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domingo, 15 de março de 2020

Master e Mega Reviews - Altered Beast (1988)


Riiiiiiiise from your graaaaave!!!

Saudações, caros amigos! Como vão as coisas com vocês?
Não tinha outra forma de começar o texto. Esta frase, deste famoso game da Sega, se tornou "mitólogica".
Vamos lá?

Welcome to your doom!
Para aqueles que, assim como eu, era um jovenzinho doido por videogames nos anos 80, ficava fascinado com cada novidade que surgia. Seja nos flipers ou nos consoles caseiros, a adrenalina rolava solta.
Altered Beast (AB), com certeza, foi um dos que chamavam a atenção por, reunir, conceitos imbatíveis para um jogo de sucesso. Tinha pancadaria como vários outros de sua época mas, seu diferencial, o tornou único: a mitologia grega.  Você assumia o controle de um centurião ressucitado por Zeus, com a missão, de resgatar sua filha Athena que fora raptada por Neff, o Senhor do Submundo (Por quê, Zeus, não resolveu logo a parada? Bom... deixa pra lá!).
Mas, se fosse somente isto, não seria muito diferente de Double Dragon, Vigilante ou Dinamite Dux. Sair dando bordoadas para resgatar a donzela indefesa (mesmo sendo a Athena),  já havia sido feito antes, certo? Mas, aqui, você pode se transformar em bestas furiosas e sair estraçalhando hordas de monstros pelo caminho, ao som, de uma trilha sensacional. Te desafio a jogar, por apenas 5 minutos, sem sair cantarolando as melodias.



As versões
Como todo jogo de sucesso saído do arcade, AB apareceu em tudo quanto foi máquina capaz de rodar jogos, até de forma não oficial (como a de um "certo console da concorrência", por exemplo). Claro que, a Sega, não poderia deixar de caprichar nos ports para seus próprios aparelhos, né? Tanto as versões de Master System (MS) e Mega Drive (MD), ficaram bastante fiéis ao material original.
A conversão para o 8 bits, sofreu mais. Logo de cara, retiraram o modo para dois jogadores, expediente, que seria usado em muitos ports futuros. Além disto, foi eliminada a terceira fase, a do Homem Urso. No MD, todas estão presentes (na ordem: Lobo, Dragão, Urso, Tigre e Lobo Dourado).
As partes gráfica e sonora, de ambas, cumprem seu papel. No Mega, até por ser um dos títulos da primeira leva de lançamentos do videgame no Japão, precisava passar a sensação de se ter um arcade em casa. Mesmo com uma paleta de cores mais "lavada" e uma música que reseta a cada transformação do centurião, este feito, foi conseguido com louvor. No Master, para dar maior fidelidade, os sprites, foram feitos grandes e com bom grau de detalhes. Isto acabou custando a fluidez, tanto na jogabilidade como no scroll da tela, ficando um tanto travadas. Ainda assim, tal detalhe, não comprometeu os controles.
Falando neles, no Mega, um botão é responsável pelos socos (A), outro para chutes (B) e o seguinte para pulos (C). No MS, para saltar, é preciso pressionar soco e chute (1 e 2) simultaneamente. Os demais comandos, são iguais nos dois, como os ataques agachados e no ar ou o salto mais alto, com o auxílio do direcional para cima. 

O jogo em si
A forma de se jogar, é a mesma. Você anda da esquerda para a direita, lutando com os inimigos. Em dados momentos, aparecerão cães com duas cabeca que, quando abatidos, liberam orbs místicas e, ao tocá-las, sofrerá uma mutação (ou alteração, para ficar mais de acordo).  Nas duas primeiras (no Master, apenas uma), ganhará massa muscular, ficando mais forte. Mas, conseguindo a terceira... meus amigos... o "bicho pega"! LITERALMENTE! Se trasformará num homem-fera com poderes divinos e capacidades como as de disparar bolas de fogo com as mãos (ou, seriam patas?), dispersar cargas elétricas ou sopros petrificantes. Até a música muda, um som bem eletrizante que te faz subir no sofá de empolgação (Quem, nunca? Rss!!!).


As fases - cinco no Mega e quatro no Master - são dividas em três segmentos que, só serão percorridos até o fim, caso não colete as orbs necessárias para se tornar fera. Uma vez que consiga, no fim do segmento, Neff surgirá para enfrentá-lo. Vencido o combate, passa-se para a próxima fase. Recomendo, que se decore, o local de aparecimento dos cães de duas cabeças. Acredite, não vai querer lutar com um monstrengo do tamanho da tela só de sunguinha, dando apenas, socos e ponta-pés.

As "Feras Alteradas"
São a razão de ser de Altered Beast. Se transformar nelas, além de deixar o trampo mais fácil, muda por completo a mobilidade de nosso herói. Em linhas gerais, o "Bicho-Homem" fica mais ágil e capaz de disparar algum tipo de projétil, bem como, efetuar ataques de corpo projetado, indo de encontro ao inimigo acertando-o. São eles:

Fase 1 (Homem Lobo) - Dispara bolas de fogo ao desferir socos e um "atropelo" com o corpo envolto em chamas, como um cometa. Curiosidade: No MS, manda a bola de fogo com as duas mãos, similar ao Hadouken do Ryu.
Fase 2 (Homem Dragão) - Solta raios ao socar e dispersa cargas elétricas pelo corpo, eliminando, os inimigos que tocarem nele. 




Fase 3 (Homem Urso) - Ausente no Master. Dá "baforadas" que petrificam os inimigos e "rolling attacks parabólicos", acertando quem estiver no caminho.

Fase 4 (Homem Tigre) - Ataca com bolas de energia de movimento sinuoso. Também efetua ataques verticais, parecidos com o "cometa" do Lobo, pegando na subida e na descida.



Fase 5 (Homem Lobo Dourado) - Apenas um "color swap" da primeira fase.









Considerações finais
Altered Beast é um dos que escreveram a história do videgame, deixando sua marca, que pode se vista ainda hoje na indústria. Ficou imortalizado no Mega Drive, por ter estampado a caixa do console, até a chegada de Sonic - The Hedgehog.
A versão 16 bits, ganha disparado em fidelidade ao original, por ser, praticamente igual ao arcade. Mas, a versão Master System, tem seus encantos. Particularmente, acho interessante, a solução minimalista da Sega em deixar o cenário todo escuro nos confrontos com chefes de fase ou durante a execução de "magias", como em Golden Axe e Moonwalker.
Sei que é difícil traduzir em palavras, para quem não era vivo ou tinha idade suficiente, a sensação nostálgica de se jogar títulos assim. Para quem já "estava lá", é como uma viagem no tempo. Já os mais novos, encarem como uma "lição de história", para saberem um pouco, como nos divertíamos no passado.
Até mais!


3 comentários:

  1. Review duplo maravilhoso, Douglas!
    Comemorando os 10 anos de QG Master!
    Então, por muito tempo AB simbolizou o Mega Drive com a ilustração e o cart que vinha junto pra mostrar o poder do Mega.
    A versão Master foi um dos primeiros que aluguei e apesar da lentidão, hoje pra mim irritante, eu curti e alimentou meu desejo em relação aos jogos da SEGA.
    Abraços e parabéns a nós, equipe QG Master!

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  2. Se não me engano esse foi o primeiro jogo que joguei no Mega Drive e que acabei curtindo muito lá pelos anos noventa pessoal.

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  3. Oi, pessoal! Tudo bem?
    Conheci primeiro a versão do Master. Lembro de, um amigo de classe, ter dito algo como "Esse jogo é muito legal! Joguei ele quando viajei. Tem a fase do Lobo, Dragão, Urso...". "Urso?! Que urso?!", pensei. Era comecinho de 1991, tudo era muito novo e, nem as revistas, davam conta de nos mostrar tudo que o mundo dos games oferecia.
    Um belo dia, no centro da cidade, chegou um arcade de Altered Beast e fiquei alucinado. Sabia que, videogames caseiros, podiam ter versões bastante fiéis mas, comparado à um arcade, o abismo era grande. Era o natural.
    Passou mais um tempinho, meu primo ganhou um Mega Drive e, AB, logo surgiu para jogarmos. Entretanto, tinha algo "errado" ali: "O de Mega, não deveria ser igual à Máquina (como chamava os arcades)?. Foi um baque ver que, nem o poderoso Mega Drive, ainda dava conta de reproduzir, com 100% de fidelidade, os games de arcade. Eram tempos de muita ingenuidade sobre o assunto. Rss!!!
    Abraço!

    P.S.: Esta foi, a terceira (e última vez) que um baque assim aconteceu. Depois disto, aprendi de vez.
    A primeira, foi com Ms. Pacman de Atari. Aluguei, cheguei em casa e esperava que fosse igual ao "fliper". Já, a segunda (pelo mesmo motivo), foi com Double Dragon de Master System.

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