Saudações amigos, vamos hoje abordar jogos “japoneses” do Master. Que tipo de jogos possuem elementos peculiares da terra de origem do Master System (chamado ainda de Mark III) com objetivo de emplacar apenas na terra natal? Nosso catálogo vai abordar estes jogos geniais, e incompreendidos por um tempo, por dois critérios:
Mesmo sendo produzido originalmente por japoneses, alguns jogos de ninjas como Shinobi e Ninja Gaiden, exatamente por ter como objetivo o mercado internacional, não figuram no catálogo. O sempre lembrado Phantasy Star como tinha um bom mercado internacional, também não entra nesta categoria. Em geral, os jogos que exportaram, precisaram de adaptações, "temperos ocidentais". Pode parecer arbitrário, mas ele nos permitirá um bom recorte. Otakus, vamos nos deliciar com o catálogo.
JOGOS BASEADOS EM ANIME
- High School Kimengumi
- Primeiro, os jogos inspirados nos animes, em geral produzidos no ciclo 1986-1988, feitos em formatos que eram considerados impopulares no Ocidente, como o Adventure e “jogos de celular” nipônicos.
- Segundo, os jogos que foram especificamente voltados para o mercado japonês, e mesmo tendo elementos mangás, não figuram em nenhuma outra mídia.
Mesmo sendo produzido originalmente por japoneses, alguns jogos de ninjas como Shinobi e Ninja Gaiden, exatamente por ter como objetivo o mercado internacional, não figuram no catálogo. O sempre lembrado Phantasy Star como tinha um bom mercado internacional, também não entra nesta categoria. Em geral, os jogos que exportaram, precisaram de adaptações, "temperos ocidentais". Pode parecer arbitrário, mas ele nos permitirá um bom recorte. Otakus, vamos nos deliciar com o catálogo.
JOGOS BASEADOS EM ANIME
- High School Kimengumi
- Hokuto no Ken
- Anmitsu Hime
- Sukeban Deka II
- Zillion
- Zillion II: Tri Formation
- Tensai Bakabon
- Borgman
- Kujaku Ou
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- Anmitsu Hime
- Sukeban Deka II
- Zillion
- Zillion II: Tri Formation
- Tensai Bakabon
- Borgman
- Kujaku Ou
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High School Kimengumi (1986)
High School Kimengumi fala sobre as bizarras aventuras dos estudantes da escola Kimengumi. Anime lembra o conhecido (e mal feito de propósito) Crayon Shin-Chan e o MTV Cartoon Beavis and Butthead.
O jogo é um adventure
que foi lançado originalmente para MSX e depois convertido para o Master System
pela Sega. Os personagens aparecem cabeçudos e bem caricaturados (Acredite,
isso nunca venderia nos anos 80 aqui). Você controla Yui Kawa que anda pela
escola, e sua missão é sobreviver explorando-a e capturando os alunos específicos e fugindo de outros... O jogo tem a sensação de ser
uma ingênua, mas inconsequente anarquia. Para se ter ideia, entrei na sala do
Diretor, acordei ele mexendo em suas coisas e foi game over automático. High
School Kimengumi ganhou uma tradução em Inglês feita por fãs. Se você curte
jogos de pesquisa e exploração, pode se divertir com ele.
Hokuto no Ken (1986)
Hokuto
no Ken também é conhecido também como Fist
of the North Star nos países de língua inglesa.
Num futuro
apocalíptico em que cada um faz sua lei, um guerreiro, Kenshiro, luta por uma
nova ordem e tem de resgatar sua namorada. O anime é famoso por ser pioneiro
pela violência. E não é pra menos, o game é um action em que os inimigos após
serem rechaçados, esfarelam. Seu sistema é bem simples, você corre um trecho
reto com um belo slowscroll de fundo, enfrenta vários inimigos genéricos,
alguns sub chefes, e no final da fase enfrenta um chefe com um zoom. Este foi
considerado o precursor do Street
Fighter, encarando um único inimigo em tela grande, nunca de costas pra
ele, e com uma barra de vida acima.
No Ocidente, sua
versão foi popular no Brasil, como Black
Belt. O jogo seguia a linha do carateca dos anos 80 que vai à briga de
kimono na rua, no vácuo de sucessos como Karatê Kid. Kenshiro vira Riki e tem
de viajar pelo mundo (China, EUA, Japão, Europa) atrás de sua namorada. Não é
só o herói que mudou. Os cenários voltam para o tempo presente (os prédios não
aparecem mais destruídos, as pichações eram bem ingênuas), os vilões do anime
remodelados (para vilões estereótipos, que considerávamos ainda exóticos) o
jogo ficou mais fácil com a presença de mais power ups no céu e o fim de
plataformas em algumas fases. Ainda dá uma dor de cabeça descobrir a fraqueza
de alguns chefes. As duas versões são super recomendadas pelo gameplay
diferente. Hokuto no Ken tem grandes
diferenças, parecendo mais uma continuação do que um hack. Curiosamente, a
Tectoy combinou as duas estórias na sua tradução da capa e manual do game.
Anmitsu Hime conta a
história da princesa (Hime) chamada Anmitsu com a típica rebeldia de fugir das
tarefas reais no estilo O Principe e o Plebeu.
O jogo é um adventure
em que a personagem terá que recolher os pedaços de um mapa para um
restaurante, estudar, lutar contra o tempo e alguns ninjas na floresta. Haja paciência
no inicio para subir escadas e mais escadas no palácio, sem dar um único tiro.
Anmitsu Hime foi
localizado no Ocidente como Alex Kidd
High Tech World. Alex é convertido em uma espécie de príncipe japonês, o
que também influenciou o enredo de Alex
Kidd in Shinobi World. Alex Kidd foi no início do Master, pau pra toda
obra, com “N” referencias a ele em diversos jogos (De Kenseiden à Phantasy Star), sendo o personagem principal aqui,
o que deveria alavancar vendas, quase o mesmo aconteceu em Teddy Boy.
Para se ter ideia, esta
localização é a menos popular de todos os jogos do Alex Kidd. Mas você pode
jogar que dá pra se distrair e ainda há disponível uma boa romhacking em português.
Sukeban Deka II (1987)
O mangá que apenas
depois se tornou anime, conta a estória de uma garota, Saki, que sendo
delinquente (Sukeban) se torna uma agente (Deka) para tirar sua mãe do corredor
da morte.
O jogo é baseado no
OVA “The Girl of the Iron Mask”, em que Saki Asamiya com suas amigas investigam
escolas enfrentando gangues, no melhor estilo Super Shock e Yu Yu Hakusho. Sua
arma é um singelo e mortal yo-yo. O jogo é um action RPG, funciona
como Spellcaster, com um menu para
diálogos, pegar itens e escolher cenários, do qual temos a sensação de ser o
sucessor deste game. Já a parte action, você luta no estilo Double Dragon. E de quebra, entra uma
parte do jogo que temos labirintos 3D como em Phantasy Star. Os gráficos são básicos como em Hokuto no Ken, e as músicas bem divertidas. Sukeban
Deka II não é um clássico eterno, mas pelo seu estilo único, é recomendado
para jogadores retro e fãs de um bom anime.
Dispensa
apresentações! O anime foi utilizado para fazer propaganda do SEGA Mark III. Uma
guerra entre os humanos e raça Norsa divide o planeta Maris. Você controla 3
personagens, J.J, Apple e Champ. Sua missão é encontrar 5 disquetes (isso, no
século XXII voltaram a usar disquetes!), para digitar a destruição do
computador e escapar da explosão. O jogo estreou o gênero Metroid no Master System. Os puzzles são de esquentar os miolos! O
maior barato é a alternação dos personagens após resgatados, diferenciados por
seus níveis e habilidades, o que o torna quase um RPG. O anime e jogo vieram
parar no Brasil na íntegra, ao contrário de seus outros irmãos, pela propaganda do Master
System.
Continuação imediata
do clássico. Surpreendentemente feito no mesmo ano. O enredo é quase idêntico,
resgatar os colegas e adentrar no labirinto Norsa. Desta vez, o subtítulo da
continuação dá ênfase nas motos Tri-Charge. Há fases alternadas, uma num
corredor com a moto (que pode se transformar na Armadura) outro com J.J a pé,
em que explora andares para resgatar colegas e enfrentar um Boss. Os gráficos
são melhorados e o elemento cabeça é suprimido, o labirinto é bem linear,
deixando tudo por conta da ação. Os alienígenas e seus robôs tem uma hierarquia
própria como uma colmeia. Você se sentirá um super herói quando conseguir
desviar intacto dos esquadrões Norsas. Neste jogo, o Barão Ricks dá o ar da graça como último boss. O final
do jogo, um dos melhores do Master, tem clima de despedida. Parece que a SEGA
já sabia que a série estava no fim, devido à briga com a empresa do desenho, a
Tatsunoko.
Anime baseado no
mangá de Fujio Akatsuka, que conta sobre as desventuras do garoto Bakabon e de
seu pai, com o típico humor de periferia japonês, como o já falado Crayon Shin-Chan. Como High School Kimengumi, o anime investe no estilo tosco e piadas
bestas. O jogo é um adventure onde você
controla o Bakabon Papa andando pelo bairro e tendo opções de encontros. Os encontros acessam um menu
de decisões desde conversar até bater. Tensai Bakabon não foi
lançado no ocidente e ainda não possui traduções para o inglês.
O anime é um dos antigos
clássicos dos mecha super sentay, inspirados nos heróis metálicos com capacete
de moto interpretados por atores (tokusatsu). A cidade de Megalo City em 2040 é
atacada por seres de outra dimensão. E sobre a tutela de Gene Memory, Ryo usa a
armadura Borgman para combate-los. O jogo tem caraterísticas de Metroid, com exploração nos cenários.
Há uma razoável opção de armas para Ryo. O visor 3D em primeira pessoa, e as
advertências de sua staff, Gene Memory são muito legais para o clima futurista. A localização ocidental o
transformou em Cyborg Hunter, 200
anos mais no futuro, os ciborgs não são mais os heróis, são os vilões. Ryo é
substituído por Paladin (que nominho clichê!) um caçador de recompensas, sem grandes
alterações visuais. Gene é substituída pela loira Adina. Tirando as moças (você
gosta de loiras ou de japas?) e o texto traduzido pela Tectoy, o jogo é
idêntico, e é bem divertido para quem gosta de um action não linear.
Kujaku Ou (1988)
Kujaku Ou conta a
história de Kujaku Kane, um misterioso jovem com poderes psíquicos e que foi
criado por monges, que os ensinou a usar seus poderes para o bem na luta contra
demônios. O anime tem um enredo forte e gira em torno de deuses e demônios
lutando pela hegemonia no mundo dos vivos e mortos.
O jogo vai na linha
de Sukeban Deka, um action com elementos RPG, com um menu de opções e
diálogos. A jogabilidade é deliciosa, o jovem monge invoca poderes de deuses
hindus à gregos, cada um com uma utilidade e seu nível de poder. Em outros
momentos você tem que quebrar cabeça pra saber como seguir adiante.
Kujaku Ou foi lançado
no ocidente como Spellcaster, a única
alteração foi o uniforme do personagem, que trocou o traje de monge para uma
roupa mais de guerreiro.
A continuação do game
no Mega Drive, Mystic Defender, muda o nome do personagem
como se não tivesse ligação com a versão Master System, e suprime os elementos
RPG’s do primeiro. O primeiro jogo é super recomendado pelo QG.
Último jogo de anime
para o Master System, fora do ciclo 1986-1988, por ter sido portado do Game
Gear pela Tectoy. Baseado no jogo de
Saturn, o anime criou aparência própria se afastando dele, inspirado na versão
Anime de Street Fighter. Nele, Akira e Pai se conhecem e lutam contra um inimigo
(que nem existia no game) chamado Liu e sua criação, o robô Dural. É com este novo clima que o game foi
feito. É um fighting game com cut scenes
baseados no anime, com leves diferenças. O port do Game Gear causou algumas
perdas e a Tectoy perdeu a oportunidade de traduzi-lo, mas mesmo assim é um
game divertido, com 7 lutadores do jogo original pra jogar, além do Story em
que você pode trocar de personagem que você adquire após suas vitorias.
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Os jogos do catálogo tem todo um charme para o público otaku, como mais um material de coleção para o seu anime preferido. Mesmo tendo menos referencias que o NES, o Mark III, digo, o Master teve uma boa representatividade, o suficiente para qualquer colecionador se divertir.
Pois bem, no próximo volume, falaremos dos jogos temáticos sem relações com animes e mangás oficiais.
Até a próxima!
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Os jogos do catálogo tem todo um charme para o público otaku, como mais um material de coleção para o seu anime preferido. Mesmo tendo menos referencias que o NES, o Mark III, digo, o Master teve uma boa representatividade, o suficiente para qualquer colecionador se divertir.
Pois bem, no próximo volume, falaremos dos jogos temáticos sem relações com animes e mangás oficiais.
Até a próxima!
Interessante essa lista de jogos japoneses viu dentre alguns títulos eu ja´tinha lido a respeito aqui no site de vocês só teve uns 3 jogos que não tinha visto e nem ouvido falar.Espero que a segunda parte seja muito empolgante para que eu possa adicionar alguns títulos a minha lista para jogar
ResponderExcluirValeu, Rock, nós sempre falamos de alguns, a ideia foi jogar todos no catálogo. A ideia é mostrar que realmente, ainda tem muita coisa no Master pra cavucar! rss A segunda parte já, já, tá saindo! Abração!!
ExcluirOlha, geralmente eu evito games sem tradução em inglês, mas essa lista apontou alguns games que me fizeram rever meu conceito.
ResponderExcluirEstou ansioso pela próxima lista, coletei ótimas dicas nessa primeira parte.
Parabéns pelo texto Rodrigo, ficou show!
Eu também! rss
ExcluirTem muita coisa que facilitou com as traduções inglês/português, mas como não chegou aqui, ninguém traduziu.
O próximo vamos falar de outros aí, alguns até caem nos nossos clássicos!
Abração!
Curti demais esse catálogo, tem muito jogo interessante aí! Destaque para o Sukeban Deka II e o High School Kimengumi, jogos que felizmente ganharam tradução. Esse do Kimengumi é muito bizarro e aleatório mas é justamente essa bizarrice que o torna divertido. :)
ResponderExcluirPena que não há nenhuma tradução para o Tensai Bakabon, gostaria de saber do que se trata afinal, o jeito é torcer para que traduzam esse jogo.
Abraços Rodrigo e parabéns pelo ótimo post! :D
Sim, eu gosto pacas dos jogos, tive a sensação de "dever de otaku" cumprido quando os joguei. High School é engraçado com os instrumentos musicais e a busca dos alunos certos.
ExcluirAbraços!
Aliás, Adinan!
ExcluirEu já descobri as manhas pra jogar, rola um review ou How to use dele?
Opa com certeza! :D
ExcluirTodos, sem exceção funcionam no Everdrive.
ResponderExcluirSim, uso o everdrive pra jogá-los no console, a experiência é muito boa!
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