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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Master Review - Wonder Boy in Monster Land (1988)

Fala galera, beleza? Depois de um longo recesso, estou de volta para dar continuidade ao dossiê Wonder Boy através de reviews dos jogos da série lançados para o Master System. Você pode conferir cada um dos jogos na segunda parte do dossiê.

Wonder Boy in Monster Land, ou Super Wonder Boy: Monster World. O segundo título faz muito mais sentido já que este é o jogo que dá início a série Monster World. O primeiro dos 4 jogos ainda é um jogo de plataforma arcade, mas com um grande diferencial: a inclusão de elementos de RPG. MW 1 (o meu apelido carinhoso para este game) foi o primeiro passo para estabelecer os elementos característicos da franquia Monster World. Além disso, vale lembrar que este jogo foi o primeiro game a ser localizado pela Tec Toy, numa estratégia de atrair mais jogadores com personagens brasileiros.

É uma pena que uma capa como a do lado deve ter assustado alguns jogadores. Eu provavelmente teria pesadelos com esse Wonder Boy com cara de brinquedo assassino e armadura. Já a capinha japonesa, essa é sensacional! Além de ser muito bem desenhada, soube expressar perfeitamente o jogo.

Mas vamos deixar de enrolação, e bora analisar este game! =)

O jogo
  • Desenvolvedor: SEGA/Westone
  • Outras Plataformas: Amiga, Atari ST, Commodore 64, TurboGrafx-16, Wii (Virtual Console), ZX Spectrum
  • Nome alternativo: Super Wonder Boy: Monster World (Japão)/Super Wonder Boy Super Monster Land (desconhecido) / Mônica no Castelo do Dragão (Brasil)
Wonder Boy in Monster Land é um jogo de arcade desenvolvido pela Westone e publicado pela SEGA. Apesar de ser uma sequência de Wonder Boy, este jogo deixa de lado o clima tropical e pré-histórico do game anterior, em favor de uma temática medieval com reinos e castelos.

Esse rapaz é o Tom Tom de Wonder Boy?

Não sei ao certo a história do jogo na versão japonesa, mas na versão ocidental a história é uma continuação direta de Wonder Boy: Tom-Tom foi reconhecido pela sua coragem e heroísmo ao derrotar o rei malígno Drancom, e com isso o povo de Wonder Land lhe conferiu o lendário título "Wonder Boy". A paz reinou por algum tempo, até que um dragão surge do nada, conquistando Wonder Land com seu exército de monstros. Wonder Land passa então a se chamar Monster Land, e o povo oprimido clama para que o Wonder Boy Tom-Tom salve o reino da tirania do misterioso dragão.

Assim temos o mesmo Tom Tom das cavernas como protagonista. Como ele deixou de ser um homem das cavernas e passou a ser um cavaleiro, não faço a menor idéia...provavelmente a versão japonesa possui uma história bem diferente. De qualquer modo, vou me referir ao protagonista apenas como Wonder Boy.


Após falar com a velhinha, suba a plataforma e pule no topo da casa. Vá para o lado esquerdo e pule 3 vezes para encontrar moedas escondidas.

Além da temática medieval, outra grande diferença está na jogabilidade. Poucas idéias do jogo anterior foram mantidas, como a corrida contra o tempo, mas mesmo essa característica possui alterações. Há uma ampulheta que, ao descer toda a areia, subtrai um pouco da energia do Wonder Boy. Para evitar que a ampulheta roube toda a sua energia, o jogador deve coletar uma nova ampulheta, ou terminar o estágio o mais rápido possível. Lembra o sistema de coletar frutas do primeiro jogo, mas com importância levemente reduzida.

O jogo começa com Wonder Boy vestindo uma armadura básica (no Master System...no Arcade ele começa usando uma espécie de saia de pano, ou fralda nos ports para computadores) e sem nenhuma arma. Logo no começo ele deve entrar em uma cabana, onde uma velhinha lhe explica sua missão e lhe entrega uma espada e um frasco de elixir. O jogador deve lutar contra os inimigos usando sua espada, uma arma de uso bem diferente das machadinhas do original. Quem estava acostumado com ataques a distância do primeiro game terá que se acostumar com batalhas no estilo "close combat". Já o frasco de Elixir serve para ressucitar Wonder Boy caso perca toda a energia.

Suba até a loja de escudos, e pule em direção às nuvens para encontrar moedas escondidas

Ao derrotar inimigos, além de ganhar pontos, o jogador ganha moedas de ouro. As moedas devem ser utilizadas ao longo da jornada nos diversos estabelecimentos comerciais para adquirir novos equipamentos. Wonder Boy pode comprar novas armaduras para adquirir maior resistência à danos, escudos para se proteger de projéteis, e botas para adquirir velocidade e aumentar o alcance do pulo. Esses equipamentos são praticamente obrigatórios para que o jogador consiga derrotar os chefes mais poderosos.

Além dos equipamentos obrigatórios, o jogador pode comprar itens e magias, como bombas e bolas de fogo, e recuperar energia bebendo no bar ou visitando um hospital. No bar o jogador pode adquirir algumas informações (inúteis na maioria do tempo) e recuperar um pouco da energia, enquanto no hospital a cura é completa, mas vai aumentando o preço cada vez que o serviço for utilizado.

Para derrotar o King Vampire, desvie das bolas de fogo e vá se aproximando. Quando ele descer, pule e acerte-o com a espada. Após 3 golpes, você ganha a Broad Sword.

Quanto a espada, não há lojas que forneçam espadas no jogo. Porém, alguns chefes fornecem novas espadas ao serem derrotados, aumentando o poder de ataque de Wonder Boy.

Os controles funcionam muito bem, mas a jogabilidade no geral é bem mais lenta do que no primeiro jogo. Não há botão de corrida, e embora a ampulheta fique pegando no pé do jogador, o jogo fornece espaço para exploração.

E essa exploração é fundamental para conseguir zerar o jogo. Há vários sacos de moedas escondidos pelo cenário, e uma side-quest que ao ser completada reduz bastante a dificuldade do último estágio.

Falando em dificuldade, o jogo é bem difícil! Embora a versão americana tenha dificuldade menor que a versão oriental, o jogo ainda é tenso. O jogador precisa saber administrar seu dinheiro para conseguir comprar os melhores equipamentos, o que exige memorização e muitas partidas. Além disso, os chefes podem ser bem apelões nos últimos estágios. Mas MW 1 não é um jogo impossível, aliás é um bom exemplo de "jogo fácil de jogar mas difícil de dominar". Me lembro que, quando o jogo veio para o Brasil como Mônica no Castelo do Dragão, percebi que para um jogo da Mônica ele era muito difícil, mas com o tempo fui me adaptando até conseguir memorizar quais equipamentos comprar e a localização das moedas secretas.

No castelo de gelo, há diversas lojas escondidas nas paredes. Sempre que chegar em uma nova plataforma, pressione o direcional para cima.

Como se pode perceber, o jogo possui fortes elementos de RPG: evolução do personagem, compra de equipamentos, conversas com NPCs, temática medieval e exploração; o que faz com que o jogo seja muito diferente do original. Esse tipo de mudança poderia ter afundado na lama a franquia, mas a Westone provou tão bem que RPG e plataforma funcionam juntos, que o jogo foi portado para diversas plataformas.

A versão para Master System é o melhor port na minha opinião. Algumas músicas foram perdidas, mas os gráficos ficaram muito bons, e a trilha sonora é bacana. Não é a melhor trilha sonora dos jogos da franquia, mas se encaixam muito bem no jogo.

Conclusão

Wonder Boy in Monster Land para o Master System é um excelente port, que demonstra novamente a excelente capacidade do Master em receber ports de jogos de arcade. MW 1 é um jogo bem difícil, mas muito divertido.
Por ser um jogo de arcade, sua curta duração impediu os desenvolvedores de criar um jogo revolucionário combinando o gênero plataforma com RPG, mas é um ótimo começo para a série Monster World. Recomendo à qualquer dono de Master System ou fã de ambos os gêneros.


Por hoje é só, pessoal! Espero que tenham gostado deste post. Me inspirei nas revistas de games antigas para escrever as legendas das imagens. Gostaram da idéia? Me dêem um feedback nos comentários! =)

No próximo post vamos analisar O jogo da série Monster World, aquele que além de ter conquistado muitos fãs para a franquia, é considerado um dos melhores jogos do Master System.

Abraços, e até o próximo post!


Mas peraí! Você não vai falar nada sobre o hack da Tec Toy?!?
Opa, claro que sim! Mas vou deixar isso para um post especial, que vou elaborar assim que eu completar essa série de reviews! =)

Enfim...Good night, brave warrior. Good night, Monster Land...

11 comentários:

  1. Gostei das legendas das imagens, boa ideia, cara! Quanto ao jogo, eu estou bem aos poucos conferindo a série, e apanhei muito feio no primeiro Wonder Boy, de arcade. Espero que nesse a coisa seja menos tensa - apesar do post já ter deixado claro que o jogo não é fácil, hehe!

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  2. Caramba Adinana esse post ficou incrível, e assim como o @Rafael Fernandes disse, foi uma ótima idéia colocar as legendas, lembrou mesmo as revistas antigas. Agora voltando ao jogo, eu confesso que (apesar de achar incrível esse jogo) nunca conseguí um tempo pra me dedicar à ele, infelizmente isso acontece com quem usa emulador, você vê tantos jogos ao mesmo tempo que aí não acaba jogando nenhum. Mas ta aí uma boa sugestão pra mim jogar no fim de semana ^^.

    Abraço!

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  3. @Rafael Fernandes
    Opa valeu, Rafael! Bom, fico na dúvida em definir qual dos dois é mais difícil. Tom-Tom é bem fraco e morre com um golpe só, mas Monster World 1 não tem continues e é mais complexo devido ao sistema de compra de equipamentos. Como o jogo é curto, o jogador tem que descobrir qual é o momento certo para adquirir os equipamentos certos. Então em certos pontos MW é bem mais difícil que WB, mas tem jogabilidade menos frustrante e é bem mais curto (12 fases apenas contra os 36 estágios longos do original).
    Abraços!

    @Matheus T.
    Valeu, Matheus! Como andei inspirado nas scans de revistas antigas, acho que vou continuar com esse esquema das legendas. =)
    Esse jogo vale a pena jogar, além de ser um clássico brasileiro graças à Mônica. E o bom é que o jogo em si é bem curto, dá pra curtir legal em uma tarde de final de semana numa boa. Sem contar que vale a pena ver como a Westone aliou RPG com plataforma estilo arcade, o que por si só é um grande feito.
    Abraços!

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  4. Adinan, excelente matéria. comecei um retroblog, se estiver a fim de parceria é ós falar, é o www.telejogos.blogspot.com

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  5. Valeu BOND! Opa, a parceria está feita, tá adicionado nos links. Abraços

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  6. "jogo fácil de jogar mas difícil de dominar"
    Definição perfeita meu caro, simplesmente perfeita!
    É realmente um jogo fantástico e divertido ao extremo, mas tem que pegar o jeito, daí fica fácil. Principalmente no labirinto final, sem o sino fica praticamente impossível achar o Dragão Cospe Fogo.
    Mal posso esperar pelo próximo review: Wonder Boy III (tb conhecido como Monster World II) The Dragon's Trap é um dos melhores jogos do Master System.
    To ansioso!!!!!! Parabéns pelo post!!!

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  7. @Leo S.
    Opa valeu Leo! =)
    A última fase é coisa do capeta, além de ser um labirinto onde uma passagem errada te leva pro início do castelo, a ampulheta continua sugando energia do jogador. Só com o sino mesmo pra passar por ela, nunca me arrisquei a pegar o ruby para ver se ele realmente deixa o dragão mais fraco.

    O review de WB3 deve sair em breve, e vou me esforçar para fazer um review à altura do jogo, um clássico do Master! =)

    Abraços

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  8. E aí, Adinan? Bom review esse o seu! Deu vontade de baixar a BIOS do Master só pra rodar esse jogo no meu Kega Fusion! xD. Você sabe onde encontrá - la, sem ser o ROM - World? É que eu não tô conseguindo baixar NADA dele por causa de um problema no servidor...

    Ah, mas eu vim te avisar que o jogo também recebeu um port pro MSX1! Eu tô procurando esse cartucho já faz um tempo pra rodar no meu Expert... Pode me falar onde eu posso pegar um em condição "mint"? Mas é bom você colocar essa informação na parte de ports do review também!

    See ya! I'm outta here!

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  9. @Light Force
    Opa, blz? Foi mal por não te responder antes, tô meio enrolado esses dias. =(

    Cara, acho que o Kega Fusion roda roms de SMS de boa sem a necessidade de BIOS, se naum me engano no meu emu aqui naum configurei nenhuma BIOS de SMS...mas você pode encontrar no Planetemu, um ótimo site francês de emulação que contém várias BIOS.

    O port pra MSX eu naum conhecia, fiquei intrigado para jogar esse port. Vou incluir ele na lista de ports assim que eu encontrar a ROM. Valeu pela dica! =)

    Abraços

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  10. olá alguém poderia me ajudar a encontrar um joguinho?eu não lembro o nome ,mas eu lembro de alguns detalhes,era um jogo de aventura o menino tinha um bichinho vermelho que ele usava como arma para se defender tinha uns tuneis com ar que empedia a passagem era dificil atravessar esses tubos,tinha também uns fios com eletrecidade e umas cobras mecanicas vermelhas que vinham ao encontro do menino, ele tinha que matar as cobras ou desviar delas tem uma fase que a gente pega vida subindo emcima de uma vara branca ,tem uma fase que tem uns tubos prateados que a gente entra detro para atravessar o menino parecia o mario de cabelo preto e sem boné é muito legal ess jogo mas como faz anos que eu não jogo não sei o nome ,desde de já obrigada meu nome florinda ossoski meu email é florindaossoski@hotmail.com

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  11. Gostei muito do seu texto cara! Fiquei uns dias relembrando este game só que foquei muito na versão original em arcade que sempre tive curiosidade pra saber como era. Dê uma olhada na minha resenha diga o que acha:

    www.farolderyuma.blogspot.com.br

    Abraço

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