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sábado, 8 de maio de 2021

Master Review - Rambo (1986)

Olá, amigos do QG!
Tudo certinho?
Como promessa é dívida, falarei mais a fundo deste clássico da primeira safra de títulos do Master System. Em texto recente com games de guerra dos anos 80, citei  esta "marotagem esperta" que a Sega aprontou. Ela era danada em fazer essas coisas.
Amarre a faixa vermelha na cabeça, pegue o facão, a metranca e vamos lá!

O primeiro sangue
Rambo é uma daquelas pérolas que, a Sega, conseguia produzir com míseros 1 mega de memória. Mesmo com tão pouco, o trabalho ainda se mostra bonito visualmente. O áudio não faz feio e, as melodias, grudam na tua cabeça. E, com trabalhos caprichados com este, claro, que a empresa iria tentar lucrar o máximo em cima deles, né? Só que, tem um detalhe... qual veio primeiro, este, Secret Commando ou o tal Ashura? Não entendeu nada? Já explico.
A empresa aproveitou a produção de Ashura no Japão e, o converteu em Rambo, para o público norte-americano. Expirada a lincensa do filme, acabou virando o Secret Commando depois. Fato é que, o expediente de hackear seus próprios games e lançarem em mercados diferentes, era uma prática bem comum por parte dela. Hokuto no Ken virou Black Belt e Last Battle; World Soccer transformou-se em World Cup Italy 90; Dynamite Deka "hollywoodiou-se" em Die Hard Arcade; e por foi. E mais, ainda é uma cópia descarada do Commando da Capcom... outra coisa que, a "Mãe do Sonic" fazia bastante (isto, daria outro post).
Com relação ao ex-combatente do Vietnã, em jogo, quase nada lembra o filme. Tirando a tela de abertura com a imagem da personagem (com seu tema musical famoso) e umas ilustrações bem porcas no fim de cada fase, é tudo genérico. Mas, calma... o game é bacaninha e pode render alguma diversão.


O que chama de inferno, ele chama de lar
O game é um autêntico fruto de seu tempo, com jogabilidade e mecânicas bem simples. Aqui, o negócio é se movimentar pelo cenário e mandar bala no que aparecer pela frente. A ação acontece em seis diferentes áreas, que compreendem a selva, floresta, pântano, deserto, montanha e costa litorânea. No fim de cada uma delas encontrará uma barricada que, precisa ser destruída, para acessar a próxima fase. Porém, não se engane com as aparências pois, se prepare para um verdadeiro "One Hit Kill" infernal.
Os inimigos aparecem um atrás do outro sem parar, por vezes atirando ou lançando granadas. Há os que se movimentam e atiram mais rápido que os demais (te surpreendendo); os com lança-chamas; bazuca; tanques de guerra; atiradores de faca; entre outros lazarentos. Todos eles surgem mesclados, te obrigando, à prestar atenção nos tipos diferentes de ataques ao mesmo tempo. Para piorar, os programadores, ainda os fizeram bem sacanas... eles costumam atirar à queima-roupa também, ou seja, seu tempo de reação será quase zero ("Puuuta mundo injusto, mêu!").
Um detalhe que, no início, vai estranhar bastante: o Rambo só dispara para a Frente (e Diagonais). Se colocar o direcional para Baixo (e Diagonais Inferiores) ele fará "Strifes", o movimento de andar de lado atirando. Para isto, você tem a disposição os ataques com o Botão 1 (Metralhadora) e o 2 (Flechas Explosivas). 
Só um aviso... não fique parado por muito tempo! Os malfeitores se acumularão e, como o Rambo é bem lerdinho, estará em maus lençóis quando estiver cercado por vários deles.  


ProgramaDOS para matar
Na companhia de seu amigo Zane... opa! Mas, quem é esse cara?! 
Ele é o Player 2, que a Sega inventou, para podermos detonar tudo "de dois" simultaneamente. A diferença entre eles é meramente estética, não muda nada na foma de agir. Como já foi dito, eles possuem metralhadoras e flechas explosivas que, podem ser melhoradas, no decorrer da partida. Mas, aqui, tem um diferencial interessante: os itens surgem, de acordo, com um número não especificado de pontos (no manual, diz serem "Bônus Surpresa").


_ Flechas Explosivas - Representado por um aljava que, aparecem, ao libertar prisioneiros dos campos de concentração. Para isto, basta explodir as construções onde eles estão (o teto delas piscam, as identificando). É possível ampliar o raio da explosão (com reação em cadeia, inclusive) ao coletar o ícone da "flecha brilhante". O estoque desta munição vai além de nove, diferente, do que mostra o contador;
_ Speed - O manual, não explica, o porquê do símbolo ser um "S". Como a cadência e o alcance dos disparos aumentam, deduzi assim. Com este ítem, os tiros tornam-se perfurantes, acertando mais de um inimigo por vez;
_ Life - A letra "L", só pode ser vida. Até porque, ganha-se uma extra ao obtê-la;
_ Interrogação - O resultado é aleatório. Pode ser, desde a eliminação de todos os inimigos na tela ou uma vida extra.

Considerações Finais
Olhava o Rambo nos encartes da Tec Toy, sempre tive vontade de conhecer mas, nunca vi o cartucho de perto. Também, não me recordo das revistas falarem dele, no máximo, uma nota ou comentário breve. Mesmo hoje, não vejo a galera o citando. Por esta razão, me deu vontade, de fazer justiça à esta jóia esquecida do Master System.
Quem era vivo nos anos 80 e pôde frequentar os fliperamas, sabe que jogos assim eram comuns. Como não é segredo para ninguém, eles chegavam aos consoles caseiros e seguiam a esteira de sucesso. E, aqui, verá exatamente o que se produzia naqueles tempos, sem tirar, nem pôr. Para os que curtem (assim como eu), vai encontrar uma diversão "Old School" da melhor qualidade. Mas, vá com o espírito de "Exército de um Homem Só" pois, o desafio, é acima da média.
Até mais.









3 comentários:

  1. Vou dar uma conferida me parece ser bem interessante o jogo.

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  2. Eu também nunca vi pessoalmente. Vou jogar, sim. Mas que bagunça essas licenças, o chato de pegar nomes de filmes é isso. Pelo menos a arte da tela inicial ficou incrível. Valeu pela dica.

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  3. Na época aluguei o Rambo e depois mais tarde com a emulação descobri os que existiam outros jogos na mesma base. A Sega era bem esperta na época mesmo. rs

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