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sábado, 10 de maio de 2014

Master Review: Deep Duck Trouble Starring Donald Duck (1993)

Após séculos sem escrever um review para o QG: eis-me aqui. Aproveitando um chuvoso dia livre, resolvi trazer do fundo do baú uma relíquia dos tempos de ouro da dobradinha Disney-Sega que tanto fez a alegria dos gamers no começo da década de 90. Estou falado do bom Deep Duck Trouble com ninguém menos que o Pato Donald.


Um pouco de saudosismo
Lançado no nostálgico ano de 1993, Deep Duck Trouble é também um título para Game Gear. Aparentemente trata-se do mesmo jogo para ambos os consoles como pude conferir no YouTube - quem tiver curiosidade e pesquisar vai constatar o mesmo. 

Mais uma capa com selo de qualidade Disney para o console - e esse é um daqueles títulos que eu conhecia apenas de capa. A única locadora que possuía o título fechou algumas semanas após de eu alugar o saudoso Land of Illusion. Lembro que nessa época o Super Nintendo já passava o cetro para o Playstation se tornar o soberano nas locadoras, o que tornaria fitas para videogames 8-bits artigos de colecionador.


Quando me referi a capa do game, utilizei o termo assinatura e não consigo pensar em outra palavra para descrever os sentimentos que os jogos da Disney trazem para mim. Cada jogo que tive contato nessa época é de alguma forma especial e quando olho para a biblioteca de jogos que o nosso querido Master System teve, acredito que não esteja me equivocando.

Deep Duck Trouble não é diferente. Ainda que não tão brilhante como The Luck Dime Capper (também estrelado por Donald – leia aqui) ou famoso como Castle of Illusion e Land of Illusion com Mickey Mouse como protagonista, esse game tem todo o cuidado e o carinho tão característico de uma produção do gênero da Disney.



Conhecendo mais o jogo
Após voltar de mais uma de suas aventuras, Tio Patinhas descobriu estar com um baita problema. Uma maldição lhe foi jogada. Inflado como um balão e flutuando sem rumo, recorre ao seu sobrinho, e pato mais famoso do mundo, Pato Donald para desfazer o feitiço refazendo os passos da última aventura.

As cut scenes caprichadas do começo do jogo são rápidas e logo somos apresentados a uma paradisíaca ilha que serve de mapa. Não existe ordem definida de fases. O jogador é livre para escolher o ambiente que mais lhe agrada das quatro fases iniciais que escondem artefatos. Juntos, esses artefatos habilitam a entrada de Donald no Castelo (fase final do jogo). 


Posso dizer que cada estágio é bem característico e garante uma diversidade muito boa ao game. Em Volcano temos rios de lava, pequenos vulcões em erupção, pedras rolando. Já Jungle: árvores altas, cipós e espinhos. Ainda temos tempo de mergulhar em navios submersos e passear por perigosas cavernas de gelo.

Pontos a considerar
Dessa vez Donald não vai se valer de uma marreta ou discos para acertar os inimigos (e pessoalmente, sinto falta dessa liberdade do primeiro jogo). O ataque de Donald se resume a pulos em cima dos adversários ou chutes (patadas) em pedras que se localizam em pontos estratégicos das fases. As vezes, a mesma pedra que serve para acertar um besouro pode ser usada como plataforma para um pulo mais alto. 



Um ponto que não posso deixar de destacar são as fases: além de curtas, escassos inimigos (pequenos insetos, peixes, morcegos, etc.) com pouca ou nenhuma dificuldade mais acentuada. Mesmo um jogador menos precavido, frequentemente encontrará itens para repor energia, vidas ou a pimenta que coloca Donald num modo “touro desgovernado” por alguns segundos.

O toque diferente dessa produção foram os bosses de fase. Não há um confronto com eles (com exceção do último chefe). Donald ao encontrar um chefe, deve desviar de obstáculos, esquivar de ataques e alcançar vivo o fim da tela (um verdadeiro modo survival). 



Enfim
A parte gráfica é excelente (eu já falei da qualidade Disney? ^.^). Cada árvore, inseto, ou espinho possuem bom traço e cores agradáveis. Quanto as animações eu posso afirmar que a “reboladinha” de Donald ao andar é bem simpática e fluida. Além disso, temos boas animações para os pulos, ficar parado por tempo demasiado (a lá Sonic) ou em beiradas de abismos/locais altos.

Os controles respondem bem, ainda que o tal “pulo” do personagem aparente ser um pouco curto para determinadas situações. Não posso dizer que as músicas são marcantes: isso ficou a cargo do primeiro game.




Um desafio curto, mas com forte pegada nostálgica. Um clássico da Disney e pecado gamístico redimido desse que vos escreve e que nesses dias teve o prazer de relembrar os bons tempos da infância.

Tenha um bom jogo!

15 comentários:

  1. Caramba eu nunca tinha visto ou ouvido falar desse jogo antes de comprar um dvd com jogos de Master System para ps2 e la´ vi esse grande jogo so´que joguei um pouco e nunca mais cheguei a jogar novamnte.Lendo eu post agora me vem a mente de como ele e´ muito legal e interessante tenho que jogar ele um dia desses de novo

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    1. As produções da Disney para o console sempre possuem um esmero ímpar. Eu aconselho que você jogue e se divirta.

      Um abraço!

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  2. Excelente review Marcel, fico feliz em ver novos reviews seus! :)

    Deep Duck Trouble foi um dos últimos títulos que aluguei pro meu Master, e foi numa promoção da locadora que permitia ficar mais dias com 3 jogos, então aluguei 2 de SNES e este jogo. E olha nem lembro dos outros dois jogos, sem dúvida me diverti muito mais com esse mesmo em tempos do SNES passando o cetro para o Playstation! Gosto mais da jogabilidade deste segundo game, mas é uma pena que seja tão fácil. Se não fosse isso eu ia gostar muito mais deste jogo do que de Lucky Dime Caper. O que mais gostei nesse jogo foram os chefes, achei bem criativo para a época!

    Abraços :)

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    1. Fala Adinan. Blz?

      O que sempre me chamou a atenção nesse jogo foram os chefões. Se tem algo que destaco para qualquer pessoa sobre esse game, são as "batalhas" com os chefões. De resto eu não acho que seja um jogo ruim. Mas, ainda sim, não está no mesmo nível que o excelente The Lucky Dime Caper.

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  3. Eu também me amarrei neste jogo do Donald, o gráfico é mais requintado e a cena dos chefes é bem mais ao estilo do Donald com uma perseguição. É um jogo mais regional, fica numa ilha, quando o primeiro era uma volta ao mundo. Talvez devessem ser invertidos, o primeiro na ilha, o segundo pelo mundo. Mas é bem criativo e vale jogar!

    Abraços!!

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    1. Agora que você comentou que eu fiz essa analogia. Lembrei também de Quackshot (para Mega Drive) que também faz um tour pelo mundo. Talvez esse seja um dos "pecados" dessa produção por assim dizer. Quanto ao gráfico: concordo com tudo que você disse. O jogo é muito bonito.

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  4. Nem lembrava mais desse jogo... aluguei na época e depois nunca mais joguei. Vou jogar no emulador pra relembrar e tentar fazer final, pois não sei se fiz isso na época.

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  5. Sou mais um cara que idolatra o Lucky Dime Caper e quando conheci esta continuação, a ausência das armas e não poder espancar os primeiros chefes me deixaram com uma impressão amarga do jogo. Mas eu tenho que admitir que o level design ainda é competente e pelo menos o chefe final é melhor do que aquela bola de cristal da Maga.

    E a música das cenas de perseguição é ótima.

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    1. Parece que estou me "lendo" (ouvindo). Hehe!

      Também tive muito preconceito com Deep Duck justamente pela excelência que foi o primeiro jogo. Hoje em dia, entendo que cada jogo tem seu estilo - e por isso curto ambos.

      Um abraço!

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  6. Parabéns por esse review ;)

    Apesar de ser um bom jogo, ao que a Disney nos acostumou, continuo a achar o Land of Illusion como sendo o melhor do catálogo na Master

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    1. Caracas, como deixei passar um coment!?

      Obrigado pelo elogio.

      Land of Illusion? Sim, eu também adoro o game mas eleger o melhor é sempre complicado... Pessoalmente acho Wonder Boy 3 o melhor game do master e o Adinan tá aí para concordar comigo.

      Hehe

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  7. Jogão!!! Também gostava muito dos jogos da Disney na era 8 e 16 bits. Este Deep Duck Trouble eu só via nas revistas e tinha muita vontade de jogar. Agora estou fechando no emulador do Master no Nintendo Wii. Bons tempos e belo review!

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  8. eu joguei bastante o master system, continuei jogando um pouco no emulador e nunca tinha ouvido falar desse jogo, até que vi uma playlist que citava ele, resolvi esperar meu m30 para estrear ele, achei um jogo bom, mas com jogabilidade travada, em questão de jogabilidade não chega nem nos pes de lucky dime cuper ou castle of illusion, achei meio morno tb, poucos inimigos e pouca exploração, se o jogo todo fosse feito no mesmo estilo da ultima fase ai sim seria um jogão.

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    1. De fato, este teve menos divulgação e tentou ficar mais fiel aos desenhos animados da época (Duck Tales, etc).
      Mas eu prezava mesmo que a movimentação e os inimigos ficassem como Lucky Dime Caper.
      Abraços

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