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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Divagações Gamísticas - Nº1







Por Douglas Deiró


Saudações!
Tudo bem com vocês?
Baseando-me em um dos meus textos anteriores – sobre a Sega não ter feito um game com a Light Phaser baseado em Zillion -, imaginei, que daria uma nova coluna para o QG Master. E aqui estamos!
Seguindo essa idéia, farei “divagações” a respeito de alguns lançamentos que, por alguma razão inexplicável, não foram concebidos, mesmo sendo tão óbvios (embora, seja um conceito subjetivo). Há casos que, realmente, me deixam bastante intrigado.
Sem mais enrolações, vamos falar de...


Power Athete

Com versões para Mega Drive e Super Nes, este título da Kaneko de 1992, foi um dos tantos que pegou o vácuo do sucesso “hadoukenizador” de Street Fighter 2. Alguns destes clones foram discretos na inspiração, enquanto outros, foram bem descarados (Power Instinct, estou olhando pra você! Rss!!!). No caso de Power Athlete (PA), pelo menos, inovou em trazer mecânicas próprias e o aumento de atributos ao fim dos combates.
O primeiro “Por quê?”, de fato, vai para os três nomes que recebeu. No Mega, se chamou Power Athlete no mercado ocidental e, Deadly Moves, no Japão e região. Já no concorrente, batizaram o danado de Power Moves. Aqui, creio eu, tentaram evitar treta com a Nintendo, por conta da palavra Deadly (Mortal).
Uma das inovações de PA: o aumento de atributos ao vencer lutas.
Hoje, muitos dos que fazem reviews de jogos, o criticam. Porém, na gênese dos jogos de luta, ainda não havia padrões muito definidos. Existia o Street Fighter 2, os que tentavam imitá-lo e os que buscaram se diferenciar dele... PA se encaixa neste último grupo. Então, para todos os efeitos, o considero efetivo em sua proposta mais simplista, uma vez que, tudo funciona direitinho. Acompanhado de gráficos bonitos e músicas empolgantes, fez a alegria da molecada que só tinha ele em mãos (fui um deles). 
Como este meu texto já está virando um review, pararei por aqui. Voltemos ao ponto que me fez criar esta coluna.
Ranker é um chefão bem legal. Pena que não dá para jogar com ele.
O game conta com um “History Mode” - onde controlamos Joe, em sua jornada para se tornar o melhor do mundo - e “Versus Mode”. Neste segundo, pode-se usar outros personagens, com excessão de Ranker, o chefão final. Assim, fica a dúvida no ar: “Kaneko, por quê não incluiu um “Arcade Mode?”.
Uma vez que, já estão todos disponíveis na programação, não haveria um custo muito maior em memória... se é que haveria. Talvez, uma “expremidinha no código”, já daria conta do recado. Usaria-se a própria foto do lutador, seu respectivo sprite acompanhado dos dizeres “Congratulations!” na tela final (ao vencer todos os oponentes). Outra coisa, e aqui, considero falha grave: Ranker não poder ser controlado, nem no modo para dois jogadores. Se o personagem já está lá, por quê não disponibilizá-lo?

Bons gráficos e músicas empolgantes. Ah, se a Kaneko, tivesse ousado mais!

Fechando a conta e passando a régua – Mesmo na época, ficou a sensação que, a Kaneko poderia ter ousado mais. Nem precisava ter feito algo muito sofisticado, bastando, que tivesse dado a possibilidade de usarmos todos os personagens livremente. Se tivesse três modos de jogo – os já existentes “History” e “Vs” com a adição do “Arcade” – daria uma boa longevidade à jogatina.
Por mais que, no modo principal, seja possível repetir lutas com adversários já vencidos (visando ganhar pontos e melhorar os atributos físicos de Joe), é muito pouco e, logo, perde-se o interesse. A coisa só melhora, caso, um amigo possa duelar contigo mas, “Cadê o Ranker?!”. Selecionar chefes em jogos de porrada, já era comum nos idos de 92 e, em Power Athlete, ficou faltando... uma grande mancada, a meu ver.

Até a próxima! 

Essa, não viu em revista alguma, hein? Encare Ranker com força total!


3 comentários:

  1. Douglas, parabéns!
    Ótimo review... digo, análise!
    Eu não conheci esse jogo, mas ocorreram muitos jogos do gênero que tentaram evitar a semelhança com Street e deu coisas assim, diferentes, criativos mas sentimos que algo falta. Fatal Fury 1 (que só no Vs usa-se outros personagens) sinto isso.
    Talvez imitar SF mais na cara dura salvou muitos concorrentes do esquecimento.
    Vou procurar já este jogo.
    E novamente, Parabéns!

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    Respostas
    1. Saudações, Rodrigão!
      Tudo bem?
      Rapaz... Fatal Fury renderia um texto só dele. Sua produção apresenta detalhes bastante curiosos, que o remetem diretamente, à criação de Street Fighter 1 e 2.
      Abraço!

      P.S.: Obrigado pelas palavras.

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  2. Curtia muito esse jogo na época mas vendo as imagens dele agora vejo que ele envelheceu bem mau galera. Mas naquele tempo adorava jogar na locadora com meu irmão tem alguns stágios com músicas bem maneiras pelo que me lembre.

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