Eu pelo menos não posso reclamar deste natal, afinal entre os presentes ganhei Donkey Kong Country Returns e um volante com pedal para PS2 (detalhe: esse último ganhei da minha namorada, e considerando que geralmente as palavras "namorada" e "videogame" são conectadas com a palavra "odeia", só posso dizer que estou muito feliz ^^), e também uma ótima cadeira rotatória, onde estou bem confortável escrevendo esse review.
Muitos de vocês jogadores retrô devem se lembrar de James Pond. Esse peixe espião nasceu nos computadores Amiga e foi um dos diversos personagens que apareceram com a febre dos animais com atitude, gerada após o sucesso de Sonic the Hedgehog.
Mas assim como Sparkster, James Pond não tenta copiar a personalidade do Sonic. Pond é apenas um espião e para ele "Missão dada é missão cumprida, parceiro". Seu primeiro jogo era um joguinho de ação interessante mas bem mediano. Contudo, Pond conseguiu uma sequência, sobre a qual falarei hoje.
Mas assim como Sparkster, James Pond não tenta copiar a personalidade do Sonic. Pond é apenas um espião e para ele "Missão dada é missão cumprida, parceiro". Seu primeiro jogo era um joguinho de ação interessante mas bem mediano. Contudo, Pond conseguiu uma sequência, sobre a qual falarei hoje.
O jogo
- Desenvolvedor: Tiertex
- Outras plataformas: Amiga, Amiga CD32, Atari ST, Commodore 64, DOS, Game Boy, Game Boy Advance, Game Gear, Genesis, Nintendo DS, PlayStation, PlayStation 2, SEGA Master System, SNES
- Data de lançamento: 1991
- Gênero: Action/Sidescrolling Platform Game
James Pond conseguiu derrotar o Dr. Maybe no primeiro game, mas este decide voltar com um plano ainda maior: implantar bombas em todos os brinquedos do mundo. Para isso, decide tomar para si a fábrica de brinquedos do Papai Noel, tornando seus gnomos ajudantes em escravos. Assim James Pond é recrutado novamente para frustras os novos planos do Dr. Maybe. Para isso, a sua organização secreta , F.I.5.H., lhe fornece um traje robótico, o Robocod, com o qual Pond poderá alcançar lugares mais altos e se proteger dos perigos que o aguardam nessa nova aventura. É uma história bem simples e bobinha, mas é o que basta para incluir o clima natalino e atrair a garotada. Fica clara também a homenagem ao filme "Robocop". Além do traje, a música tema do jogo é um remix do tema original do famoso filme dos anos 80.
Ao começar o jogo, podemos ver a enorme fábrica de brinquedos do Noel, sendo que esta parte funciona como um hub onde cada porta leva a uma das 50 fases do jogo. Pelo que eu andei jogando, as portas estão trancadas e vão se abrindo assim que um estágio é concluído. É bastante linear, mas é interessante poder explorar a fábrica pelo lado de fora também.
Os estágios são bem surreais: o cenário ao fundo é abstrato, e as plataformas e pisos consistem em brinquedos e doces, entre outras coisas para deixar o clima bem natalino. Os inimigos variam entre passáros feitos com cartas de baralhos, luvas e robôs, carros de brinquedo assassinos, entre outras bizarrices.
Os gráficos são muito bons e ficam devendo muito pouco em relação às versões do Amiga e dos consoles mais poderosos. Minha única reclamação é que o cenário de fundo é o mesmo em todos os estágios, e é bem monótono quando comparado aos cenários abstratos, psicodélicos e divertidos das outras versões.
Os gráficos são muito bons e ficam devendo muito pouco em relação às versões do Amiga e dos consoles mais poderosos. Minha única reclamação é que o cenário de fundo é o mesmo em todos os estágios, e é bem monótono quando comparado aos cenários abstratos, psicodélicos e divertidos das outras versões.
No quesito sonoro o jogo se mantém no clima natalino, com músicas bem leves e com direito até ao Jingle Bells. Não é nada muito empolgante, mas não atrapalha e dá até um certo charme ao jogo. A músiquinha tema remix de Robocop é bem legal, e fica na cabeça por um bom tempo. Os efeitos sonoros são bons, embora não tão variados.
Agora, quanto ao gameplay, o jogo não inova muito, mas é divertido e cumpre o papel de ser um ótimo game de plataforma. Os controles são muito simples, embora eu não tenha gostado do botão 1 ser o botão de pulo. E no melhor estilo Mario, Pond mata seus inimigos pulando em cima deles, sendo que boa parte dos inimigos exigem mais que um pulo para serem derrotados. Já o botão 2 aciona a habilidade de esticar o corpo de Pond, para que este alcance lugares mais altos. Ao atingir o teto, Pond se agarra nele com as mãos e pode atravessar longos trechos enquanto se segura no teto. Essa habilidade é bem explorada no level design, que aliás é bem bacana e sabe bem como desafiar o jogador, embora seja frustrante em algumas partes. O jogo não é impossível, mas possui trechos onde um erro no pulo faz com que você tenha que repetir boa parte do estágio, o que pode resultar em controles sendo arremessados na parede.
Além disso, o jogo possui áreas secretas, muitos itens coletáveis e power-ups muito legais (os quais são adquiridos em caixas que devem ser acertadas por baixo, no mesmo estilo Mario Bros), como as asas que garantem a habilidade de vôo, e veículos como o carrinho de brinquedo. E a cada dois estágios, Pond deve enfrentar um chefe, que na maioria das vezes consistem em brinquedos gigantes.
O mais curioso é que este jogo possui versões para o Playstation 2, Gameboy Advance e Nintendo DS. Essas versões são remakes do jogo, com level design diferente e o novo objetivo de procurar os ajudantes do Papai Noel durante os estágios para habilitar a saída. Joguei a versão do Nintendo DS e gostei muito, embora a maioria considere essas versões as piores, criticando o novo level design.
Conclusão
James Pond 2: Codename Robocod não é um jogo revolucionário no gênero de games de plataforma, mas sabe ser um jogo divertido, com personagens carismáticos e bem desenhados, e desafio na medida certa, embora não esteja totalmente livre de falhas. Mas no geral é um ótimo jogo, um excelente port do Amiga para o Master e um dos poucos jogos com temática natalina. Enfim, é um jogo recomendado para quem curte jogos de plataforma.
E é isso, pessoal. Com este review, vou entrar em um breve recesso do QG Master, mas em Janeiro devo voltar disposto a continuar os reviews dos jogos do Wonder Boy, além é claro de novas idéias para contribuir com o nosso blog.
E até o próximo post, é claro! =)
Bom post de Retronatal, Adinan.
ResponderExcluirO joguei até o fim a versão de Mega Drive desse jogo. Era alugado e por ser muito difícil, acabei tendo de enrolar o cara da locadora por cerca de um mês.
Também cheguei a jogar a versão de GBA e infelizmente, o Robocod é rápido demais para uma tela tão pequena. Por isso o jogo acaba se tornando irritante. =(
@yoritoshi
ResponderExcluirOpa, valeu! Esse jogo é muito bom, melhor ainda no SNES e Mega Drive, vou ver se zero ele também. =)
Não lembro se na versão do DS o Pond era rápido demais, acho que no DS eu consegui jogar de boa. Mas no geral sou muito mais o jogo original.
Abraços
Feliz natal, ano novo e dia de reis, Adrian e Leo S.! O TecFusion também tá com novidade de fim de ano (mesmo não tendo nada a ver com festas, LOL)! Confira! http://tecfusion.blogspot.com/2010/12/review-super-r-type-classico-dos-shmups.html
ResponderExcluirMuito bom Adinan, tenho que confessar que joguei muito pouco esse jogo, aluguei umas duas vezes e só. Acho que pelo que você mesmo disse, o cenário de fundo é muito repetitivo, isso cansa.
ResponderExcluirMas esse review é uma ótima oportunidade para eu botar a mão no jogo e zerar ele.
Abração!
Fantástico o texto Adinan, assim como o Leo S. disse eu também não cheguei a jogar muito esse jogo, mas vejo que ele é um bom jogo mesmo tendo os gráficos repetitivos, vou ver se eu arrumo um tempo pra dar uma chance à ele.
ResponderExcluirAbraços!!
@Light Force
ResponderExcluirO correto é "Adinan" rsrsrs mas tá valendo. Feliz ano novo! =)
@Leo S.
Valeu Leo. Para um port essa versão ficou muito boa, mas o cenário de fundo repetitivo cansa muito. Se for pegar pra zerar, recomendo as versões de SNES e Mega Drive. A de Mega é a melhor na minha opinião graças a trilha sonora que deixa a versão de SNES no chinelo.
Abraços =)
@Matheus T.
Opa valeu Matheus. Esse jogo é um clássico e vale a pena arrumar um tempinho para ele. Vale a pena jogar as versões 16-bits e comparar com essa versão do Master, porque embora o cenário seja repetitivo, percebe-se que é um port de qualidade.
Abraços =)
Man... eu era doido por esse jogo no megão. O de master nunca joguei, mas parece ótimo. Achava o máximo o cara esticar o corpo para alcançar partes altas da tela.
ResponderExcluirE nem imaginava que a música era remix do tema do Robocop, porque mal lembro da trilha do filme. E achei totalmente bizarro, porque ao ouvir os primeiros acordes aí no vídeo pensei que ia tocar "Quem tem medo do lobo mau" ^_^
@Orakio "O Gagá" Rob
ResponderExcluirPode crer, no Mega Drive esse jogo é maravilhoso! A única falha da versão 8-bits é o cenário que se repete em todas as fases, mas a jogabilidade ficou intacta.
A música tema do Robocop você pode ouvir aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Z0oNtFhMaiM
Depois de ouvir a versão original, fiquei ainda mais fã da musiquinha do Robocod! =)
Abraços