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sexta-feira, 6 de março de 2015

Master Review: Dragon Crystal (1991) - How to Use



E aí gente?
Continuemos nossas jornadas pelos RPG's da SEGA. Enquanto não chegamos ao final de Dungeons & Dragons, que tal uma passadinha em um dos RPG's  menos conhecidos do Master? Analisaremos Dragon Crystal.


Antes do Catálogo de RPG's do Adinan, eu já tinha ouvido falar de tudo sobre este jogo, até mesmo que era uma corrida insana contra o tempo para um ovo não chocar e você ser devorado e tinha uma dificuldade bizarra.  (!)
Tive a boa surpresa de vê-lo incluído no Master Collection 74 jogos. Afinal, este RPG não precisa de Save, então pôde figurar na memória da coleção. Agora vamos falar sobre ele.

CAVERNA DO DRAGÃO
Você é um jovem comum com uma vidinha de estudante sem-graça como todos nós já fomos. Um belo dia, você vai pedalando com sua bike de volta pra casa e encontra uma rua que nunca tinha visto antes, nela encontra uma loja de Antiguidades. A porta se abre sozinha, você está morrendo de curiosidade. Em meio ao Antiquário, você vê hipnotizado uma bola de cristal. Magicamente uma mágica sai dela e o teleporta para um mundo de fantasia. Em meio a uma floresta de flores e cogumelos gigantes, você vê criaturas monstruosas. Mas não está indefeso, você está munido de um punhal e um misterioso ovo de dragão o segue. Intuitivamente, você sabe o que fazer pra voltar pra casa.


Sim, se você lembrou do famoso desenho animado, foi este mesmo o leitmotiv do jogo. Você é uma pessoa comum e sua missão é voltar pra casa. Fiel ao estilo roguelike, este RPG traz como desafio a exploração de 30, eu disse trinta labirintos deste mundo místico, marcados com uma estrela na saída deles. 

GRÁFICOS E SONS
Quando iniciei o jogo pra saber qual era dele, achei cansativo. Várias imagens, tipo, cogumelo e flores, conforme você explora, encontra passagens, salas ou "desabrocha" paredes. Alguns monstros me deram nó visual, como o Scorpion, que parece um bife vermelho com cauda, e o kraken, que mais parece um cristal.  A música  é bem animadinha, mas de tanto ouvir, já ia me cansar...
Mas isso mudou quando joguei mais sério, com mais cuidado, e fugindo menos e explorando mais. As músicas foram ficam mais sérias e os labirintos mudam conforme você evolui, até a Armadura do Herói modifica, mudando a cor e ficando até mais forte... 

Procure sempre por comida e dinheiro, a chave pra vencer.

COMO TREINAR SEU DRAGÃO
...O que nos faz pensar no sistema do jogo. O sistema de combate, como em Y's consiste em andar na direção dos inimigos, segurando ou com toques. 
Se você estiver parado, surge uma pergunta sobre "o que você quer fazer". Os comandos, portanto, são bem práticos:
O Botão 1 liga o Menu e o Botão 2 pega os objetos no cenário.  

A Comida (no melhor estilo Golden Axe, Pão e Carne) estoca seu HP (máximo de 100), e o Dinheiro quando acumulado, lhe dá direito de Continues. 


Já o Menu abre 6 itens:
- A Espada (Sword): Você inicia com o Dagger, mas logo sua vida fica melhor com a Long Sword. Influencia o seu nível de PW (Power). Há espadas com habilidades especiais contra certos inimigos, como a Magic Masher. A Blood e a Death podem vir amaldiçoadas.

- A Armadura (Armor): Aumenta sua defesa, usando o conceito de AC (Armor Class) de Dungeons & Dragons. Existe uma Armadura amaldiçoada (algumas Lamellar e Dragon Suit) que zera seu AC,  e fica presa em seu corpo, então cuidado.

- O Pergaminho (Scroll): Este papel de diversas cores é um pergaminho mágico, só usando pra saber seus efeitos. 
O White e o Grey Scroll costumam possuir função de Mapa, abrindo todos os caminhos daquele labirinto. 
Alguns Gold Scrolls podem transformar sua arma numa Magi Masher. Outras confundem monstros. O Gas Scroll transforma em Bushido Blade.
A Potion Scroll (pode ser Red ou Brown) pode transformar suas potions em Midheal, úteis pra cura. 
O Bless Scroll funciona para remover itens amaldiçoados. Mas nunca use o Blank Scroll!

- O Bastão (Rod): Também de diversas cores, não apenas serve para conjurar, mas também para lutar como os monstros.
O Berseker Rod (talvez Cyan) destrói automaticamente o pobre monstro que você escolheu usar.
O Silent Rod (Violet?) detém as magias dos monstros feiticeiros.
O Drain Rod drena o HP do inimigo pra ti. O Reshape Rod troca o monstro por outro.
A melhor arma é o Wind Rod, mas evite o Whiter Rod (Blue).

- A Poção (Potion): O item tem efeito mais para curar e mexer na bonificação. Das cores mais variadas, possuem efeitos-surpresa. Se você usar o Use, você bebe a poção. Se usar o Throw, você joga no monstro. O problema é você jogar uma poção boa no monstro e beber uma poção ruim...
Às vezes Purple Potion recarrega todo seu Life. Já usei a Red Potion pra retirar magias hostis e Cure Potion retira o veneno

- O Anel (Ring): Como os itens anteriores, de várias cores, mas duração diferente e uso único. Destaque pro Bless Ring que desfaz maldições. O Food Ring e Heal Ring recarrega aos poucos seus ferimentos sendo o melhor de todos, e o anel tende a ser permanente. Purple ou alguns Pink Ring lhe dão força de Ogro. O Shield  Ring pode criar uma barreira mágica. Você é um verdadeiro Senhor dos Anéis.  


Em outras palavras, um elemento do jogo é a tentativa e erro, julgando alguns itens pela cor, e depois de passado o mistério, registrar os diversos efeitos deles, para não levar a pior. Sim, você deve se ferrar nos primeiros níveis pra saber o que é bom. Se sobreviver, não erra mais! 😁

Ainda no Menu, o FL indica o nível do Labirinto, e como no Antigo D&D, você ganha um título conforme seu nível: inicia como Apprentice, mas evolui para Ranger, e quando você chega a Warrior, é que o bicho pega! O Dragãozinho vai nascer e se torna seu companheiro! 
Você achará previsível o jogo nos 3 primeiros níveis, de repente pintam cenários e monstros interessantes, bem à moda de Golden Axe Warrior

Mexa-se! Mexa-se!

O segredo pra vencer é perceber qual labirinto é melhor você explorar um pouco mais, e qual dar o fora rapidinho. 
Uma situação que passei foi um monstro que se multiplicava conforme lutava, e pus um anel que drena o poder do monstro, parecia uma luta impossível, mas eu venci. De outra forma, teria dançado.

O charme do game é a tentativa e erro das cores e associações futuras. Quantas cores tem cada item, rapaz! O Scroll Azul tem função x, mas o Rod Azul tem função z no mesmo jogo.
O melhor é justamente que não há como decorar os labirintos, embora tenham alguns padrões, continuam imprevisíveis. O que pra uns é frustante, para outros significam que toda jogatina é oportunidade de um replay totalmente novo. 




CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tudo isso, acredito no potencial de Dragon Crystal como pérola redescoberta. O game pode ser jogado a sério, como diverte sem compromisso, além da sensação de nunca jogar o mesmo caminho. Deixo a surpresa para o Dragão que lhe acompanha. Até mais!

3 comentários:

  1. Esta´ai um jogo bem interessante viu .

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  2. Eu nunca cheguei a jogar de fato este game. O conheci em 1998 caçando roms de Master System e... "Eita! É a versão de Master do Fatal Labirinth". Fatal Labirinth (chamado de Labirinth of Death no Japão) é um cartucho que eu tive e era um dos que mais gostei do Mega Drive.
    Também tive uma primeira impressão ruim pois ele possui qualidades bem modestas em termos do gráficos e sons, porém, o gameplay é sensacional. A geração de fases e itens é aleatória (não sei se a versão de SMS é assim também) o que já te dá um "Fator Replay" praticamente inesgotável... volta e meia, ainda me aventuro neste jogo. Se uma poção de cura, numa partida, era vermelha, na outra partido, pode ser a ver, por exemplo. Já a questão de gerar fases em ordem aleatória, me fez pensar ser um precursso do sucesso de PC, Diablo.
    É um jogo que possui uma mecânica tão simples que, basta pegar e sair jogando sem maiores problemas... e é viciante o danado. Na época (em 1995) cheguei a me atrasar para a aula pois estava para, finalmente, matar o "Dragão du Capeta", o chefão final. Rss!!!
    Abraço.

    P.S.: Ótimo texto... parabéns!!!

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