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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Master Review - Dick Tracy (1990)















Saudações, Master Maníacos!
Tudo bem com vocês?
Voltando ao tema dos reviews, pensei em fazê-lo agora, baseado no game deste personagem bastante antigo... o Dick Tracy. Ele anda sumido mas, como a nossa pegada principal é esta mesmo, o resgate de clássicos, aqui estou.
Vamos lá, porque, o crime não não compensa!

A bela tela título do game.
Quem é Dick Tracy?

É um detetive surgido nas tiras de quadrinhos, pelas mãos do cartunista Chester Gould em 1931. Estreando em 4 de outubro daquele ano, foi distribuída pelo Chicago Tribune Syndicate. Ele o escreveu e desenhou até 1977. Uma das características principais de Dick Tracy, era a de ser difícil de ser baleado, um atirador rápido, inteligente e ter vilões de aparência grotesca. 
Nas histórias, Gould, retratava a violência urbana na cidade de Chicago, mantendo-se atualizado, sobre as mais recentes técnicas de combate ao crime, a ciência forense e aparelhagem eletrônica. Ao logo dos anos, o sucesso, levou o detetive à aparecer em todas as mídias disponíveis, como no filme de 1990 estrelado por Warren Beatty. E é aqui, que entramos! Se, na década de 30, não existia videogames, 60 anos depois, foi possível curtir suas aventuras num Master System. 

O jogo
Aquele fim de anos 80 e início dos 90, a Sega teve que se virar para suprir seus consoles, o Master System (SMS), Game Gear e o Mega Drive/Genesis. Desta forma, se encarregou, de criar os games baseados na película de cinema do defensor de Chicago. 
Numa comparação direta entre Master e Mega, a empresa, conseguiu fazer com que ficassem muito parecidas (dada a capacidade de cada aparelho), seja em jogabilidade, gráficos e sons. É fácil notar que se empenharam nisto, talvez, para que os donos do 8 bits, não se sentissem "desamparados".

Dick Tracy "tocando o terror" na bandidagem.

O jogador se desloca da esquerda para a direita, socando, atirando (Botão 1) e saltando (Botão 2). Até aqui, seria como a grande maioria dos jogos desta época mas, há um diferencial que agrega muito ao gameplay: é possível atingir elementos (bandidos, janelas, etc) que se encontram no fundo do cenário. Segurando o Botão 1, Tracy dispara sua "Tommy Gun" e, com o direcional, você guia a saraivada de balas.
Outras implementações interessantes são as fases que o detetive - "pendurado" na lateral do carro - precisa atingir meliantes vindos de outros carros, além, das de bônus. Nesta última, dentro de uma galeria de tiros, é preciso acertar apenas os bandidos e evitar atingir os cidadãos (Botão 1, atira para a esquerda e o 2, para a direita).

Gráficos, sons e jogabilidade
Ao longo das 6 fases (divididas em três áreas cada), enfrentará uma horda de gangsters vindos de todos os lados. Entretanto, o início de sua jornada, terá um desafio extra: os próprios controles. Como os comandos são um tanto "lerdinhos", precisará se acostumar com o delay. Felizmente, não é um problema tão grave que atrapalhe, por completo, a experiência.
Os gráficos são decentes, porém, apresentam muita repetição de elementos nos cenários. Em compensação, eles conseguem captar a atmosfera do filme, com seu visual cartunesco inspirado nas histórias em quadrinhos. Vale ressaltar ainda, as ilustrações (tela título, entre-fases e bonus stage) de qualidade, grandes e bem definidas. Outro ponto que merece elogios, foi terem conseguido manter o efeito de marcas de bala nas paredes, algo muito raro, de se ver num 8 bits.
Já a parte sonora, é o de praxe no gênero e cumpre o seu papel. As melodias são boas e conseguem embalar a jogatina.

Dois momentos, que o game, apresenta jogabilidade diferenciada.

Considerações finais
Dick Tracy não deixa de ser um game bacana, mesmo, com os pequenos problemas. Muitos neste período, apresentavam os mesmos "defeitos" e, nem por isto, deixávamos de jogar. Neste, pegando o timing da resposta aos comandos, você progredirá tranquilamente.
Um costume que a Sega tinha, era fazer versões diferentes entre Master System e Mega Drive. Desta forma, uma não inviabilizava a outra e, ambas, poderiam ser jogadas no 16 bits via adaptador. Entretanto, não é o caso aqui pois, no Master, é como se fosse um "demake".
Hoje, em pleno 2020, onde tudo está à mão de forma tão fácil, chega a ser ridículo afirmar certas coisas. Mesmo assim, digo que, se tiver que optar por uma única versão, encare a do "Megão das Massas". Agora, se nos colocarmos no lugar daquele moleque em 1990, que só tinha um "Master Singelo" à disposição, alguém diria que ele se sentiu frustrado? A meu ver, de forma alguma.
Até mais!

As marcas de balas ficam nas paredes, efeito raro em games da época.


6 comentários:

  1. Este jogo parece ser maneiro viu me lembro de ter curtido muito o filme na época quando passou na tv. Quando tive meu Master System nem fazia ideia que tinha um jogo baseado no filme vou adicionar ele na minha lista pra ser jogado depois.

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  2. Joguei bastante a versão de Mega, o seu review me deu vontade de conferir essa de Master também, aliás bom texto.

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  3. Um vizinho tine este jogo, nunca consegui zerar.

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  4. Excelente análise Douglas, eu gostei bastante tanto deste jogo como a versão do Mega também, e para o Master mandaram muito bem neste game. Vou rejogar e relembrar este clássico! Abraços

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  5. O Master fazia artes incríveis. Como essas do personagem.

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  6. Olha o Dick Tracy no QG!!
    Sempre fui fã do personagem,e apesar de ter jogado pouco, eu reconhecia o valor deste game, ainda mais na fase de pendurar no carro.
    Ficou ótima matéria, parabéns!!

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