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sexta-feira, 13 de abril de 2018

GG Review - Megaman (1995)


Salve pessoal. É com satisfação que vamos cobrir um belo Game esperado para os 8 Bits da SEGA. Vamos ver como ficou a versão de Megaman pra Game Gear. 




Megaman é um clássico conhecido da Capcom que estrelou no NES numa imensa franquia. Somente com a quebra do contrato de exclusividade, o game visitou os territórios da SEGA. 
Apenas durante a era 16 bits, a U.S. Gold pegou a batuta de desenvolver o jogo pro Game Gear. Ainda para corrigir tal injustiça antiga, o mesmo foi portado pela turma do  SMS Power pra Master System, além de uma iniciativa de desenvolver do zero o Megaman 2 para o console da SEGA. Torcemos por sua conclusão do segundo! 
Analisemos aqui o primeiro jogo.

Abertura baseada em Megaman 4.

O ULTIMO GRANDE HERÓI
A História é bem conhecida pelos fãs. No ano 20XX, uma legião de robôs, os Masters Robots, construída pelo maligno Dr. Willy decidiu atacar de vez a humanidade. O ex-melhor amigo de Willy, Dr. Light decide agir. Seu fiel assistente, o pequeno robô Rock se oferece (bem no estilo do Robocop moderno) para ser convertido numa máquina de combate, nascendo assim Megaman, um robô que munido do seu canhão de plasma, também tem a capacidade de acoplar as armas dos seus inimigos.  A Arma de um Boss sempre é o ponto fraco de outro Master Robot, e o sucesso da franquia está em descobrir a melhor ordem. Um charme que parece ter inspirado as habilidades em Pokemon.



Nessa versão Game Gear, a U.S Gold decidiu fazer uma daquelas versões "compensatórias" pra versão SEGA, após uma enxurrada de títulos pra Nintendo. Há níveis mistos das versões clássicas de Megaman 4 e 5.  Isso significa que já estão disponíveis dois elementos que ficaram clássicos: O tiro carregado e o dash slide. (Não são encontrados na coletania pra Mega Drive, a Willy Wars) Também há  a ajuda do seu cão-robô Rush Coil, para alcançar lugares altos. 





Quem comparece nesta versão spin-off, são os seguintes Chefes: Stone Man (MM 5), Napalm Man (MM 5), Bright Man (MM 4) e Star Man (MM 5). Parece uma certa economia na versão deste portátil, mas não julgue nada ainda.



GRÁFICOS E SONS
Nesse ponto, há que se elogiar este Game que nem foi desenvolvido pela própria Capcom. Apesar de pouca diferença, o game aproveita bem o gráfico devido à extensa  paleta de cores do GG. O Som não fica atrás, coisa que a U.S. Gold sempre foi competente, mas a diferença maior se faz pelas limitações sonoras do GG. Os tiros tem um som diferenciado. Curioso é o brilho do tiro  carregado e o show de luzes na fase de Brightman.   


Dica-Spolier: Recomendo iniciar com Stone Man ou Star Man. 

Os chefes de Megaman são como Pokemons: Gostamos de "colecioná-los" a cada volume deste jogo. Há a escolha de enfrentá-los, apesar de acabar escolhendo sempre o mais fraco primeiro. 

Uma das mais curiosas que vamos destacar é a fase de Napalm Man:




Extremamente polêmico, reproduz a fase de Megaman 5, em que há referencias à Guerra do Vietnã. Eu sempre estranhei que o cenário que aparecia no preview das revistas era uma selva tropical com palmeiras e tigres, animais típicos da Ásia Tropical.


Armadilhas típicas da Guerra do Vietnã
As armadilhas no chão eram típicas dos vietcongs, além do próprio nome do Boss, uma arma mortal da guerra , em que seu uso é considerado crime contra a Humanidade. Extremamente ousado este tema da Guerra Fria ser inclusive lembrado na adaptação de outro sistema.





Quem me passou essas informações quentes foi uma das maiores especialistas de Megaman, a incrível Michelle Verissimo. (Muito Obrigado, mana! ;) )
A fase ainda adentra em túneis com misseis-brocas de fazer inveja ao Mario, e o Chefe tá louquinho pra te explodir. 



Já a Fase do Stone Man, uma base incrustada  numa pedreira, tem os típicos inimigos "amendoim", que se protegem num capacete protetor. Há bastante itens escondidos como o E-Tank (você seleciona e recarrega Life e Tiro Especial). 



Os "Morcegos" são sensíveis quando sentem que você está carregando o Tiro. Stone Man luta baseado na força bruta, papel que pertencia ao Gutsman no primeiro jogo. 




Na Fase do Star Man, a minha preferida, a Gravidade é alterada, como seus saltos o que traz alguns perigos. Chuva de meteoros, navinhas e máquinas lunares, você terá de temer espinhos no chão e no teto. 




O chefe Star Man luta com estrelas que orbitam seu corpo e lançam contra você. Também é meu Boss preferido!


A fase de Bright Man, há abismos e ataques luminosos. Você será ofuscado ou lançado na escuridão total, isso quando não cavalgar um grilo robô ou pular numa gangorra que cai. O chefe vai tentar roubar sua luz.




Se você acha que é pouco, a grande surpresa: você entra no estágio de Quick Man (MM 2) e enfrenta Wave Man (MM 5) e Toad Man (MM 4). Só há um trecho de escalar bolhas infernal no meio disso.


Só depois é hora de enfrentar o Dr. Willy cara-a-cara. Fãs puristas da ordem dos inimigos do NES, terão de rever seus conceitos. Como sempre fui fã do personagem, mas não tive um NES pra aprofundar, não vi nada demais nos novos pontos fracos dos vilões.


Há passwords para economizar a jornada de quem foi guerreiro e avançou fase-a-fase.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acho que fãs das versões NES vão dizer que não se compara, mas eu voto positivo pra este Megaman que começou a atender (atrasado, é verdade!) ao público da SEGA, ele não ficou feio no portátil desenvolvido pela U.S Gold. Megaman de Game Gear é diversão garantida.













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