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domingo, 21 de abril de 2013

Master Review - Forgotten Worlds (1991)










Olá, pessoal!
Aqui estou eu novamente para conversamos sobre mais um game de nosso amado Master System, o Forgotten Worlds. Sem mais delongas, vamos lá e boa leitura.

A capa nacional de Forgotten Worlds
Forgotten Worlds (FW) é um dos clássicos da Capcom que receberam ports para os mais diversos videogames, tanto os de sua época, como em coletâneas para consoles mais recentes. Originalmente produzido em 1988 para arcades, esta versão de Master System (SMS) foi convertida pela Sega em 1991. Aliás, a “Mãe do Sonic” foi a responsável por quase todos os jogos lançados para o sistema - entre originais e conversões – durante os primeiros anos de vida dele. O Mega Drive também ganhou uma versão que, graças à seu maior poderio, conseguiu ficar bem fiel ao original.

Enredo - FW é um shooter de ação lateral e conta a história do Unknown Soldier (Soldado Desconhecido) que, em um futuro distante, luta contra uma entidade demoníaca chamada Emperor Bios (Imperador Bios). A Terra já estava completamente devastada pelas forças do mal a ponto de passar à ser chamada de Dust World (Mundo do Pó).  
Ao longo de 5 fases, o herói terá que transpor muitos perigos até que a paz esteja novamente restaurada. Sua primeira missão será The Metropolis (Round 1), seguida de The Doomed Harbour (Round 2), The Pyramid Of Terror (Round 3), The Ocean Floor (Round 4) e The Cosmic World (Round 5).

Game Play – Assim como aconteceu como outros ports produzidos pela Sega para o SMS, a primeira coisa que se faz notar é a ausência de um modo cooperativo, ou seja, a opção de dois jogadores simultâneos foi eliminada. Por esta razão, como não há um segundo player, qualquer citação à ele também foi suprimida da história (em cutscenes entre fases e final). À saber, na versão original, o Player 1 controlava o Soldado Desconhecido Nº 1 (de armadura azul) e, o Player 2, o Soldado Desconhecido Nº 2 (o de armadura vermelha). Isto pode frustrar aquele jogador que já conhece o título antes desta versão, entretanto, o resultado obtido aqui ficou muito satisfatório já que o principal foi preservado.
Você controla um guerreiro que flutua no cenário, atirando em alvos que aparecem ao ser redor durante as cinco fases de ação ininterrupta. Os controles consistem em mover o Soldado com o Botão Direcional enquanto os botões 1 e 2 servem para rotacioná-lo em sentido horário e anti-horário respectivamente. Fazendo isto, você consegue variados ângulos de disparado dando-lhe uma amplitude pouco vista em jogos no gênero. Os tiros são dados automaticamente, ou seja, o jogador só fica responsável por mover seu sprite na tela. Em momentos de desespero, apertando os mesmos botões 1 e 2, mas de forma simultânea, será executado o Mega Crush que é uma carga energética que elimina todos os inimigos presentes (ao custo de parte de sua barra de vitalidade).
Além disto, você é acompanhado por um satélite de combate que lhe confere maior poder de fogo com suas armas especiais, estas, que podem ser compradas nas lojas que aparecem ao longo de sua jornada. Essas armas, bem como os itens especiais, podem ser adquiridos com Zennies (Zn), a moeda local de forma esférica e azulada que aparece quando algum inimigo é abatido.

Este chefe é intimidador, não é? Ele vai dar um trabalhão até sacar qual o macete para vencê-lo.
Ao iniciar o game, poderá optar por três níveis de dificuldade, Easy, Normal e Hard. No primeiro, iniciará com 5000 Zn, no Normal com 2500 e no Hard nenhum. Outras diferenças são a quantidade de inimigos - com suas respectivas resistências maiores ou menores de acordo com o nível escolhido - e a força de seus disparos e o quão rápidos eles viajam pela tela.
Estes são os tipos de satélites disponíveis:
_ V Cannon – É o que começa contigo na primeira fase. Seus tiros são fracos e abrem-se em V (como o nome já diz);
_ Auto-Tracking Missile - São pequenos mísseis perseguidores que custam 5000 Zn;
_ Rear Blaster – Dispara feixes no sentido oposto de seu movimento. Custa 2000 Zn;
_ Fire Bomb - Custa 5000 Zn e atira pequenas bombas de fogo, porém, possui saída lenta;
_ Multi Directional Shot - Este satélite custa 3000 Zn e dispara em oito direções diferentes;
_ Bounce - Seus disparos ricocheteiam nas paredes. Custa 30000 Zn;
_ Burner - Este satélite é um lança-chamas poderoso que custa 20000 Zn;
_ Laser - Laser com capacidade de atravessar inimigos. Esta belezinha custa 20000 Zn;
_ Rolling Barrier - Custa 50000 Zn e consiste em duas esferas marrons que orbitam o seu guerreiro destruindo os que encostarem nelas. Além disto, dois tiros extras são atirados de sua arma padrão;
_ Vulcan Cannon - Por 50000 Zn, terá à disposição disparos poderosos de boa varredura frontal;
_ Vulcan Spreadshot - Com 80000 Zn, terá esta arma que atira quatro projéteis de largo alcance;
_ 4-Way Laser - Custa 30000 Zn e são dois feixes laser acionados para a frente e dois protegendo sua retaguarda;
_ Fragmentation Ball - Os 99900 Zn que lhe darão uma arma que atira grandes esferas que, atingindo o inimigo, espalham outras quatro menores com "função teleguiada”;
_ Fire Ball – Também por 99900 Zn, poderá comprar esta, que é, a arma mais forte de Forgotten Worlds. É similar à Vulcan Cannon, exceto, que os disparos são pequenas esferas laranjas com poder de destruição bem maior.

São nas lojas que surgem nas fases de Forgotten Worlds que são gastos todo seu dinheiro na compra de armas e itens. A mina é gatinha, mas mete a faca sem dó nos preços.
Já os itens são:
_ Life Potion – Custa entre 3000 e 10000 Zn e irá revivê-lo quando sua barra de Fife se esgotar. Funciona, literalmente, como uma “Vida Extra”, o famoso “1 Up” ;
_ Protector - Custa 5000 Zn e dará ao guerreiro cinco pontos de proteção antes que seu Life comece a esgotar de fato;
_ Repair Kit - Por 1000 Zn, terá reparado seu Protector;
_ Power Pack – Este, pode custar de 600 à 5000 Zn e aumentará seu medidor de Life;
_ Flying Stone - Comprando isto por 100 Zn, terá sua mobilidade em tela aumentada. Pode escolher entre as velocidades Normal, High e Super High;
_ Treatment - Restaura todo o Life do Soldado Desconhecido de uma só vez. Custa entre 300 e 10000 Zn;
_ Booster – Terá seu poder de fogo aumentado por 10000 Zn;
_ Super Booster – Aumentará ainda mais a força de seu tiro. Custa 30000 Zn;
_ Aqua Stone: Custa apenas 300 Zn e está disponível somente na quarta fase. Esta pedra te dará mobilidade debaixo d’água, do contrário, ficará muito lerdo e mais vulnerável aos ataques;
_ Dress - Adquirindo isto por 99900 Zn, ganhará 1000000 pontos extras ao completar o jogo;
_ Yellow Star – Este upgrade aparece uma única vez ao longo do game. Se encontrá-lo receberá 5000 Zn;
_ POW – Quando o avistar, pegue-o e terá parte de seu Life restaurado;
_ Treasure Chest – Ítem único que vale 5000 Zn.
_ Star In Red Circle – Também, um item único no jogo. Restaura completamente o Life;

Em FW original, era possível jogar com duas personagens, os Unknown Soldiers (Soldados Desconhecidos) 1 e 2. Como no Master System a função multiplayer não existe, toda e qualquer referência ao Nº 2 foi suprimida.

Considerações Finais – Forgotten Worlds é um dos clássicos do mundo dos games e vale a pena ser conferido, mesmo esta versão mais simples de Master System.
A Sega era muito competente e, por conhecer seu hardware, sabia até onde era possível “forçar a barra” para obter resultados mais satisfatórios. Não sei até que ponto ter o modo multiplayer comprometeria o restante do conjunto mas, era praxe da empresa, limar esta função nos ports que fez para o Master como em Alien Storm, Bonanza Brothers, Streets of Rage, entre outros. Ainda assim, acho uma perda irreparável não poder dividir a ação com um amigo em jogos como este.
Mesmo com este porém, FW é um trabalho bem acabado, com bons gráficos, som e jogabilidade. No visual, não está nem abaixo nem acima comparado ao que se produzia no início dos anos 90 e, posso dizer, que cumpriu seu papel. Com relação à parte sonora, acredito que se saiu melhor que os gráficos pois tudo é nítido, entre música e efeitos uma vez que a Sega conseguiu fidelizar as boas composições presentes na versão original de arcade.
Já a jogabilidade é exata e rápida, como um bom shooter precisa ter, ainda mais, neste caso que é um jogo acima de média em sua dificuldade. A necessidade de se rotacionar a personagem para que atacar em vários ângulos, com certeza, traz maior desafio aos iniciantes. Os programadores  souberam driblar a questão da pouca quantidade de botões no controle do SMS, optando por fazer os tiros serem acionados sozinhos, sem um comando próprio para isto. Pode ter perdido em complexidade natural mas ganhou em praticidade e, neste exemplo, a simplicidade não implicou em um problema.
Por fim, digo que que, nos tempos onde emulação cabe até nos telefones celulares, dizer  “jogue apenas esta versão caso não tenha as outras mais parrudas”, fica um tanto esquisito frente ao fácil acesso que temos hoje aos títulos que quisermos experimentar. Entretanto, recomendo que jogue todas, começando, justamente, por esta versão até como comparação. Talvez, possa acontecer com você o mesmo que aconteceu comigo, de ficar ainda mais admirado em constatar como a Sega mandava bem, tanto na criação, como nas conversões de grandes sucessos para seus consoles de 8 e 16 bits.
Bons tempos que não voltam mais...



7 comentários:

  1. Caramba esse jogo é um clássico me lembro de ter lido numa revista na época era a VideoGame e na capa tinha uma matéria referindo como zerar ele.E´um jogo bem divertido viu não tive a oportunidade de jogar a versão do Master só joguei a versão do arcade.
    Que saiu para o Ps2 naquela coletanea de jogos da Capcom Collection vol1 é bem interesante o sistema de compras de itens e equipamentos.

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    1. Saudações, "Rock"!
      As publicações da época no Brasil (creio que, em TODAS ELAS), usaram certas imagens para mostrar o quanto Forgotten Worlds é bom. Usaram bastante o chefe da segunda fase para isto, o mesmo que selecionei para este review, por exemplo.
      FW é um game bacana mas, como conheci as versões de Mega e Arcade antes, o fato de não ter um modo multiplayer, acabou contando de forma negativa. Entretanto, para uma experiência single player, este dá conta do recado sem problemas.
      Até mais!

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  2. Douglas,
    Esse é um jogão e você trouxe o review completinho! Trouxe os itens e tudo mais, uma jogo que não podia faltar no nosso arquivo.
    Não parece bom, parece ótimo. Só é uma pena o único jogador, acho que é a unica desvantagem da maioria dos games de Master.
    Como você é o shooter-man do QG eu sugeriria a você uma matéria sobre Alien 3, o que acha?

    Valeu e parabéns pela matéria.

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    1. Olá, Rodrigão!
      Tudo bem?
      Meus últimos reviews foram de sobre shooters, e eles, possuem muitas armas e ítens. Em FW World então, há a possíbilidade de se escolher qual usar ao longo do jogo e no momento que achamos melhor. Como são várias opções, achei por bem descrevê-las de forma um pouco mais detalhada.
      Agora, quanto ao Master System, creio que a experiência em jogá-lo é um tanto "solitária". Explico... cerca de "90%"do títulos (número meramente ilustrativo pois não sei o número total de lançamentos) dos games eram single player. Para piorar pro meu lado, nunca tive muitas pessoas para compartilhar a jogatina... quase sempre, fiquei só nestes momentos. Rss!
      Quanto à sua sugestão, está mais do quê aceita! Farei sim Alien 3! Porém, pode demorar um pouquinho pois gosto de jogar de fato um título para escrever sobre ele... só tenho experiência com a versão de Mega Drive cujo cartucho, ainda tenho aqui. Já a versão de Master, pouco joguei mas, o que deu para notar, é que não faz feio de forma alguma.
      Até mais!

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  3. Excelente análise Douglas! Confesso que nunca fui muito além neste jogo, sempre achei a jogabilidade meio confusa, mas vou dar mais uma chance a esse clássico da Capcom.
    Agora realmente é uma pena esse jogo não ter multiplayer, assim como a maioria dos games do Master. Mas multiplayer sempre requer mais processamento, mesmo nos jogos da nova geração os consoles sofrem para dividir a tela e tentar manter a mesma qualidade da experiência single player. Mas felizmente para o segundo controle não pegar poeira tem sempre Jogos de Verão para salvar o dia! :)
    Abraços

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    1. Valeu Adnan!
      De fato, a "curva de aprendizado" neste jogo é um tanto complicada justamente pela obrigatoriedade de se dominar logo as rotações da personagem na tela. Somado ao fato de se iniciar com uma arma bem "furreca", tornam as coisas mais tortuosas.
      O jogo não é longo e vale sim uma conferida. Assim que pegar a manha com os comandos, dá para avançar bem logo de cara... só que é um game acima da média e vai dar um pouquinho de trabalho.
      Até mais!

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  4. Cara... parabéns pelo Review. Eu si amarrava nesse game, no visual, nos chefões, na pegada pós-apocalíptica... Descobri depois que foi adaptado de uma série em quadrinhos (mangá, pra ser mais exato. Abraços.

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