogos assim, alguns carros serão mais rápidos e ágeis que os demais e, comprando outros ou adicionando os kits de desempenho, influirá no comportamento dos mesmos na pista. Mas, em nenhum momento, haverá delay que atrapalhará sua condução. Todavia, para não dizer que “tudo são flores”, há um probleminha sim: sempre que o carregar uma música nova, o jogo dá uma travadinha de leve que, em alguns momentos, pode te prejudicar em um ponto mais delicado do circuito. Felizmente, elas ocorrem poucas vezes e, por conta disto, não chegam à comprometer as partidas como um todo.
Need for Speed Carbon é um game bastante divertido,
com muito conteúdo que rende horas e horas de jogatina. Percorrer a cidade,
desafiar e vencer outros competidores, ganhar grana para comprar novos carros e
fazer os “tunings” são uma marca registrada desta franquia da Eletronic Arts e,
esta versão, tem tudo isso.
Além disto, é possível destravar conteúdos extras - as artes conceituais –
espalhadas e escondidas no cenário. Embora não seja algo extraordinário, com
certeza, agrega valor à produção.
O chato de se recomendar um game de uma plataforma
como o Zeebo, é a dificuldade de se conseguir um. Somado ao fato do console não
ter trabalhado com mídias físicas, torna a tarefa de se experimentar alguns de
seus exclusivos (como o famoso Double Dragon) quase impossível.
Ainda assim, caso tenha a oportunidade de ter um
com todos os títulos lançados, digo que vale a pena ter em seu acervo. Eu
mesmo, sinto, que o meu não funcione mais. Só o fato de escrever estas linhas,
já me deu vontade de jogar e ficarei sem poder fazê-lo. É a vida... nada dura
para sempre.
Vou ficando por aqui.
Até mais!




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