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domingo, 10 de setembro de 2017

GG Review - Shining Force Gaiden (1993) Sword of Hajya (1994) e Final Conflict (1995)



Salve pessoas, 
Demorou, mas prossegui nas incursões no Game Gear. E não poderia falar de um clássico do RPG para o portátil da SEGA que já abordamos que é imperdível. Cobri em post triplo Shining Force Gaiden em suas 3 versões. Sigam comigo!


Acreditei ser desnecessária uma matéria sobre cada episódio. Gaiden (paralelo) apenas porque é a versão de bolso da série estrelada por Max e Bowe.  Veremos inclusive nomes repetidos como Chester e Jaha, o que nos dá uma sensação realista de passear no universo da série pois você esbarra com nomes comuns.



Em Shining Force Gaiden I, pouco entendi pois o jogo estava totalmente em japonês. Você controla Nick, 20 anos depois do primeiro jogo, que viaja de Guardiana até Cypress para resgatar soldados sequestrados do Reino e curar a Rainha Anri (maga do primeiro jogo) de um sono mágico.


Depois em Shining Force Gaiden II: Sword of Hajya, o Reino de Guardiana alia-se a Cypress, e são heróis deste reino que se destacam. Você controla um grupo liderada pela maga Natasha, mas alia-se ao herói Deanna para resgatar a espada de Hajya. O legal é que vemos na história nascer um sentimento entre os dois líderes. 

Os programadores desta saga adoram matar um rei!
Shining Force Gaiden: The Final Conflict, encerramos a série com um encontro de personagens canônicos. De Mishaela até o herói Max, o enredo amarra a história em torno de um herói sem passado, Ian, e o finaliza de uma forma que não entendo porque não foi lançada a versão no Mega Drive.

Mishaela é chata, dá uma dor de cabeça enorme!!
GRÁFICOS E SONS
Quando li a prévia desta saga, muito me agradou as cut-scenes das batalhas. Perfeito e bonito num portátil. Agora, os sprites é que poderiam ser melhor trabalhados. Não me queixo nem dá musica nem dos efeitos sonoros. Mas é no Final Conflict que vejo um capricho maior, dos cenários até o gráfico dos vilarejos.

Reconhece o rostinho acima?

MATE O MONSTRO E PEGUE O TESOURO
A frase acima, usada para os clichês de aventuras de RPG para mestres de AD&D sem criatividade, pode servir aqui. Por causa da memória, a SEGA simplesmente eliminou o puzzle e focou nas batalhas. Tudo ocorre com diálogos pré-programados! No início, detestei, mas isso não quer dizer que qualquer um dos jogos é ruim. A história é bem amarrada e tem reviravoltas, tipo, o ladrão de um artefato se arrepende e entra no teu grupo em um dos jogos. Outro, o grupo se separa e você lida com armadilha dos vilões em fases diferentes, os dois líderes tentam se reencontrar. Houveram batalhas aquáticas em que lutei com um kraken, cada tentáculo lutava como um inimigo e a cabeça eliminava o perigo por completo. 


Ainda tem personagens secretos no teu cenário, como ninjas e samurais (Sim!). As caixas são encontradas durante a luta mesmo. O máximo que terá é após a luta abastecer ou ir num templo numa cidade genérica. Já sobre as lutas, o CPU diferente de Shining 1 de Mega Drive, é bem ardiloso e sabe usar bem a mecânica do jogo. Me dá a sensação que os programadores do primeiro jogo eram bem ingênuos. Um descuido e o Mago ou o chefe da fase elimina teu grupo. Por isso, fizemos aqui nosso tutorial de estratégias.

Nem sempre dá para guardar as magias por Chefe. às vezes, é melhor
eliminar grandes grupos e manter o seu exército mais intacto no início. 

SHOW TÁTICO
1- COBRINDO A RETAGUARDA - Se não for sacrificar um personagem, nunca deixe ele avançar sozinho, facilmente cairá numa armadilha da CPU.

Calcule a movimentação do inimigo. Isso te
garantirá te a oportunidade do primeiro ataque.
Tire os curandeiros do alcance dos Bosses.
Eles costumam recarregar o Life todo de novo.

 2- BULLYING AO SNIPER  - Contra um arqueiro ou sniper, cerque o chato nos ângulos que ele não atira e afaste todo parceiro atrás do cerco. O atirador fica inútil nesta situação.

Prefira Spears a Lances para seu Centauro.

3- MAGO TRAIÇOEIRO - Um truque que dá certo é, enquanto o Boss inimigo está ocupado. dê a volta no cenário e prepare aquela magia. Para isso, tenha certeza que o campo está livre.

4- MURALHA TRIUNFAL - Ao encarar um inimigo forte. Tampe o caminho com um Warrior. Atrás dele, ponha um Knight, e logo atrás um Arqueiro. 


5- PAREDÃO -  Na dúvida, faça a velha formação dos exércitos romanos: Um quadrado com guerreiros e centauros nas bordas  e conjuradores e atiradores com seu Hero no meio. Ajuda a evitar perder o Life até diminuir o exército inimigo.

Sonette quando promovida, detona o inimigo com seu canhão!
6- PROTEGER A TORRE - Quanto maior o nível, mais vulnerável ficam os conjuradores. Devem temer snipers e inimigos voadores como Harpias e dragões. Eles podem  te matar com 1 golpe!

7- SACRIFICAR A TORRE - Fique atento com o medidor de magia, seu e do inimigo. Quando acabar o MP, o conjurador fica inútil num combate de nível alto. Você pode ignorar o clérigo ou mago inimigo (só 1 de dano??) e atrair o inimigo pra desperdiçar a vez contra um personagem fraco. Só o monge que ainda pode dar um trabalho.


O MELHOR GRUPO
Tanto as armas quanto as magias seguem as mesmas regras dos demais games da série. As magias tem os mesmos nomes. As de projétil são as tradicionais Blaze (Fogo), Freeze (Gelo) e Bolt (Raio), a última pode ser usada quando o protagonista é promovido a Hero. Momento dramático foi quando na penúltima batalha sacrifiquei um dos meus Heros (eu tinha dois!) pra lançar um Bolt e destruir vários inimigos que impediam meu grupo de avançar uma escada. 
As curativas, você terá a tradicional Heal (cura) e Detox (contra veneno), mas a Aura costuma ser atribuída a algum clérigo mais frágil, e é vital contra um Boss peso pesado. O grupo ideal jamais poderá dispensar os curadores (monges e curandeiros). Os Centauros são necessários para flexibilidade de atacar sobre um amigo, menos os armados com Lance apenas. O Guerreiro é essencial pra matar golpes poderosos no peito e poupar os demais. Os personagens voadores atingem o inimigo mais rápido e evitam penalidade por terreno mas não abrem caixas. No mais, sempre que puder aumentar a defesa de alguém que seja a do seu Hero ou um dos magos. 
  
 
Os Cenários "Raio da Morte" possuem um corredor com poder que atinge heróis e vilões.
A melhor dica é atrair os inimigos, principalmente se for inevitável levar o tiro.
Só avance ao sentir que demorará pra ser atingido.
Em SF Final, destrua os raios com as magias como a Bolt 3 com Ian e Max.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você gosta da experiência Roleplaying mas quer focar apenas nas batalhas e estratégia? Shining Force Gaiden me entreteu muito e por longos meses. Tenho na memória vários personagens preferidos e o último jogo foi tão emocionante pra quem jogou as versões Mega Drive. Recomendo. 



8 comentários:

  1. Muito bom Rodrigão, excelente post! Joguei muito na época que descobri a emulação do game gear, e cheguei bem longe neles. Infelizmente acabei não zerando, com o tempo as batalhas ficavam mais longas e acabei enjoando, mas curti bastante os jogos que foram traduzidos, são excelentes para o Game Gear! Aliás vale lembrar que esses jogos do Game Gear são ports do Shinning Force CD, para o Sega CD. Nunca joguei o original mas essas versões portáteis são muito competentes!

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    1. Ah sim! Valeu Adinan. Há aproximadamente 30 batalhas por jogos. Então, é fácil de enjoar sim. Só uma compulsão muito grande (e ser fã da série Mega Drive) pra me fazer chegar ao fim. E quanto a versão CD, sempre achei o oposto baseado em algumas matérias da Supergame Power: O original é o portátil e a versão CD portou com melhorias aproveitando o bom enredo. Vale a jogatina! Abraços!

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  2. Salve, Rodrigão!
    Tudo certinho?
    Curto muito a série Shinning no Mega Drive. O estilo RPG/Tático, mais "despojado e casual", me agrada mais do que os RPG convencionais para videogames. E, pelo visto, os títulos de Game Gear, seguiram bem de perto a pegada dos 16 bits.
    Abraço!

    P.S.: Como sempre, mandou bem demais no texto.

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    1. Isso mesmo, amigo! Obrigado! Isso que muito me agradou nesta série. De todos, gosto do Final, pela história e o capricho gráfico. Prático pra jogar, mais ainda que a versão Mega. Aliás, depois farei o review de outro RPG tático do GG. Aguarde!

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    2. Taí, mais um que a tectoy poderia ter portado pro Master System.
      Com a barreira da língua derrubada e, o fato de ser um jogo mais acessível que um RPG tradicional, poderia ter sido bem aceito na época. Sem falar que, aumentaria ainda mais o catálogo de games do SMS.
      Abraço!

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    3. A Supergame Power especulou o port pro Master mas não rolou. A língua restringiu muito os RPG's aqui. Sem Phantasy Star nem teriamos tantos jogadores hoje. Peço no futuro que os carinhas que portam estas roms em cartuchos não esqueçam destes jogos. E claro, com bateria. Abraços.

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  3. E´uma série que curto muito mas que só joguei uns 4 jogos tenho que jogar resto dos jogos dessa franquia clássica.

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    1. Quais você jogou, Rock? Os do GG são tão bons em batalha como os do Mega. Abraços.

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