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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Meu “Novo” Mega Drive chegou!


Todos aqueles que são, minimamente ligados aos games, sabem do relançamento do Mega Drive. Foi anunciado no fim do ano passado com a abertura da fase de pré-venda e, cujas entregas, tiveram início agora no mês de maio. O meu, chegou ontém (dia 30/05). 
O que poderia falar do “Novo” Mega Drive, diferente, do que já está sendo difundido pela mídia? Nada. Unboxings e reviews podem ser achados, aos montes, pela internet. Portanto, apenas, deixarei minhas impressões.
Lançado em virtude dos 30 anos da Tectoy (e, claro, a parceria com a Sega), o Mega foi o produto escolhido para celebrar isto. Ele nunca deixou de ser produzido aqui mas, trazê-lo de volta ao design original como nos anos 90, tocou fundo no coração do fã mais hardcore. Sim, porque, se a pessoa for mais “racional”, fará as contas e constatará que é mais vantajoso emular em seu PC, smartphone ou jogar seu console de mais de 20 anos que, se estiver inteirão, rodará tudo direitinho.

Olha meu Mega aí! Fiquei felizão quando chegou... até parecia que tinha 13 anos novamente. E, ele vir personalizado então, melhor ainda.

Dito isto, porquê a Tectoy relançou algo novo (que também é "velho") e que, ainda por cima, não apresenta o mesmo desempenho do original? O simples fato de não ser o mesmo produto, é outro, feito para relembrar a trajetória da empresa. A Nintendo fez algo similar, com o Nes Mini. Em suma, é um produto comemorativo.
Ainda assim, lançar um videogame “capado”, sem agregar valor (como a ausência do slot para cartuchos, como já vinha fazendo), ficaria ainda mais complicado de emplacar, mesmo, com a proposta saudosista. Aí, surgiu o fator que fez a balança pender, de forma favorável: a capacidade de ler Roms. Isto, junto o advento do uso de “fitas”, foi um tiro certo para agradar boa parte do público.
Outro “mimo” oferecido, foi a personalização. Aqueles que fizeram o pedido até dia 15/01/2017, tiveram a oportunidade de vir escrito “Especialmente feito para...” no corpo do console. Pode parecer bobeira mas, achei “ducaráleo!”... seria capaz de comprar só por isto! Considerei como algo bem respeitoso com o fã da pré-venda que, sem saber como seria o produto final, apostou e confiou no que receberia. Acredito também, dado o momento especial para a empresa, não ia querer ter seu “filme queimado” com um aparelho meia-boca.  O voto de confiança, foi fácil de dar neste caso. 
O Novo Mega não é perfeito, o seria, se viesse do mesmo jeitinho que era nos tempos áureos. Ainda que, não 100%, o resultado ficou bacana. Em números hipotéticos (não farei contas desnecessárias), cerca de “95%” dos titulos, podem ser jogados com “algum probleminha que, não atrapalha em nada”; “detalhezinhos que, só o fã mais atento, perceberia” ou mesmo, aqueles que “ficaram como o original, sem tirar nem pôr”. Há casos mais raros onde, a parte sonora, foi muito afetada e torna a experiência angustiante. Em suma, este último caso e aqueles que não serão executados de forma alguma (por incompatibidades diversas), são minoria absoluta... felizmente!
Portanto, quem quiser ter uma experiência nostálgica (até despretenciosa), jogando diretamente de um console de mesa, terá horas e mais horas de diversão garantida. É possível ainda, conectar cartuchos japoneses nele. A Tectoy removeu os “dentes de encaixe” na entrada. Entretanto, como o sistema adotado é o norte-americano (como sempre foi), somente titulos da primeira geração, até início de 1991, funcionarão. Posterior à isto, travas de região, foram adotadas na programação dos jogos (há poucas excessões). 

A Tectoy removeu os "dentes" da entrada de cartuchos, que também constavam, no Mega brasileiro. Se ainda tiver cartuchos japoneses aí, poderá encaixá-los.

Falando da peça em si, o acabamento é bonito. O plástico, não é o mesmo tipo do usado há quase 30 anos, porém, não é inferior. Inclusive, o tom mais fosco ficou muito legal porque, destaca, os detalhes mais lisos e brilhantes. Acredito que, esta questão estética, tenha sido levada em conta pois, a entrada para o SD, foi colocada atrás do aparelho, de forma bem discreta.
Não comprei um segundo controle... ainda. O que veio, não tirei do plástico nem para testá-lo, prefiro continuar usando o de seis botões do meu Super Mega Drive 3 – 71 jogos (o último, antes da retirada do slot de cartuchos). Não sei se foi proposital, o novo controle, tem o direcional mais macio que os antigos. Continua super confortável de se jogar, tudo responde precisamente mas, deu uma “pegada” um pouco diferente. Porém, me reservo o direito da dúvida, há muitos anos, não segurava o saudoso controle de três botões. Tal sensação de diferença, pode ter vindo daí.
Estive pensando aqui, “Será que preciso falar de uma caixa de papel?” (Sim! Claro, que preciso!). Também curti bastante, terem lançado, com a famosa caixa com o Altered Beast. Quem viveu aqueles tempos, sabe o impacto de tê-la visto nas vitrines das lojas, nos anúncios de TV e revistas especializadas. Seria ainda mais legal, se tivessem elaborado, um daqueles panfletos/encartes que mostravam os jogos do sistema, com o mesmo layout. Faria com que, o sentimento de voltar ao passado, fosse ainda mais intenso.
Então, é isto...
Ao longo dos anos, este é meu sexto Mega Drive (hoje, são quatro), já tive três Master System (dois, atualmente)... tenho até um Zeebo. Nem preciso dizer, como a Tectoy, faz parte da minha vida e proporcionou momentos divertidos, que lembro com muito carinho. Acredito que, a proposta saudosista, acertou em cheio e, espero, por mais produtos nesta linha (quem sabe um Master System ou um Game Gear?).
Até mais!

11 comentários:

  1. Cara, parabéns! A maioria que reclamou do Mega nem estava a fim de comprá-lo, e outra, muitos desses entram dentro de um shopping e gastam 600,00 reais com tênis Nike e MCDonalds, isso só num fim de semana. Ninguém reclama disso, certo?
    Quem reclama deste Mega Drive não entendeu a proposta nostálgica e histórica do aparelho. Quem reclamou desse Mega Drive errou feios porque já partiu com a premissa errada.
    Parabéns pelo Mega e pelo texto Douglas!

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    1. Saudações! Tudo bem?
      Obrigado pelas palavras!
      Então...
      Acho engraçado, como algumas pessoas, reagem quando algo não sai como esperam. No caso deste Mega, evidentemente, o aparalho não teria como ser como era no passado. Seria lindo se fosse, mas...
      Penso que, a Tectoy, foi muito respeitosa com o público. Ela ouviu críticas (e muitas "caçambadas" também) e veio avisando, via Faq, dos progressos com relação ao desenvolvimento do aparelho. Além disto, até videos com os jogos sendo executados, foram feitos.
      A meu ver, não houve qualquer tipo de fraude por parte de empresa. O produto é este e, a pessoa em questão, tem toda a liberdade de gostar ou não, de comprá-lo ou deixar para lá, por achar, que não vale a pena. Eu mesmo, considerei o tal Atari Flashback fora da realidade e não quis (mais caro que o próprio Mega e só com os jogos da memória). Nem por isto, saí atacando os que quiseram comprar, como muitos fizeram nos foruns, redes sociais e Youtube.
      Em suma, a galera abraçou a idéia e vem dando certo. Enquanto isto, aqueles críticos mais ferrenhos, preferem nos chamar a todos de "trouxas" (ou coisa pior).
      Até mais!

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  2. Fala Douglas!!! Como vai meu amigo? Faz tempo que não dou as caras aqui, mas eu precisa falar sobre esse assunto. Me cocei muito pra comprar um também. Mas pesou na minha escolha de me presentear com esse Mega lindão super saudosita, o fato de não ter guardado sequer um cartucho da minha antiga coleção. E eu ia ficar muito puto em ter um novo "velho" Mega e nenhum cartucho em mãos. Porque, mesmo tendo a entrada para roms, nada supera a experiência de inserir a boa e velha fita que (erroneamente) assoprávamos para funcionar melhor. Enfim, esse detalhe da personalização realmente faz toda a diferença. Inveja define. :) Mas confesso que ainda penso em futuramente comprar um. Por enquanto fico com o meu Mega Guitar Idol da vida que ganhei na promo da Tectoy, emulando lá os jogos. Mas o que me faria tirar o escorpião do bolso sem pestanejar seria um relançamento do Master System, até pq tenho cartucho pra caraleo guardado e mesmo tendo o original funcionando, confesso que preferia deixar ele quietinho no isopor e ter um renovado e com direito a entrada sms para chamar de meu huahuauh. Abração e parabéns pela análise, ficou excelente.

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    1. ops... entrada sms não, entrada SD... rs

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    2. Saudações, meu amigo!
      Tudo certinho?
      Então...
      O fato de ter entrada para cartuchos, também, ajudou na decisão. Eu já seria capaz de comprar, se viesse apenas, com o SD. Mas, como você bem disse, encaixar uma "fita" no videogame, é outra coisa. Se a ideia é reviver os tempos áureos, este procedimento, é indispensável.
      Até mais!

      P.S.: Obrigado pelos elogios.

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  3. Parabéns pela aquisição, Douglas! Esse Mega novo não é perfeito, mas é melhor que o SNES só pelo simples fato dele ser um Mega Drive! huuhahuahuauhahua
    Palhaçadas a parte, eu adorei a caixa e não tinha reparado no lance da remoção dos dentes que não deixava entrar jogos japas, muito bom!
    Eu tô aguardando ansiosamente por um Game Gear com menor consumo de bateria e uma tela melhor. Se a TecToy fizer isso eu vou ficar num hype que vc não faz ideia! hahahaha
    Valeu e parabéns mais uma vez!

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    1. Olá, Cadu!
      Tudo certinho?
      O Game Gear é minha "frustração" de infância/adolescencia. O máximo que puder ver, foi 5 minutos (no máximo) de Space Harrier. Um primo meu, ganhou pelo 2º lugar em um campeonato de games aqui em Santos. Ele vendeu o console logo depois.
      Numa época que, ter mais de um console, era coisa de gente rica, só poderia ter um Master System (ou posteriormente, um Mega Drive). Como justificar a compra um de segundo game, sendo que, para tê-lo, já foi um luta danada? Sem chance! Só fui ter um portátil em 2000, mas foi um Game Boy (o original), que achei num sebo por R$ 50.
      Sendo assim, se a Tectoy lançasse um Game Gear, nem precisaria ter slot para cartuchos... só, rodar roms, já estaria ótimo. Se for esperta mesmo, ainda coloca suporte para execução de MP3 e vídeo, tudo, num "pacote" que não custe mais de R$ 300. Acho que venderia bem, como vem acontecendo com o novo Mega Drive.
      Até mais e obrigado por suas palavras!

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  4. Fortaleceu hein, Douglas?!!
    Gostei muito deste modelo, basta o slot e a questão da compatibilidade com carts japoneses, que já me fez desistir de uma compra boa, agregou de uma maneira fantástica o modelo. Parabéns, nem sei quando terei grana pra uma relíquia dessas!
    Ótima matéria, abraços!

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    1. Saudações, Rodrigão!!!
      Obrigado por suas palavras.
      Então...
      Vez ou outra, acontece aqui, de me reunir com amigos nos chamados "Mega Challenger". Antes levava um notebook para, se ter a mão, qualquer jogo do sistema que inventasse de querer jogar (as vezes, rola de quererem jogar arcades também). Agora, dá para levar o nome ao pé da letra, tudo, jogado no próprio console.
      É um exemplo até bobo - eu sei - mas, acredito que, este é o filão que mais abraçou a idéia deste novo Mega Drive. Quem viveu aqueles tempos e quer ter momentos nostálgicos, terá, com este console... com uma vantagem: Se surgir comentários sobre determinado jogo, ele estará disposição, graças ao SD Card.
      Creio ainda que, a Tectoy, pode ter aberto um mercado interessante com versões de consoles assim. Se vierem Ataris, Master Systems e Game Gears nestes mesmos moldes (ou apenas com o SD), já seriam muito bem vindos.
      Até mais!

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