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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Master Review - Jurassic Park (1993)


Saudações a todos os amigos do QG! O Master ainda está vivo e este review não podia faltar! Vamos a um game muito querido. Vamos ver Jurassic Park para SMS!


VOCÊ QUE TEM IDÉIAS TÃO MODERNAS
É O MESMO HOMEM QUE VIVIA NAS CAVERNAS

Um dos filmes mais esperados na década de noventa foi esta produção do mestre dos efeitos especiais, Steven Spielberg. Jurassic Park foi um filão do cinema, caríssimo pelos efeitos especiais e despertando um novo dilema pra ciência. 
Com as investigações sobre o DNA, cientistas decidiram montar o safari mais inusitado de todos: um parque temático com dinossauros reconstruídos geneticamente. O Jurassic Park, batizado com o nome do período auge do Mesozoico, graças ao sangue que ficou imortalizado em mosquitos conservados em pedra âmbar, e o DNA de sapos! Sim, que imaginação, Steven!  

Você lembra desta cena? Cocô de elefante virou fichinha depois.

O problema é que os dinos fugiram de suas jaulas, podemos começar a nos preocupar. E os bichos que eram todos fêmeas tiveram uma mutação e agora temos machos, e logo em seguida, ovinhos! O problema ficou pior. O grupo agora tem de fugir da ilha pra sobreviver imediatamente. JP teve mais de um filme, mas sinto que o primeiro ainda é o melhor de todos. 

Uma sensação na época foi o lançamento de Jurassic Park para Mega Drive e Sega CD, eram utilizados dois protagonistas: o sábio Dr. Grant ou o implacável Velociraptor. Os dois logicamente com objetivos opostos. Muito jogador foi ao delírio. 


Sobrou pra ti, Dr. Grant!

Para minha total surpresa, pois eu não tinha esperanças, a SEGA lançou uma versão para o Master System, que é a que investigaremos.   

Chegamos de avião com esta missão!

Um detalhe que não passei batido foi a capa que indicava a licença de direitos autorais: "Se não for Jurassic Park, está extinto!" A capa era com outros detalhes, mas tão bonita quanto a do Mega. Na realidade, a SEGA resolveu reinventar o jogo, inclusive no seu roteiro. Dr. Grant é convocado à ilha com a missão de capturar 4 dinos em especial, potencialmente perigosos. 

BRINCANDO DE CARRINHO
A partir da fase que você escolhe, você pega seu veículo e passa por uma fase bônus. No melhor estilo de jogo de pistola deve atirar nos dinos para defender sua BMW viatura do ataque dos dinos. Saltam itens na tela que podem aumentar sua quantidade de vidas, e recarregá-las. Fazendo um bom placar, aparece um boss que você deve detonar, um tiranossauro (vermelho na zona Oeste e azul ao Sul) ou pterodonte (zonas Norte e ao Leste com uma bela pedra!), antes que ele detone você! 

Não é um joguinho de rally...

O melhor de tudo: Era só um aquecimento! Uma fase bônus prévia. Agora com a action stage que o bicho esquenta! 

DOUTORADO EM TIRO AO DINO
Logo após, falar que o jogo de carrinho era bonitinho, minha esposa olhou para a telinha e soltou sua pergunta: "está jogando o jogo do Indiana Jones?" Quase chorei e disse "quem dera se fosse!" Sim, Dr. Grant também é um homem de ciência, tem ares de aventureiro e um chapéu legal, mas o antropólogo tem uma jogabilidade muito melhor que o arqueólogo (como me sinto à vontade com estes humanista, quem dera eu ser assim como eles... ). 

Grant é um antropólogo bem versátil e o arqueólogo Dr. Jones podia aprender mais com ele. Ele corre, salta bem, anda agachado pelos caminhos estreitos como no filme, e se locomove agarrando nas plataformas, um movimento utilíssimo para sair de encrencas perigosas. Dá um frio na barriga quando ele precisa fazer isto. 

Já os equipamentos, é outro show. Para um 8-bits, o herói trocar 3 armas diferentes já é digno de nota. A primeira é o rifle de onda tranquilizante que é o tradicional tiro direto; o segundo é o lança chamas que atira num sentido diagonal e depois um nível acima; o terceiro é uma granada que explode vertical. Quando você pega a caixa de equipamento médico, você pode selecioná-la pra recarregar o Life. Não é todo jogo que temos um herói tão completo, só perde pro Ninja Gaiden...   


"Calma aí, véi! Só sobrou uma vida!"

GRÁFICOS E SONS
O que me me agradou mais neste jogo foi um dos melhores gráficos já feitos para um Master System. Eu sei, parece que sempre falamos isso a cada review, mas não é o caso aqui. Os 4 Megas do game foram muito bem usados para cada detalhe e o pequeno Grant ajudou muito. Os cenários são bem animados, com movimento das águas, árvores e tudo mais, o que compensa a pequena sprite do her. Só jogos Disney tem tanto capricho, e até houve um cuidado pra vermos que Grant nunca mata os dinos, eles fogem ou dormem com os tiros. 
Destaque para uma clareira na tempestade em que as árvores são agitadas pelo vento e as folhas voam com boa aleatoriedade, de forma bem realista.


As musiquinhas mesmo repetitivas são contagiantes com exceção de uma no armazém que vou te contar... Os sons dos tiros não são exagerados e ainda tentaram reproduzir o rugido do T-Rex...

COLÔNIA DE FÉRIAS
Os leitores sabem como gosto de games com seleção de fase, e é isto que encontramos aqui. Após os bônus stages na fase do carrinho (via de regra parece um joguinho infantil), entram as fases de ação no local que deveria ser um passeio e virou um desafio mortal. 
A fase do Triceratopes à Oeste possui uma paisagem de tempestade, e o duelo com o bichinho inclui... digamos, esterquinho que ele joga. Você deve atingir onde sua armadura natural não protege. É a fase mais fácil.
A fase do Braquiossauro ao Sul é repleta de vários pescoçudos à beira do rio tentando te agarrar. Não parecem bravos, mas são perigosos e você deve atordoar a mãe deles numa humilde canoazinha.

Contra o pterodonte, use o lança-chamas.


A fase do Pterodonte ao Leste é nas montanhas e cavernas, num pesadelo vertical, você deve escalar árvores sem parar enquanto mira no passarinho, o que quebra bastante a mesmice de confronto com o Boss.
Já a do temido Velociraptor ao Norte é numa estação invadida pela lava vulcânica, com locais estreitos bem tensos, para brincar de gato e rato com o corredor.
Isto é, desafio garantido, mesmo que as fases sejam curtas. Jogadores experientes não terminaram de primeira! 



UM TIRANOSSAURO-REX MANDOU AVISAR...
Já bastasse todas estas características, pintou um suspense. Na primeira rodada selecionei as quatro fases e lutei, lutei e lutei pra zerar o game. Mas tinha algo interessante: a capa do game em português dizia que tinha 5.  E o final dizia que tinha algo errado... Existe uma fase secreta! Só quem é fera conseguirá encontrar a fase secreta e enfrentar o Tiranossauro! Até por que só fugir de carrinho não tem graça...



CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alguns amigos nem sequer se deram ao trabalho de ver o gameplay de JP de Master achando suficiente ter a versão Mega ou Sega CD em suas coleções. Ledo engano, pois este game não só tem uma boa licença poética do filme, como  trabalha com conceitos inovadores. Recomendo. Jogue com calma e não entre em extinção!  



9 comentários:

  1. Eu nunca fui muito fã de jogos baseados em filme mas Jurassic Park nos consoles da SEGA eram de cair o queixo! Ainda preciso jogar a versão do Master, pelos gráficos do post me parece ser uma versão bem competente em 8-bits do que temos no Mega. :)

    Excelente review como sempre Rodrigo, abraços!

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    1. Putz Adinan, ouso dizer que o do Master System dava uma coça no do Mega. Era bem diferente e muito melhor, pelo menos pra mim. É um dos meus favoritos. Conheça, vale muito a pena.
      Olha eu me intrometendo no post dos outros, mals ae Rodrigão, rss

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    2. Tem mais é que se meter mesmo, boss! o comentário é muito bem vindo e só acrescenta!

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    3. Adinan, o Master tem jogos muito bons, mas acho que duas coisas em JP salvaria os jogos menos felizes do console: ou os gráficos caprichados com boas animações, ou um bom repertório tanto de armas para a ação, quanto de movimentos para o cenário, bastou diminuir o tamanho do herói. JP foi um filão ambicioso nos games, e ao contrário do que algumas revistas da época queriam insinuar, paguei pra ver e curti mais a versão Master, só faltava jogar com os dinos. rss Abraços@

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  2. Que excelente post Rodrigão, bem detalhado, curti muito, afinal vc está falando de um dos melhores e mais caprichados jogos do Master. Arrebentou!!!

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    1. Tudo em JP é muito bom, é realmente um dos melhores jogos para o console, merecia continuações. rss Valeu mesmo!

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  3. Não cheguei a jogar este jogo na época, pois fiz a troca do Master System pelo Mega Drive em 1993 (paguei a diferença com o meu primeiro salário).
    Um dos maiores arrependimentos que já tive foi me desfazer do meu primeiro console, mas a empolgação com a tecnologia mais atual do Mega acabou me deixando "cego" sobre o fato na época.
    Joguei a versão de Mega deste jogo, mas a versão do Master que conheci somente através de emuladores ficou excelente.
    Os gráficos realmente estão entre os melhores do Master, sendo que considero os dois jogos do Asterix e o Land of Ilusion como os campeões absolutos no quesito gráfico.
    Parabéns pelo excelente review, as fotos do filme criaram um clima legal na reportagem.

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    1. Eu sei bem, na verdade eu nem imaginava que ia rolar a versão Master, só falavam da versão Mega e SEGA CD, é muito boa, mas na época eu queria era jogar com os dinos! rss
      Quanto aos gráficos, estes jogos citados também são ótimos, e eu acrescentaria outros. Abraço.

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  4. Esse é um exemplo de jogo que os 4MB fora bem aproveitados, o cara atira, pula, caminha agachado e anda pendurado, atira durante o pulo, e é agil, ótima jogabilidade, as folhas caindo qdo ele pula no galhos das arvores, os passaros voando quando chega perto dos ossos, as gotas caindo, arvores balançando, trovoes.. tudo bem feito. A musica de algumas fases é realmente chata, mas outras não por exemplo a da tela do carrinho pré fase, é muito boa até hj está na memória, a musica da tela onde ao fundo tem os dinossauros no lago é muito linda tbm e a parte onde agente passa do lado dos pézão dos dinossauros e eles abaixam para atrapalhar, baita animação bem feita, se tratando de sprites grandes do pescoço e cabeça do dino... jogo top! em diversão é o melhor JP melhor que os de MD e SNES.

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